247 – O senador Rogério Carvalho (PT-SE) fez um forte discurso direcionado ao coronel Jean Lawand Júnior, do Exército Brasileiro, durante a sessão da CPMI dos Atos Golpistas desta terça-feira (27), no qual afirmou que nomes como Lawand, o tenente-coronel Mauro Cid, e os generais Augusto Heleno e Villas Bôas “são o lixo das Forças Armadas brasileiras”.
Lawand foi chamado para depor devido ao seu envolvimento em uma trama golpista ao lado de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), fato descoberto pela Polícia Federal após a obtenção de mensagens no celular de Cid. Nas mensagens datadas de dezembro de 2021, o coronel dizia coisas como “Cid, pelo amor de Deus, convença o 01 [Bolsonaro] a salvar esse país!”, “Ele tem que dar a ordem irmão. Não tem como não ser cumprida.”
“Essas manifestações de vossa senhoria [Jean Lawand] aqui [na CPMI] comprovam cabalmente a organização de um golpe. Então não era algo que partia de [apenas] um membro do Exército. O senhor foi mais um. E o senhor vem aqui construindo narrativas sobre algo que está escrito. Veja, aqui não tem ninguém que não consiga saber discernir. É achar que pode chegar aqui e construir uma narrativa doce, meiga, de alguém que não participou ativamente”, disse Carvalho.
O senador então, relembrou as súplicas de Lawand para que Bolsonaro desse a ordem para o Éxercito golpear a democracia brasileira e afirmou que este comportamento é uma vergonha para a imagem das Forças Armadas: “o senhor vociferou, o senhor pediu por Deus para que o tenente-coronel Cid convencesse o presidente da República a dar a ordem do golpe. Ele não deu a ordem, mas tramou o golpe junto com o senhor, junto com o Cid, com o Heleno, com o Villas Bôas, junto com vários que envergonham essa instituição chamada Exército Brasileiro. Vocês envergonham as Forças Armadas Brasileiras. Vocês são o lixo das Forças Armadas Brasileiras. Porque vocês deveriam estar subordinados ao interesse da democracia e do Estado Democrático de Direito”.
“Vocês urdiram um golpe, vocês orquestraram o 8 de janeiro para criar o caos. Vocês são o lixo que destrói a imagem dessa instituição Exército e Forças Armadas do Brasil. É preciso que a Justiça faça uma limpeza, exclua todas as laranjas podres que tentaram o golpe contra o Brasil, porque morreriam brasileiros e brasileiras inocentes pelas mãos de vocês, que deveriam defender o povo”, concluiu.
O ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Junior, mesmo apresentando bom desempenho na pesquisa realizada pelo EPO, quando apareceu em terceiro lugar, continua recluso e sem dar o menor indicativo de que pretenda retornar à arena política na próxima eleição, seja como candidato ou declarando apoio a um dos concorrentes.
A única aparição do ex-prefeito aconteceu no dia 3 de abril quando registrou em rede social uma visita, junto com seu pai, o ex-deputado Edivaldo Holanda, ao governador Carlos Brandão. Disse na oportunidade que foi excelente a conversa que teve com o mandatário sobre São Luís e se recolheu novamente.
Prefeito por dois mandatos consecutivos da capital, maior colégio eleitoral do estado, mas que num erro da avaliação disputou o governo em 2022 sem grupo para sustentar a campanha nos 217 municípios e teve um desempenho muito abaixo do esperado para quem deixou a administração municipal com mais de 70% de aprovação, o silêncio do ex-prefeito é injustificável.
Edivaldo não conversa com políticos, não concede entrevista, se mantém afastado das articulações partidárias, o que dar margem para uma série de ilações, como por exemplo, a que poderá, no momento certo, oferecer a candidatura da sua esposa Camila como vice de uma das chapas majoritárias. Comenta-se nos bastidores da sucessão a possibilidade da ex-primeira dama de São Luís ser alçada a condição de vice de Eduardo Braide.
