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  • Jorge Vieira
  • 21/jan/2013

Roseana Sarney aciona prefeitos aliados contra Saúde de São Luís

Sebastião Madeira (PSDB) e Gleide Santos (PMDB), respectivamente prefeitos de Imperatriz e Açailândia, fazem coro contra possibilidade de envio de verbas para normalizar situação da Saúde na capital
Descontente com os avanços feitos por Edivaldo Holanda Júnior (PTC) para resolver o caos na saúde pública de São Luís deixado pelo ex-prefeito João Castelo (PSDB), o Palácio dos Leões, sede do governo do estado do Maranhão, tem empreendido todos os esforços para tentar inviabilizar a parceria de Edivaldo com o governo federal para minimizar efeitos do descontrole na administração tucana em São Luís.
Após sair frustrado das tentativas de atrapalhar as tratativas entre o secretário municipal de Saúde, Vinícius Nina, com o número 2 do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, o governo do estado acionou seus parceiros para tentar jogar água fria na parceria entre Município de São Luís e Governo Federal. Sebastião Madeira (PSDB) e Gleide Santos (PMDB), prefeitos de Imperatriz e Açailândia, pedem que o montante destinado a resolver os problemas de São Luís seja dividido com demais municípios.
Os dois prefeitos querem que a ajuda que poderá ser enviada pelo governo federal seja distribuída entre, pelo menos, os três municípios. Em entrevista dada ao jornal O Estado do Maranhão, Sebastião Madeira chegou a dizer que a saúde pública de Imperatriz (comandada por ele há quatro anos) está em estado de caos, declarando a própria incapacidade de resolver o grave problema no primeiro mandato.
As manifestações dos prefeitos ligados ao grupo Sarney começou após os primeiros indícios de fortalecimento da parceria entre prefeitura de São Luís e Governo Federal. As dificuldades impostas pelo governo de Roseana Sarney (PMDB) para ajudar a resolver o problema na saúde pública de São Luís foram negadas pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior que, em ofício à governadora, respondeu que “Parceria entre Estado e Município não pode significar intromissão na gestão e na autonomia administrativa e financeira de entes federados”.
A proposta de Roseana Sarney (PMDB e Ricardo Murad (PMDB) era de que, em troca da ajuda à Saúde, a prefeitura entregasse a gestão do hospital Socorrão II ao governo do estado e repassasse, além dele, R$ 77 milhões do dinheiro disponibilizado pelo SUS a São Luís.
As negativas de Edivaldo a parcerias que beneficiam apenas os cofres do governo de Roseana Sarney e não buscam termos concretos de ajuda à população têm gerado respostas cada vez mais desesperadas da oligarquia. A ação orquestrada dos prefeitos da base governista em tentar barrar os recursos para a saúde da capital é mais uma demonstração de que o grupo Sarney vai tentar, a todo custo, dificultar melhorias para a cidade de São Luís.

  • Jorge Vieira
  • 21/jan/2013

Proposta do governo para transferir Socorrão II prejudica município, diz Edivaldo

Em resposta a iniciativa da governadora Roseana
Sarney de propor a transferência do Hospital Clementino Moura (Socorrão II)
para a administração da Secretaria de Saúde do Estado, mediante o repasse de R$
77 milhões, o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, rejeitou a
proposta por considerá-la danosa aos interesses do município.
No documento encaminhado ao Palácio dos Leões, o
prefeito afirma que “diante
da recusa do Governo Estadual em atender o pleito do Município de São Luís, que
se resume a apoio logístico à rede municipal de saúde, por tempo determinado, e
no entendimento de que os municípios devem gerir e executar as ações e serviços
públicos de saúde, como determina a Lei 8.080/90, e, ainda,  por 
não concordar com a retirada de recursos financeiros federais  da população do município de são Luís, pelas
razões expostas,  não consideramos a
proposta do Governo do Estado como solução para esse problema, mas como um
fator a mais de desorganização do sistema municipal de saúde de São Luís, com a
agravante da redução dos recursos de manutenção de outros serviços de saúde,
tão necessários para o usuário  do SUS na
nossa capital”.
Holanda Júnior diz ainda no documento enviado à
governadora que a crise na saúde pública de São Luís não é exceção em âmbito
nacional visto que a dificuldade é generalizada. Ressalta, no entanto, que
entre as razões do colapso está a fragilidade no sistema de saúde no interior
do Estado que terminam superlotando a rede de saúde pública da cidade,
especialmente de urgência e emergência.
No ofício, o prefeito ressalta que o governo do
Estado conhece bem as dificuldades para minimizar os problemas
médico-hospitalares do Maranhão haja vista que planejou mas ainda não foi
possível colocar em funcionamento os 72 hospitais que prometeu construir.
Leia a íntegra do ofício do prefeito Edivaldo
Holanda Júnior ao governo do Estado:

