Esta reunião, coordenada pelo vice-governador Washington Luís, custou em
apenas algumas horas da manhã de ontem, mais de um milhão de reais diretamente
do seu bolso. Sim! Políticos do interior do Maranhão recebem mais de 5 mil
reais para fazer esta reunião.

A reunião
ignorou as reivindicações das massas que saíram às ruas nos últimos dias
pedindo a moralização da política. Afinal, por que temos que pagar mais de R$
1,2 milhão para que esses políticos aconselhem a governadora? E que tipo de
conselho eles darão quando muitos já estiveram envolvidos em escândalos por
desvio de verbas públicas?

Matéria
veiculada ontem pelo Maranhão da Gente denunciou que pelo menos quatro
conselheiros de Roseana já foram presos pela Polícia Federal acusados de desvio
de verba pública e por corrupção, peculato e extração ilegal de madeira.

O esquema
denunciado pelos deputados como “bolsa eleição” representa um modelo arcaico de
política, ao contrário de todas as exigências da população que pede reforma
política, econômica e na qualidade dos serviços públicos ofertados durante as
manifestações de todo o país.

Num
momento em que manifestações eclodem em todo país contra atos de corrupção e
improbidade administrativa, correm as denúncias de contratação de cabos
eleitorais do candidato apoiado pelo Palácio dos Leões, através do Conselho de
Gestão Estratégica do governo do estado, pago com dinheiro público.

É o
governo do estado na contramão do povo. De novo.

*Blog Maranhão da Gente

O
prefeito Edivaldo Holanda Júnior assina na segunda-feira (1º), às 9h, ordem de
serviço para o início das obras de pavimentação de ruas da área do Coroadinho.
O ato será realizado na Rua 4, ao lado da igreja católica do Parque Timbiras .

As
ações integram o Programa Pró-Transporte (PAC Pavimentação) do Governo Federal.
O valor da obra é de R$ 36 milhões e será destinado a serviços em 482 vias da
capital, na região da Bacia do Bacanga.

Estão
incluídos serviços de terraplenagem, drenagem superficial e profunda (onde for
necessária), construção de passeios com meio fio, sarjeta e calçadas;
pavimentação em asfalto e blocos de concreto intertravados, sinalização
vertical e horizontal.

As
obras são resultados de projetos elaborados pela Prefeitura de São Luís, por
meio das secretarias municipais de Planejamento (Seplan), Projetos Especiais
(Sempe), de Obras e Serviços Públicos (Semosp).

O
deputado federal Simplício Araújo (PPS) afirmou que não vai ser
possível a presidente Dilma Rousseff ou o Congresso abafar, calar e parar o que
está acontecendo nas ruas. Para o parlamentar, nunca mais o país voltará
 a ser o mesmo.

“Precisamos
respeitar as manifestações, abrir um diálogo franco entre os parlamentares e o
Executivo. O movimento não para mais. Mesmo que o calor das passeatas esfrie, o
que é natural, a população irá continuar cobrando de nós e do governo federal
propostas efetivas para solucionar as mazelas que assolam o país. E essa
cobrança é salutar”, disse o deputado.

Simplício
criticou também o comportamento de alguns parlamentares que estão tentando
“tirar uma casquinha, surfar na onda das manifestações que vêm ocorrendo pelo
Brasil”. Segundo o deputado muitos políticos não estão entendo “o recado das
ruas ao parlamento e ao Poder Executivo. Os manifestantes vão analisar os
deputados e saberão como se posiciona cada um que ocupou a tribuna para se
aproveitar dos protestos”, apontou.

Governo
Dilma – Simplício afirmou que a
presidente usa o Legislativo para justificar a falta de competência política
para fazer as reformas essenciais que o Brasil precisa. “Ao desviar o foco
do Executivo, a presidente joga para a plateia e tenta colocar no colo do
Congresso a responsabilidade pelas mazelas do país”, criticou o deputado.

Depois
dos pronunciamentos negativos da presidente, o parlamentar disse esperar que o
Congresso abandone, de uma vez por todas, a situação de submissão em que se
encontra perante o Palácio do Planalto. Para Simplício, o parlamento precisa
mostrar para a sociedade que muitas matérias de interesse do país não foram
votados porque o governo, com sua ampla base política, não deixou votar.

Na
avaliação do deputado, o desgaste do Congresso perante a opinião pública se dá
por conta da subserviência ao Executivo. “A casa tem uma atividade
intensa, que grande parte da população desconhece. Está na hora de
reformularmos a nossa relação com a sociedade. Poderíamos aproveitar a
oportunidade e colocar na pauta de votação uma série de projetos que não avançaram
porque foram colocadas em segundo plano”, finalizou.