Edivaldo, pelo que mostrou a pesquisa, está muito vivo politicamente, tem um racall positivo mesmo estando em silêncio e não ter feito qualquer declaração sobre a eleição de 2024, portanto, até em respeito aos eleitores que aprovaram suas duas gestões e que continuam fiéis seriam oportuno quebrar o silêncio e dizer o que pensa sobre o processo eleitoral.
Quando conversou com o governador, tornou público o encontro e disse ter tido “excelente conversa sobre nossa São Luís”, ficou a impressão de que teria pretensão de ser candidato a prefeito novamente, mas para a surpresa de muitos, Edivaldo silenciou novamente e nunca mais apareceu.
Não é aconselhável para quem construiu um patrimônio eleitoral se omitir num momento tão significativo da história política da cidade.
247 – A disseminação do ódio pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) contribuiu para o aumento da violência política no Brasil, e os eventos golpistas de 8 de janeiro devem ser entendidos dentro desse contexto criado pelas autoridades no poder até o final de 2022. Segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, no UOL, essa foi uma das mensagens transmitidas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a avaliação do Brasil pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU, realizada nesta segunda-feira (26) em Genebra. Nos próximos dias, as autoridades nacionais terão que fornecer respostas aos especialistas da organização sobre como pretendem lidar com os desafios e violações estruturais dos direitos humanos no país.
A sabatina já estava agendada antes mesmo de Lula vencer as eleições e, ao longo do último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), o Brasil foi obrigado a apresentar um relatório sobre a situação dos direitos humanos no país. No entanto, chamou a atenção dos especialistas do comitê o fato de o governo Bolsonaro afirmar nos documentos oficiais apresentados que não houve disseminação de ódio no país pelas autoridades entre 2019 e 2022.
Ainda segundo a reportagem, em seu discurso perante o comitê, a secretária-executiva do Ministério de Direitos Humanos e Cidadania do governo Lula, Rita de Oliveira, declarou que “ao contrário do que foi respondido pelo governo anterior a este Comitê, nos últimos anos, manifestações de ódio e de incitação ao ódio foram amplamente verificadas em declarações públicas de altas autoridades que então governavam nosso país”.
De acordo com ela, o governo Lula tomou medidas para enfrentar as raízes do ódio. “Felizmente, mais uma vez, as instituições brasileiras resistiram”, afirmou. Rita de Oliveira relacionou a tentativa de golpe ocorrida no início de janeiro com a atitude dos aliados de Bolsonaro em disseminar o ódio. “No dia 8 de janeiro de 2023, poucos dias após a posse do novo Presidente da República, testemunhamos um ataque aberto e extremamente violento, não apenas ao patrimônio histórico brasileiro, mas principalmente à democracia do nosso país. Com serenidade, as instituições democráticas agiram e seguimos em frente”, afirmou.
Ela informou que o governo criou um Grupo de Trabalho para desenvolver estratégias de combate ao discurso de ódio e ao extremismo, além de propor políticas públicas de direitos humanos sobre o tema. “O grupo apresentará seu relatório final nos próximos dias, resultado do trabalho de diversas áreas governamentais, pesquisadores, líderes religiosos, comunicadores, entre outros”, acrescentou.
Durante a sabatina, o governo aproveitou a oportunidade para agradecer ao Comitê “por se posicionar ao lado da democracia brasileira em um dos momentos mais dramáticos de nossa história recente, felizmente superado, mas não sem custos para nossa população e instituições”.
A reportagem destaca, ainda, que Rita de Oliveira enfatizou que os últimos anos foram marcados pela desarticulação das políticas de direitos humanos e se comprometeu com a reconstrução dos direitos fundamentais. “Hoje, o Brasil passa por uma profunda reconstrução de suas políticas de direitos humanos, que foram duramente afetadas pela implementação, nos últimos anos, de uma agenda perversa de desmantelamento operacional e subversão conceitual”, completou.
Durante o discurso, a secretária-executiva destacou que nos relatórios apresentados pelo governo Bolsonaro existiam “lacunas de informação”. Ela prometeu “corrigir as inúmeras distorções identificadas e apresentar ao Comitê novos elementos e iniciativas para apreciação”.
