Uchoa e os que antecederam no cargo estão sendo investigados pelo MP

O ex-secretário Sebastião Uchoa, o mesmo dos tempos das decapitações, fugas, rebeliões e barbáries no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, continua usando as redes sociais para questionar a competência e o trabalho desenvolvido pelo atual gestor da Sejap, Murilo Andrade, que pacificou o que se convencionou chamar “caldeirão do diabo”.

Uchoa seria a última pessoa com moral ou credibilidade para falar sobre um tema tão delicado e que ele, enquanto dirigente da Sejap não conseguiu apresentar qualquer solução para por fim a carnificina que recheou as manchetes de jornais do Brasil e do Mundo. Pelo contrário, apenas alimentou um esquema de terceirizadas montado para desviar recursos públicos.

Para o atual secretário Murilo Andrade, os que reclamam da pacificação devem estar incomodados com o fato do Estado, hoje, ter o controle do sistema prisional. “Penso que na falta de notícia ruim, eles inventam alguma coisa. Lá não é a Suíça, mas em vista do que era antes, está muito melhor”, observa.

Diante de sua fúria contra a atual gestão, que recuperou o comando do presídio, trancafiou os chefes de quadrilhas em pavilhões diferentes, rompeu contrato com quatro das cinco empresas terceirizadas e restabeleceu a ordem no Sistema Prisional, começam a vir à tona o processo em que o Ministério Público propôs Ação de Improbidade Administrativa contra Uchoa e os que antecederam ele no posto.

Porque será que Uchoa sente tanta falta do tempo em que cabeças eram jogadas por cima do muro da penitenciária, das empresas terceirizadas que teriam movimentado cerca de R$ 350 milhões, dos chefes de gangues que deixavam o presídio pela porta da frente pagando propina a seus auxiliares? Só o Ministério Público para investigar e esclarecer.

E espera-se que a procuradora geral de Justiça, Regina Lúcia de Almeida Rocha, não esqueça na gaveta mais este processo envolvendo desvio de recursos públicos na administração Roseana Sarney.