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A crise se intensificou com a acusação de que seu filho, Gustavo Morais Pereira, teria aumentado seu patrimônio de forma ilícita.
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A crise interna que atinge os socialistas vem provocando estragos na legenda e expondo as vísceras das duas alas que disputam o comando do PSB no Estado. O encontro de amanhã, convocado para discutir as questões das comissões provisórias, promete ser um dos mais difíceis da história do partido.
Nos bastidores e nas rodas de conversas informais, o deputado Marcelo Tavares, líder da oposição na Assembleia Legislativa, contra ataca acusando o grupo do deputado Ribamar Alves de tumultuar o partido porque teria intenção de entregá-lo à governadora Roseana Sarney, levar para a base aliada.
O grupo liderado por Ribamar Alves, segundo informou ao blog um dirigente do partido, vai colocar em discussão a questão da capital. Vão querer destituir o filho do presidente José Antonio Almeida da presidência da comissão provisória municipal e discutir a sucessão.
O porta-voz informal do governo, Magno Bacelar, leu a resposta de Sarney na tribuna da Assembleia esta manhã e pediu que fosse transcrita para os anais da Casa. Esqueceu, no entanto, de fazer a mesma solicitação para a matéria da revista Veja que o acusa e ter promovido o atraso do Maranhão.
O líder da oposição, deputado Marcelo Tavares, disse que a única verdade pronunciada por Sarney foi reconhecer que o Maranhão cresceu na década passada, justamente no período em que o Estado foi governado por José Reinaldo Tavares (PSB) e Jackson Lago (PDT).
Tavares vai apresentar requreimento amanhã à Mesa Diretora da Casa para seja publicado nos anais a reportagem de “Veja”, que apresentou o resultado maléfico que o grupo Sarney fez ao povo do Sarneyquistão.
Ele também destacou recentes denúncias feitas por outros deputados, a exemplo de Manoel Ribeiro (PTB), que mostrou o cancelamento de vôos internacionais por conta das obras no aeroporto de São Luís. “Já não dá mais para enganar os franceses e vender a euros, por que agora não tem mais avião no aeroporto, aí nós vamos ficar discutindo como devemos vender o turismo no Maranhão. Vender o quê? Dissabores?”, questionou César.
Mais uma vez o deputado César Pires enfatizou que continuará a fazer a sua parte de tornar essa discussão relevante, “independentemente dos ombros de quem caia”. “Se os ecos lá em Brasília não tem, que os meus ecos sejam destruídos na ponte do rio Parnaíba, no Estreito ou ali no Tocantins, não tem problema, mas eles serão propalados por esse microfone dessa Casa podem ter certeza disso”, disse.