Na história política do Maranhão não se tem conhecimento de um político que tenha feito tanto estrago numa agremiação partidária com o senador Roberto Rocha , o “Asa de Avião”, tem feito ao Partido Socialista Brasileiro. Desde que se elegeu representante do Estado no Senado Federal na sombra do governador Flávio Dino (PCdoB), tem provocado enormes prejuízos ao PSB, legenda comandado no país durante muitos anos pelo lendário ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes e mais recentemente pelo seu neto e ex-governador Eduardo Campos.
Com um estilo canalha de fazer política, Rocha tem atropelado aliados e colocado o partido em defesas de suas ambições pessoais, o que tem provocado reação interna e ameaças de deixar o partido. O primeiro a anunciar abandono da barca do PSB foi o deputado federal José Reinaldo Tavares. Ele usou como argumentos o fato da cúpula nacional da legenda ter fechado questão contra as reformas Trabalhista e Previdenciária, mas quem acompanha a política local sabe perfeitamente que contribuiu para a iniciativa do ex-governador a falta de convivência com Rocha.
Assim como já perdeu seu único representante do Estado na Câmara Federal, os dois representantes da sigla no plenário da Assembleia Legislativa, Bira do Pindaré e Rogério Cafeteira, estão prestes a trocar de legenda e já flertam com PCdoB e PDT, os principais partidos da base de sustentação do governador Flávio Dino, por discordarem dos métodos autoritários do senador em querer impor suas vontades em detrimento da grande maioria da militância socialista que abomina a “trairagem” contra o governador que o elegeu.
O deputado Bira lamenta que o partido viva essa situação por conta de um capricho pessoal do senador e adianta que vai procurar outra legenda, caso a direção nacional entregue a Rocha o comando estadual do PSB, hoje nas mãos do prefeito de Timon, Luciano Leitoa, que resiste a todo o tipo de manobra rasteira. “Se tirarem Luciano da presidência, não tem como continuar filiado ao partido”, observa Bira.
Para o deputado Rogério Cafeteira, não existe a menor condição de convivência com Roberto Rocha. Ciente da possibilidade do senador assumir de fato a direção do PSB e levar o partido para uma aventura eleitoral em 2018, Cafeteira já iniciou conversações com o PDT e deverá anunciar a mudança de sigla, caso a direção nacional ceda a chantagem e entregue o comando da legenda ao “Asa de Avião”.
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