Entre os
beneficiados com a maracutaia de R$ 5.850,00 encontra-se o candidato a
governador do grupo da governadora, Luís Fernando Silva (PMDB). Ainda que não compareça
a nenhuma reunião, não tem com o que se preocupar: a grana é garantida para
ele e para seus cabos eleitorais.  O contribuinte paga a conta.

”
Esse é o melhor emprego do mundo. Vem uma vez por mês a São Luís, e se não vier
e apresentar atestado médico recebe os R$5.850,00″, afirmou o deputado
Marcelo Tavares. O oposicionista Marcelo relembrou que tanto a imoralidade dos
convênios fantasmas como a imoralidade do Conselho de Gestão Estratégica têm
como principal finalidade comprar as próximas eleições. ” Eleição esta que
vai ser muito cara e pelo visto está sendo comprada com bastante
antecedência” garante o deputado Marcelo Tavares.

Em entrevista coletiva concedida no final da
manhã desta quinta-feira, a bancada da oposição apresentou uma série de
propostas ao governo Roseana Sarney, como forma de contribuição ao debate das
reivindicações emanadas das ruas.

Os deputados Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Othelino
Neto (MD) e Bira do Pindaré criticaram a omissão da governadora, que até hoje
não deu uma palavra sequer sobre as manifestações que tomam conta da cidade.

Os parlamentares fizeram questão e esclarecer que
não têm a pretensão de se apresentarem com representantes dos movimentos e que
estão apresentando as propostas como forma de contribuição ao processo de
mudança exigido pela sociedade. Leia abaixo os itens levantados.

PROPOSTAS APRESENTADOS AO POVO MARANHENSE

Diante das manifestações da população que vai às ruas cobrando mudanças
para o Maranhão e da dificuldade encontrada por manifestantes em apresentar
propostas para o Governo do Estado do Maranhão, que se recusa a conversar com
vozes de toda a sociedade, os deputados estaduais subscritos vêm a público
apresentar um rol de reivindicações e ações conjuntas que podem ser realizadas
para dar início a um processo de mudança nas práticas políticas no Maranhão.

A proposta feita pelos deputados estaduais do Maranhão que assinam este
documento – ouvindo os pedidos das mais diferentes forças sociais que clamam
por melhorias sobretudo na Mobilidade Urbana e Interurbana, Saúde, Educação e
Saneamento Básico – aponta caminhos para que o Governo do Estado e os membros
da Assembleia Legislativa, através de práticas republicanas e de impacto
social, correspondendeo aos pedidos feitos diariamente nas ruas de todo o
Maranhão.

TRANSPORTE PÚBLICO – Redução de ICMS incidente em todos os itens que
impactam a tarifa do transporte coletivo municipal e intermunicipal;

TRANSPARÊNCIA – Suspensão dos convênios fantasmas e auditoria em todos
os convênios celebrados com a Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES);

TRANSPARÊNCIA – Extinção do Conselho de Gestão de Políticas Públicas
(CONGEP). Se o governo resolver mantê-lo, que seus conselheiros exerçam função
honorífica, sem acarretar gastos para o Estado;

FICHA-LIMPA – Demissão de todos os ocupantes de cargos comissionados que
sejam fichas-sujas e implantação da lei da Ficha Limpa nas esferas estaduais;

CONCURSOS PÚBLICOS –  Realização de concurso público para educação
e para o sistema de saúde. Revogação do art. 10 da lei nº 9.723, de 19/12/2012
(criação da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares – EMSERH),
que autoriza a contratação de pessoal através de processo seletivo
simplificado para o sistema de saúde;

INVESTIMENTO E DESENVOLVIMENTO – Orçamento mínimo de 5% para
agricultura, em especial para a agricultura familiar e regularização fundiária;

TRANSPARÊNCIA – Fim dos gastos exagerados com propaganda,
especialmente com as empresas pertencentes à Governadora Roseana Sarney;

TRANSPORTE PÚBLICO – Redução das tarifas do serviço de ferry boat
entre São Luís e a baixada;

CULTURA – Priorização dos artistas maranhenses nas festividades
financiadas com recursos públicos estaduais, bem como transparência nas
contratações;

ASSISTÊNCIA SOCIAL – Que o governo trabalhe para que haja a isenção do
ICMS para os produtos da cesta básica e para remédios;

SAÚDE – Funcionamento imediato dos 72 hospitais prometidos em 2010 e do
Hospital PAM Diamante;

SAÚDE – Formação de médicos pela UEMA nas principais regiões do Estado

TRANSPARÊNCIA – Transparência na aplicação do dinheiro dos empréstimos
feitos pelo BNDES (governo federal). Constituição de um Comitê Gestor para
análise e aprovação dos projetos, com participação das entidades empresariais,
dos trabalhadores e da OAB.