  • Jorge Vieira
  • 21/jan/2013

Presidente da Câmara de Urbano Santos será julgado por crime de pedofilia

O presidente da Câmara Municipal de
Urbano Santos, Vereador Professor Raimundo (PT), será julgado nesta
quarta-feira (23), pela titular da Comarca, Odete Pessoa, sob a acusação de crime de pedofia
e poderá perder o mandato.

O vereador foi denunciado pelo Conselho
Tutelar e pela mãe da vítima, senhora Maria José Sombreiras, ao Ministério
Público, que acolheu a denúncia e transformou no processo nº 17413/2012 contra
o petista.

No processo, o promotor Cristian
Bouchinhas relata diversos crimes cometidos pelo presidente da Câmara contra o
menor A.CS.S e as ações criminosas dele com outros menores, como fornecer
bebidas alcoólicas para depois abusar sexualmente deles.    

Essa prática, segundo relata o Ministério
Público, era comum para o Professor Raimundo.  

  • Jorge Vieira
  • 21/jan/2013

A “Gestão” de Roseana quer colocar a mão no Socorrão II

Por Simplício Araújo

O Prefeito Edivaldo Holanda Júnior começa o seu mandato
frente à prefeitura de São Luís com grandes desafios gerenciais e
políticos. Não bastasse o caos na saúde, na educação e o rombo nas
contas publicas, o prefeito ainda se vê diante de uma serie de factóides
políticos gerados pelo governo do estado com clara intenção de causar
prejuízo politico à gestão municipal e, consequentemente, ao grupo de
oposição estadual.

Propuseram uma parceria, medindo que Prefeito e oposição
fossem condenar e rechaçar qualquer aproximação com o grupo que massacra
o Maranhão há mais de 50 anos. Ledo engano, a nossa visão é que a
“parceria” na realidade, e contrário ao que pregam, não é um favor, mas
uma obrigação. Afinal, com tanto prejuízo e endividamento, já passou da
hora dos gestores municipais receberem algum tipo de parceria por parte
do governo do estado, principalmente os municípios mais pobres.

Roseana publica ajuda, gastando mais com a mídia que com a
ação, age como o algoz que tira a vida e vai ao velório, pois passou
quatro anos, escorado na incompetência de uma gestão municipal de São
Luís que além de desmontar serviços e sucatear a estrutura de postos e
hospitais ainda permitiu que o Governo do Estado definhasse a saúde do
município não repassando recursos federais a capital.

Não se tem notícia de nenhuma ajuda, nenhuma contribuição do
gestor estadual ao gestor municipal nos últimos anos, apenas de uma
ação alardeada como cinco milhões de reais para lavar, pintar meio fio e
trocar lâmpada agora ao final de 2012, como se isso e os mais de 60
hospitais construídos e abandonados em meio ao matagal pelo Maranhão
resolvessem todos os problemas de saúde de nossa população. Só
politicagem barata. Em qualquer outro Estado da Federação é natural que
governos estaduais coloquem suas contribuições financeiras aos
municípios de forma transparente, no Maranhão nem mesmo a regulamentação
da emenda constitucional 29 conseguiu tal proeza.

Ninguém sabe como, onde e quanto está sendo gasto os
recursos estaduais na saúde. Nem o conselho estadual de saúde, nem a
população ou mesmo o Ministério Público. Por aqui, trata-se o dinheiro
público como propriedade privada e a obrigação como favor, ou
“parceria”. Propor ao município de São Luís como ajuda gerir uma de
suas unidades (com o devido recurso de custeio junto) é uma piada de
salão. Afinal, gestão nunca foi e nunca será o forte da governadora.

