Aliados do governador Carlos Brandão (ainda no PSB) e do ex-governador Flávio Dino (ministro do STF) ocuparão nesta tarde de segunda-feira (6), em Imperatriz, o mesmo palanque em que o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) fará a entrega de 2.850 unidades habitacionais do Residencial Canto da Serra, obra do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida.

Apesar da grande expetativa sobre a possibilidade do presidente aproveitar sua presença no Maranhão para tentar alinhar sua base de apoio, hoje rachada e com os dois lados falando claramente na impossibilidade de reconciliação, é pouco provável que o presidente trate do assunto eleição 2026, até porque, sua presença em Imperatriz é para cumprir agenda oficial de trabalho.

O presidente será recepcionado pelas duas alas envolvidas na disputa pelo comando do estado. O governador Carlos Brandão terá ao seu lado o secretário de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão (MDB), pré-candidato do grupo palaciano ao Governo do Estado, e o vice-governador Felipe Camarão (PT), candidato do grupo dinista ao Palácio dos Leões.

Diante do clima tóxico que envolve os dois grupo e da aparente falta de interesse de buscarem a reconciliação, é pouco provável que a tentativa de pacificação da base lulista no Maranhão seja tratada hoje em Imperatriz.

Vale observar, porém, que num palanque repleto de políticos e com interesses em jogo, nada impede que conversas informais possam acontecer, mas tudo indica que, por se tratar de uma pauta muito delicada, é pouco provável que aconteça nesta segunda-feira.

O clima entre apoiadores de Brandão e aliados do ministro Flávio Dino é de guerra e, certamente, não será em cima de um palanque festivo, em que o presidente Lula faz gestos para a segunda maior cidade do Maranhão, único local que perdeu a eleição para Bolsonaro em 2022 no estado, a questão da suposta pacificação seja alinhada.

Há quem aposte que esse tema deverá ser motivo de reunião em Brasília, a portas fechadas, na qual se farão presentes os principais líderes das duas correntes.

Resta saber quando.