A atitude do Brasil representa uma ruptura em relação ao comportamento do governo Bolsonaro, que durante quatro anos negou as dificuldades enfrentadas pelo país e apresentou documentos que omitiam crimes e violência estatal.
A senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA) resolveu encampar a cruzada do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e sua política de juros nas alturas, hoje na casa dos 13,75%, o que segundo Lula, tem sido prejudicial à economia do país.
No ofício encaminhado ao Conselho Monetário Nacional na sexta-feira (23) solicitando que o pedido de demissão de Campos Netos, a senadora maranhense acusa o mandatário do Banco Central de sabotar a economia do país. Ana Paula diz ainda que a instituição tem tido desempenho insuficiente para alcançar os objetivos ao qual se propõe.
“O objetivo do Banco Central é assegurar a estabilidade de preços e, sem prejuízo deste, zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego. O que se verifica da análise do mandato até aqui exercido pelo presidente do Banco Central é que o seu desempenho não está sendo suficiente para que a instituição alcance os objetivos acima mencionados”, justificou a senadora no ofício.
A senadora argumenta em seu pedido de exoneração do presidente do BC que as altas taxas de juros compromete a economia do país e que suas ações no cargo “sabota o Brasil”.
“Oficializamos pedido de exoneração do presidente do BC, devido sua persistência em manter injustificadamente as taxas de juros, comprometendo a economia do país. É fundamental ajustar nossa política monetária. Conto com o apoio dos colegas senadores. Campos Neto sabota o Brasil”, afirma Ana Lobato em sua rede social.

A presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale (PSB), participou, na manhã desta sexta-feira (23), da II Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Maranhão (Ceadema), realizada no município de Maracaçumé. No evento, também estiveram presentes o governador Carlos Brandão (PSB), o deputado federal Pastor Gil (PL) e a deputada estadual Mical Damasceno (PSD).
A Ceadema é a instituição responsável pela organização, supervisão e apoio a centenas de pastores e milhares de congregações espalhadas por todo o Maranhão, além de realizar um amplo trabalho missionário em outras regiões do Brasil e do mundo, como Moçambique, Peru e Venezuela. Em São Luís, a Assembleia de Deus mantém mais de 150 famílias de missionários.
Diálogo e unidade – “Foi uma manhã calorosa e de muito louvor e adoração ao nosso Deus. As igrejas evangélicas possuem muitos projetos que visam beneficiar as pessoas que mais precisam e deixo as portas do Parlamento Estadual abertas para abraçá-los. A deputada Mical já faz essa ponte com muita proficiência e amor, mas reafirmo nosso total apoio e compromisso”, enfatizou Iracema Vale.
A chefe do Legislativo maranhense demonstrou contentamento em relação à união do Estado com os fiéis. “Fico muito feliz em ver um clima de unidade e pacificidade da administração estadual com as autoridades religiosas. A igreja desempenha um papel muito importante na sociedade e os maranhenses só têm a ganhar com essa parceria”, acrescentou.
A parlamentar acentuou, ainda, que foram muito bem recebidos na convenção. “Agradeço aos pastores e à comunidade evangélica que nos receberam com tanto carinho, acolhimento e consideração. Foi um momento lindo e muito especial, onde aprendemos mais sobre o trabalho espiritual e a intensa atividade social que exercem pelo Maranhão”.
Segundo o governador Carlos Brandão, é importante reconhecer o trabalho realizado pela igreja. “A fé e a religiosidade são fundamentais na construção de uma sociedade maranhense mais inclusiva e solidária. Estamos agradecidos e de coração aberto ao colocar nosso mandato à disposição para um trabalho em benefício do nosso povo”, ressaltou.
União de forças – Para Mical Damasceno, ao unir forças, o governo e as igrejas podem promover um trabalho mais eficiente e abrangente no enfrentamento de questões sociais. “A proximidade é essencial, uma vez que o governo estadual tem a estrutura e a igreja a sua capilaridade, o que fica mais fácil de fazer um trabalho em parceria. É louvável, pelo papel brilhante que a igreja tem”, celebrou.
