O senador Weverton Rocha, presidente estadual do PDT, apoiador do governador Carlos Brandão (PSB) e da pré-candidatura ao governo do secretário de Assuntos Municipalistas Orleans Brandão (MDB), corre o risco de ser alijado chapa majoritária governista, caso a Federação União Progressista (União Brasil|PP), hoje o maior partido de centro direita do país, mantenha a decisão de reivindicar as duas vagas para o Senado ao ministro do Esporte André Fufuca (PP) e para o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União), conforme defende Antônio de Rueda, presidente da federação que reúne as duas poderosas legendas.
A reivindicação da federação causou desconforto aos líderes da articulação pró Orleans, principalmente a presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), que já declarou apoio à reeleição do senador Weverton Rocha. Em mensagem postada na rede social no sábado (19), um dia após Rueda defender as duas vagas na chapa para Fufuca e Pedro Lucas, Iracema reafirmou seu compromisso com o pedetista. Em mensagem na rede social, Iracema mandou o seguinte recado: “Política se faz com diálogo, lealdade e respeito às construções coletivas. Acredito em composição, e não em imposição. Seguimos construindo”. Para ela, uma vaga deve ser garantida à Weverton, conforme seu compromissos assumido publicamente com seu grupo político.
Pré-candidato a governador, Orleans, ao ser questionado sobre a proposta de Rueda das duas vagas ao Senado serem entregues aos representantes da Federação União Progressista, saiu pela tangente, se esquivando de externar sua posição sobre o que está sendo colocado na mesa para negociação. Parte interessada na articulação, Weverton se manteve em silêncio. Conta com aliada de peso, que defende inclusive que um das vagas seja oferecida à União Progressista “pela força que representa”, ou seja que uma das duas vagas na chapa reservada para o senador do PDT.
Acordos feitos com muita antecedência das eleições nem sempre se concretizam e tudo indica que essa reivindicação da União Progressista de indicar os dois representantes na chapa que vai concorrer ao Senado tendo Orleans como candidato a governador ainda será motivo de muito debate interno, mas é fato que a proposta causou certo desconforto ao ponto da presidente do Poder Legislativo vir a público exigir cumprimento do acordo e deixar bem claro sua posição de entregar apenas uma vaga para a Federação escolher entre Fufuca e Pedro Lucas.
Mas por via das dúvidas, é bom o senador do PDT botar sua barba de molho; o caso do vice-governador Felipe Camarão (PT), que tinha como certo o apoio do Palácio dos Leões para sua candidatura ao governo e lhe puxaram o tapete, deve servir de exemplo.
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