O ministro Flávio Dino, recém-empossado como presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para o dia 11 de novembro o início do julgamento dos réus do chamado “núcleo 3 “da trama golpista, segundo o jornal O Globo. Também foram reservadas as datas de 12, 18 e 19 de novembro para a continuidade da análise.
O grupo é formado majoritariamente por 11 militares, incluindo generais, coronéis e tenentes-coronéis — e um agente da Polícia Federal, e, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), teria sido responsável por ações coercitivas. Os integrantes também são chamados de “forças especiais”, compostas por militares da ativa ou reserva do Exército, especializados em operações especiais, conhecidos como “kids pretos”.
Entre os réus estão Bernardo Romão Corrêa Netto, Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, Fabrício Moreira de Bastos, Hélio Ferreira Lima, Márcio Nunes de Resende Júnior, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Ronald Ferreira de Araújo Júnior, Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Wladimir Matos Soares.
As investigações indicam que o grupo esteve envolvido em ações logísticas e tentativas de mobilização de tropas contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também é apontado o envolvimento na elaboração de documentos como a “Carta ao Comandante do Exército”, que buscava pressionar por medidas de ruptura institucional.
Segundo a Polícia Federal, os indiciados elaboraram um plano detalhado, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, com execução prevista para 15 de dezembro de 2022, que teria como alvo o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O plano previa os assassinatos do presidente Lula, Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
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