Bastam ver os megaprojetos prometidos como alavanca de
progresso e desenvolvimento aos maranhenses e que serviram apenas ao
desvio de recursos públicos como salangô, usimar, 72 hospitais… E muitos
outros. São exemplos, ou como ela gosta de falar “modelos”. Modelos de
gestão desastrosa, de desvios de recursos e de projetos inacabados e
abandonados. Por outro lado, entregar parte dos problemas encontrados
ao estado ainda demonstraria uma fragilidade administrativa e uma
confissão de incompetência antecipado.

Seria um prato cheio pra quem usa até a saúde de nossa
população para os fins criminosos de permanecerem apeados ao poder,
ainda que a custa de muitas vidas. O Maranhão assiste e julga esse
momento, tripudiam de nossos irmãos usando o descalabro do sistema de
saúde maranhense, esquecem que temos por aqui um Presidente do Senado
com grande influencia nacional e precisamos nos humilhar no vizinho
Piauí pra curar nossas mazelas.

A secretaria estadual de saúde atualmente não tem condições
sequer de resolver os problemas de gestão de abastecimento de água e
rede de esgoto no Maranhão, basta analisar os sistemas de São Luís,
Imperatriz, Pedreiras e Barão de Grajaú como exemplos. Todos os sistemas
no estado estão obsoletos, não possuem controle de qualidade de água
fornecida e utilizam ainda os nocivos Canos de Amianto em sua
distribuição. Uma triste realidade achar que a “gestão” estadual vai
resolver os problemas de saúde de nossa capital, fosse assim, não
estaríamos envergonhados e humilhados nas lanternas dos rankings
nacionais de saúde, educação, desenvolvimento e tantos quantos venham a
ser feitos.

Que venha 2014, gestão de verdade é o que queremos, chega de
politicagem barata até com o que é mais essencial ao nosso povo.

SIMPLÍCIO ARAÚJO DEPUTADO FEDERAL

  • Jorge Vieira
  • 21/jan/2013

Inscrições para o Prouni 2013 termina às 23h59 desta segunda-feira

Do UOL

As inscrições para o Prouni (Programa Universidade para Todos) do primeiro semestre de 2013 terminam às 23h59 desta segunda-feira (21). O cadastro deve ser realizado pelo www.siteprouni.mec.gov.br.

Segundo o MEC (Ministério da Educação), o sistema oferece 162.329
bolsas em 12.159 cursos de 1.078 instituições de todo o país. São
108.686 bolsas integrais e 53.643 parciais (50% da mensalidade) –
confira a oferta por instituição, curso ou município aqui
 
Para concorrer às bolsas de estudo, o aluno precisa ter feito o Enem
(Exame Nacional do Ensino Médio) 2012, alcançado o mínimo de 450 pontos e
não pode ter zerado a redação. Para o cadastro, o aluno deve informar o
número de inscrição e senha do Enem 2012.
 

Segundo o MEC, todas as instituições participantes do Prouni devem
oferecer acesso gratuito à internet para os candidatos que desejarem se
inscrever. Haverá reserva de vagas para candidatos com deficiência e
também para os autodeclarados indígenas, pardos ou pretos.

Durante o período de inscrição, o candidato poderá alterar suas opções.
O sistema irá considerar válida a última inscrição confirmada. Uma vez
por dia, o sistema mostrará a nota de corte (menor nota para ficar entre
os potencialmente pré-selecionados) para cada curso com base no número
de bolsas disponíveis e no total dos candidatos inscritos naquele curso,
por modalidade de concorrência. 

Quem pode concorrer

Podem participar do Prouni estudantes que fizeram o ensino médio
integralmente em escola pública ou que tenham sido bolsistas em
instituição de ensino particular, também de forma integral. 

Professores da rede pública em efetivo exercício do magistério da
educação básica, integrantes de quadro de pessoal permanente de
instituição pública, estão dispensados do requisito de renda,
exclusivamente para bolsas em cursos de licenciatura. 
O programa oferece bolsas de estudo integrais – para estudantes com
renda per capita familiar de até 1,5 salário mínimo por mês – e parciais
de 50% – para estudantes com renda de até 3 salários mínimos por
pessoa.
Os candidatos não podem possuir outro diploma de ensino superior nem estar matriculados em nenhuma faculdade.
Na seleção, os candidatos poderão escolher até duas opções de curso em
instituições de ensino superior conveniadas de todo o país. Os
interessados que tiverem as maiores notas em cada curso levam a vaga.
Caso um estudante não tenha nota suficiente para preencher a sua
primeira opção de curso, ele passa a concorrer à segunda opção, e assim
sucessivamente.

