O voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, gerou repercussão entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, bolsonaristas classificaram sua posição como “política” por abrir espaço para a redução de penas de generais investigados na tentativa de golpe de Estado. Seria uma forma, avalia o advogado de um dos réus, de mandar um recado de distensão para as Forças Armadas.
Dino propôs que a Corte considere a “participação de menor importância” dos ex-ministros Augusto Heleno (GSI) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), o que poderia resultar em sentenças mais brandas. Para defensores de militares envolvidos, a decisão representa um gesto de distensão em relação às Forças Armadas.
Sobre Ramagem, Dino destacou que sua saída do governo Bolsonaro em março de 2022 reduz a ligação direta com os atos golpistas. “Tem uma menor eficiência causal”, declarou.
Com essa linha de voto, Flávio Dino se colocou entre a busca por responsabilização e a tentativa de sinalizar moderação, movimento que provocou críticas de bolsonaristas e gerou expectativas no meio político e militar.
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