De uma hora para outra ou estrategicamente, o grupo
Sarney passou a estimular a candidatura da deputada estadual Eliziane Gama
(PPS) ao governo do Estado. Reflexo disso foi um pronunciamento do governista e
emissário da oligarquia, Roberto Costa (PMDB), que, na sessão de segunda-feira
(26), defendeu o lançamento do nome da parlamentar à sucessão da governadora
Roseana.
Como em uma orquestra, até os blogueiros alinhados
ao grupo Sarney passaram a dar eco a uma candidatura de Eliziane Gama. E não
será diferente com o resto do sistema.
Nos bastidores, sabe-se que a deputada está mesmo
sendo insuflada pelo grupo Sarney e comenta-se que, na reunião que descartou o
nome do ministro Edison Lobão e confirmou o do secretário Luís Fernando à
sucessão estadual, o chefe maior, leia-se o senador José Sarney, teria pedido
aos seus liderados que pregassem a candidatura da parlamentar como uma
estratégia de provocar uma cisão na oposição.
Na sessão de segunda, o deputado Marcelo Tavares
(PSB) “cantou a bola”. Disse que a deputada está sendo usada como uma
espécie de “balão de oxigênio” do grupo Sarney a quem interessa
dividir a oposição para tentar evitar a eleição do presidente da Empresa Brasileira
de Turismo (Embratur), Flávio Dino, já no primeiro turno ou em um eventual
segundo turno.
Uma vez na disputa e perdendo a eleição, Eliziane,
claro, ficaria sem mandato e, ligada ao grupo Sarney, perderia a confiança do
eleitorado cativo ao exemplo do que aconteceu com o ex-prefeito de São Luís,
Tadeu Palácio, que foi jogado às traças e caiu no ostracismo, anulando-se
politicamente, após se juntar à oligarquia.
Como na música do saudoso João do Vale, o jogo é
insuflar, chamar para perto, para depois dar o bote final e se livrar do
obstáculo. E segundo o conhecido refrão: “Carcará pega, mata e
come…”
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