Calendário

O processo terá duas chamadas de aprovados: no dia 24 de janeiro e 8 de
fevereiro. Segundo a portaria, “o estudante pré-selecionado deverá
comparecer à respectiva IES [instituição de ensino superior] para
aferição das informações prestadas em sua ficha de inscrição e eventual
participação em processo seletivo próprio da IES, quando for o caso”. As
datas para comprovação são as seguintes:

  • Primeira chamada: 24 a 31 de janeiro
  • Segunda chamada: 8 a 19 de fevereiro

Os estudantes que não forem aprovados em nenhuma das duas chamadas
poderão manifestar interesse em participar da lista de espera nos dias
24 e 25 de fevereiro. Também serão efetuadas duas convocações da lista
de espera. 

Veja o calendário completo do Prouni

Evento Data
Início das inscrições 17 de janeiro
Término das inscrições 21 de janeiro
Primeira chamada 24 de janeiro
Confirmação de informações nas IES* – 1ª chamada 24 a 31 de janeiro
Registro e emissão de termos pelas IES – 1ª chamada 24 de janeiro a 5 de fevereiro
Segunda chamada 8 de fevereiro
Confirmação de informações nas IES – 2ª chamada 8 a 19 de fevereiro
Registro e emissão de termos pelas IES – 2ª chamada 8 a 21 de fevereiro
Manifestação de interesse na lista de espera 24 e 25 de fevereiro
Lista de espera – 1ª convocação 28 de fevereiro
Confirmação de informações nas IES* – 1ª convocação da lista 28 de fevereiro a 5 de março
Registro e emissão de termos pelas IES – 1ª convocação da lista 28 de fevereiro a 7 de março
Lista de espera – 2ª convocação 8 de março
Confirmação de informações nas IES* – 2ª convocação da lista 8 a 13 de março
Registro e emissão de termos pelas IES – 2ª convocação da lista 8 a 15 de março

 

Fonte: Diário Oficial da União – edição de 9 de janeiro de 2013

  • Jorge Vieira
  • 20/jan/2013

Imprensa em alta

Editorial do Jornal Pequeno – 18/01/2013

Uma brusca e louvável mudança no conceito de assessoria de comunicação aconteceu neste estado a partir da eleição do saudoso deputado João Evangelista, presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão.

Há oito anos, no auge de uma carreira política depois brutalmente interrompida pela fatalidade, João Evangelista convidava os jornalistas Jorge Vieira e Robson Paz para assumirem os cargos de diretor e diretor adjunto de Comunicação, respectivamente, do Poder Legislativo.

Foi montado, então, o mais arrojado projeto de comunicação do estado até aquela época, com a transmissão das sessões em tempo real, o que pôs fim à prioridade dada às matérias de interesse do governo, eliminou a censura disfarçada e até a intervenção subsidiada dos governos nos jornais da cidade com relação ao noticiário do Poder Legislativo.

Para os jornalistas que já estavam ali há algum tempo, parecia um sonho. A oposição parou de falar apenas para as quatro paredes da Assembleia, pois com a transmissão direta das sessões deixou de fazer sentido boicotar a divulgação de discursos e denúncias de parlamentares na imprensa. A tecnologia da internet foi posta a favor da liberdade de imprensa.

Convidado hoje pelo secretário de comunicação da Prefeitura Municipal de São Luís, Márcio Jerry, o jornalista Robson Paz assumiu a secretaria adjunta de comunicação da Prefeitura. Uma decisão correta, coerente e produtiva do senhor secretário, pois Robson Paz também esteve à frente desse inusitado projeto que instituiu os programas ‘Assembleia em Ação’ e ‘Assembleia em Foco’, que invadiram o rádio e a televisão maranhenses com um noticiário pela primeira vez isento e diversificado na história do Legislativo maranhense.