ESPORTE – Construção de quadras esportivas em todos os municípios do
Maranhão.

SEGURANÇA PÚBLICA – Dobrar o número de vagas oferecidas no último
concurso público para Policiais Militares;

Estas são pautas iniciais que são propostas e devem ser discutidas no
seio das manifestações populares que têm promovido mudanças em todo o Brasil, a
exemplo das recentes votações no Congresso que beneficiaram a Educação Pública
de qualidade, a Saúde Pública brasileira e a moralização das práticas de
agentes públicos, como a aprovação da lei que define a Corrupção como Crime
Hediondo.

Certos de que este é o primeiro passo para um diálogo aberto,
propositivo e resolutivo com movimentos da sociedade que clamam por mudanças,
nos colocamos à disposição para receber, ouvir e atuar em prol de um Maranhão
melhor para todos.

Os
deputados que integram a bancada de oposição condenaram, nesta manha de
quinta-feira (27), a contratação de ex-prefeito e candidatos a prefeitos
derrotados na última eleição municipal, para servir de cabo eleitoral do
candidato apoiado pelo Palácio dos Leões, Luís Fernando Silva, através do
Conselho de Gestão Estratégica do Governo do Estado.

Rubens
Pereira Júnior (PCdoB), Othelino Neto (PPS), Marcelo Tavares (PSB) e Bira do
Pindaré (PT) usaram grande parte da sessão ordinária para contestar a medida
provisória 147, de autoria do Executivo, aprovada no dia 28 de maio, disciplinando
o Conselho de Gestão.

Para o
líder da oposição, deputado Rubens Júnior, o Conselho foi criado para empregar
os aliados da governadora. Segundo ele, inicialmente o Conselho comportaria
apenas os secretários, mas foi ampliado para 40 membros e, por meio de recente
medida provisória, aumentou 156 vagas, totalizando 206 conselheiros, que
recebem mensalmente um jeton de R$ 5.850.

Segundo o
deputado Othelino Neto (PPS), é impressionante o que  o Governo é capaz de
fazer com o Maranhão, Segundo ele, cada reunião do Conselho custa R$ 1,2 milhão
ao erário público. Na oportunidade, Othelino citou os nomes de ex-prefeitos que
teriam sido nomeados como conselheiros, entre eles o ex- prefeito de Rosário,
Bimba e o ex-prefeito Zé Mario, lá de São João dos Patos e Socorro Waquim,
ex-prefeita de Timon.

Marcelo
Tavares, ex-presidente da Assembleia Legislativa, foi mais foi ainda mais
áspero na crítica. Conforme Tavares o Estado do Maranhão é apontado como o mais
pobre do Brasil, e mesmo assim a governadora Roseana, completamente
desconectada com a realidade das ruas, resolve inovar e criar o “bolsa
eleição”, o pagamento imoral do jeton de R$ 5.850 a políticos para votar no
candidato dela ao Governo do Estado em 2014.

Marcelo chegou
inclusive a citar nomes de conselheiros, entre de Gildásio Angêlo da Silva,
prefeito derrotado em Poção de Pedras, Raimundo Silva, ex-prefeito do Barão de
Grajaú, Raimundo Silveira, o filho do Raimundo Silveira ex-prefeito de
Parnarama, Ribamar Lopes, ex-prefeito de Morros, o candidato a prefeito
derrotado em Belágua, Adriano Soares de Sousa, Francisca Alves dos Reis,
derrotada em Fortuna, e Maria Rita derrotada nas últimas eleições em Cururupu.

O
deputado petista Bira do Pindaré condenou a atitude da governadora empleno
momento de crise. Na opinião de Bira, “esse conselhão é uma imoralidade, uma
afronta à população, que está na rua reclamando contra as instituições,
principalmente das políticas. Aqui está a prova definitiva de um sistema
falido, incompatível com os interesses da população. É um sistema de compra de
cabo eleitoral: um conselhão que cabe mais de 200 pessoas para receber R$ 5.850
por mês para uma única reunião que ainda pode apresentar um atestado e não
comparecer”, disse.