O presidente da Ceadema, pastor Francisco Soares Raposo Filho, agradeceu pela presença das autoridades e diálogo junto à comunidade religiosa. “Nós oramos pelo sucesso das autoridades porque quando elas têm sucesso, nós também somos bem sucedidos. Louvamos a Deus por tanto e torcemos para que todos tenham uma gestão abençoada”.
A morte de um agente de trânsito em São Luís, nas primeiras horas deste sábado (24), jogou luz sobre vários dos problemas que afligem a categoria vinculada à Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT).
Vulnerabilidade no exercício da profissão, péssimas condições de trabalho, falta de treinamento e acompanhamento adequados e outras omissões da administração de Eduardo Braide ao longo dos anos baixaram diversos trabalhadores e, agora, causaram a primeira vítima fatal.
Semanas atrás, um agente chegou a se acorrentar na porta da secretaria para denunciar os problemas e ser ouvido pelo titular da SMTT, Diego Rodrigues. Tendo seus apelos ignorados, eis o resultado.
O secretário Diego Rodrigues, que é rápido em resgatar veículos apreendidos dos amigos, não se pronunciou até o momento sobre o homicídio de um trabalhador no exercício da função.
Uma audiência pública com a participação de representantes de diversos órgãos e entidades da sociedade civil debateu, nesta sexta-feira (23), as políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência no Maranhão. O evento, promovido pela Câmara dos Deputados, através da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, em parceria com a Assembleia Legislativa, lotou o Auditório Neiva Moreira, do Complexo de Comunicação da Alema
A mesa de trabalhos foi coordenada pelo presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), e pelo deputado estadual Rodrigo Lago (PCdoB), vice-presidente da Alema.
Ao abrir o evento, Márcio Jerry explicou que a audiência pública, sob a forma de seminário, foi fruto de um requerimento de sua autoria na Câmara Federal proposto com o propósito de “criar ambiente de convergência para construir ações voltadas às pessoas vulneráveis”.
Além dos deputados Márcio Jerry e Rodrigo Lago, a audiência pública contou também com a presença do deputado federal Duarte Jr (PSB) e dos deputados estaduais Rafael (PSB), Carlos Lula (PSB), Júlio Mendonça (PCdoB) e Francisco Nagib (PSB).
O vice-presidente da Assembleia, Rodrigo Lago, e o líder do Governo, deputado Rafael, proferiram discursos de boas-vindas aos participantes do evento. “Para nós, do Parlamento maranhense, é da maior importância poder participar desta discussão, na perspectiva de poder contribuir para o aperfeiçoamento das leis brasileiras de inclusão”, declarou Rodrigo Lago.
O deputado Rafael também ressaltou a importância da iniciativa. “Audiências públicas, seminários e conferências são decisivos para dar maior visibilidade à luta pela garantia de direitos das pessoas com deficiência”.

Visibilidade
No discurso de abertura do evento, o deputado Márcio Jerry assinalou que a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, criada na Câmara Federal no ano de 2015, trata de temas que, segundo ele, são “esquecidos ou ficam longe das prioridades das políticas públicas”. Ele reforçou, no entanto, que o objetivo é criar um diálogo produtivo que dê visibilidade não só no Parlamento, mas na sociedade brasileira, para os direitos das pessoas com deficiência.
Em sua palestra, Márcio Jerry frisou ainda que a Comissão trata das mais diversas matérias de interesse das pessoas com deficiência, recebe e avalia denúncias relativas a ameaças ou à violação de seus direitos, e acompanha pesquisas e estudos científicos que visem melhorar suas condições de vida.
“Esta nossa comissão também colabora com entidades não governamentais, nacionais e internacionais, que atuem na defesa dos direitos das pessoas com deficiência; acompanha ações tomadas em âmbito internacional por instituições multilaterais, Estados estrangeiros e organizações não governamentais internacionais nas áreas da tutela da pessoa com deficiência; e acompanha a ação dos conselhos de direitos das pessoas com deficiência, instalados na União, nos estados, no Distrito Federal e nos municípios”, explicou Márcio Jerry.
A audiência pública da manhã desta sexta-feira contou, também, com a presença de representantes do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA), da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem), da Federação das Apaes, além de diversas outras entidades e de professores com atuação na área.