Caberia ao deputado Marcelo Tavares, na condição de presidente, realizar o que Robson Paz chama de ‘grande sonho do deputado João Evangelista’: a instalação da TV Assembleia. Afável politicamente, religioso e moderado em suas intermediações, adepto do companheirismo, mesmo com os colegas mais azedos, Robson Paz deixou a diretoria de Comunicação da Assembleia em outro grande momento: quando o presidente Arnaldo Melo e a atual diretora de Comunicação, Dulce Brito, organizam um esperado Complexo de Comunicação que unirá, estrategicamente, a TV, Portal, Rádio e Diário Oficial, inclusive com a construção de uma nova e mais funcional estrutura física.

No lugar de Robson Paz assume a diretoria adjunta de Comunicação na AL a jornalista e advogada Jacqueline Heluy que está na assessoria desde 1991 e cuja competência também dispensa comentários, pois restou demonstrada nas redações dos jornais ‘O imparcial’ e ‘O Estado do Maranhão’, na assessoria do Senac e na Associação dos Magistrados do Maranhão.

Na AMMA, por sinal, ganhou três concursos nacionais de jornalismo consecutivos. Só para mostrar à grande imprensa que os melhores ainda estão no Maranhão. Jacqueline Heluy é também uma escolha acertada e coerente da diretora Dulce Brito e do presidente Arnaldo Melo. A depender apenas de comunicação, a Prefeitura de São Luís e a Assembleia Legislativa do Maranhão vão muito bem, obrigado. O resto é com eles.

  • Jorge Vieira
  • 19/jan/2013

‘Sarney e a fome no Socorrão’, artigo de O Globo

 “O Maranhão não suportava mais nem queria o contraste de suas terras férteis, seus vales úmidos, seus babaçuais ondulantes , de suas fabulosas riquezas (…) com a miséria, com a angústia, com a fome, com o desespero…”

Em 1966, o então jovem de 36 anos José Sarney, eleito governador , empolgava o Maranhão com um discurso de posse literariamente contundente, cheio de palavras ásperas, prometendo colocar um fim na miséria e na corrupção que assolavam o Estado.

Ele prometia “mudar a face do Maranhão” e o povo, entusiasmado, aplaudia.

Quem quiser se emocionar com o discurso e com as imagens da pobreza do Estado cuja redenção se iniciava naquela posse, pode entrar no Youtube e digitar:“Maranhão 1966, documentário de Glauber Rocha”, e verá, em pouco mais de 8 minutos, um dos documentos mais chocantes já produzidos sobre a realidade política do País, dirigido pelo talento nascente daquele que viria a ser o mais mítico dos nossos cineastas.

Como poderia imaginar o jovem gênio do cinema que se vivo estivesse, agora, 47 anos depois da posse do governador Sarney, seria possível repetir o documentário com o mesmo roteiro de pobreza e miséria que aquele derramado discurso de posse prometia combater e eliminar.

O Maranhão é hoje, 47 anos depois do início do domínio da oligarquia Sarney, o penúltimo estado no Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil, superado apenas pelo tenebroso estado de Alagoas, que já foi comandado também por um ex-presidente da República.

Uma semana atrás, o médico diretor de um hospital público do Maranhão, apelidado de Socorrão I, apareceu num programa de televisão e escreveu no Facebook pedindo à população que doasse alimentos e produtos de limpeza para que o hospital pudesse continuar funcionando.

O hospital é municipal, comporta 128 pacientes mas tem 216 internados, e o descalabro em que está é atribuído ao ex-prefeito João Castelo (PSDB), que acaba de encerrar a sua gestão.

O prefeito que assumiu decretou estado de emergência na saúde pública de São Luis.

O ex-prefeito, cuja maior obra é o estádio de futebol que consagra seu nome no aumentativo-Castelão-apesar de filiado ao PSDB, recebeu o apoio da governadora Roseane Sarney no segundo turno, mas perdeu para um político do obscuro PTC.

O Maranhão definha, e as palavras de José Sarney de 1966 perderam-se no vento, enquanto ele cortava a fita de inauguração da exposição “Modernidade no Senado Federal-Presidência de José Sarney”, paga com dinheiro público, na semana passada,em Brasília.

Dinheiro que poderia comprar comida para os doentes do Socorrão.

Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez. E.mail: svaia@uol.com.br

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