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Notícias
  • Jorge Vieira
  • 23/jul/2012

Edivaldo inaugura comitê em clima de otimismo

Edivaldo e Roberto Rocha  durante carreata no fim de semana
Com um
discurso objetivo e carregado de otimismo na vitória, o candidato  Edivaldo Holanda Júnior inaugurou no início da
noite desta segunda-feira (23) o comitê central da campanha (“Comitê 36”),  no retorno do São Francisco.
A
militância dos partidos que integram a coligação “Muda São Luís”
(PTC, PSB, PCdoB e PDT), participou do ato e deu um colorido especial a festa.
A estrutura já está funcionando e estará aberta a todos os apoiadores da
candidatura de Edivaldo.
O
candidato motivou a militância manter o corpo-a-corpo, levando para a população
a mensagem da mudança e da transformação que sua futura administração pretende
fazer por São Luís.
Ao lado
do candidato a vice-prefeito, ex-deputado federal, Roberto Rocha, e das
lideranças dos partidos que integram a aliança, Edivaldo Holanda Júnior reafirmou
o compromisso de administrar ouvindo a população e de levar Flávio Dino ao
governo do Estado em 2014.
   
Segundo
colocado nas pesquisas de opinião pública e com irrisório índice de rejeição,
Holanda vem crescendo progressivamente e, ao quer tudo indica, deverá está, nas
próximas sondagens junto ao eleitorado, bem mais próximo do prefeito João Castelo,
que possui elevada rejeição.  
O
crescimento de Edivaldo Holanda Júnior e a consequente queda do ex-prefeito
Tadeu Palácio, que mostra claramente não está preparado para a campanha, é
fruto da ousadia do candidato, que bota a caravana na rua e vai para o
corpo-a-corpo diariamente, ato este que o ex-prefeito e o atual não têm coragem
de fazer com medo de vaia ou coisa pior.
No último
final de semana, Edivaldo Holanda Júnior continuou a agenda de caminhadas e
carreatas. No sábado pela manhã, Edivaldo visitou a Vila Palmeira e participou
da inauguração de comitê de candidatos a vereador da coligação “Muda São
Luís” no bairro. À tarde, fez carreata no Maiobão com a candidata a
prefeita de Paço do Lumiar, Núbia Dutra.
No
domingo, Edivaldo fez carreata pela Cohab e Cohatrac. Os dados da coordenação
de campanha de Edivaldo Holanda Júnior dão conta de que a carreata do domingo
reuniu mais de 250 carros.

  • Jorge Vieira
  • 23/jul/2012

Blogues denunciam prefeitura de Imperatriz por emissão de cheques sem fundo

Frederico Luiz

O blogueiro Rui Porão acaba de publicar uma denúncia grave. Ele mostra
cópias de cheques sem fundos emitidos pela prefeitura de Imperatriz-MA,
administrada pelo tucano Sebastião Madeira. O Blog Notícia da Foto de
Antônio Pinheiro repercutiu, inclusive no Facebook.

Conforme informa Valoreserviços,
a alínea 11, refere-se a cheque sem fundos pela primeira vez e
recomenda: Não deve ser enviado para cobrança, pois 24 hs depois da
devolução já pode ser reapresentado.

Caso o emitente reapresente o cheque, ele será carimbado pela segunda
vez, agora pela alínea 12 que pode motivar uma representação criminal
contra o emitente do cheque.

Clique nos linques para as postagens completas com a denúncia. Mais abaixo, cópias dos cheques-cupim!

O blog do Rui Porão foi o primeiro a publicar as Xerox de dois
cheques nos valores de R$ 1.920, 37 e R$ 730,20 da Agencia Nº 554 Banco
do Brasil, os dois cheques foram emitidos pela secretaria de
Desenvolvimento Social, na data 18 de abril 2012, assinado pela
secretaria Miriam Rios, que foram pagos a empresa J. DAS. COSTA.
COMERCIO.
(Notícia da Foto)

Alguém precisa dizer pro Madeira, que isso da Improbidade. Isso é uma
vergonha, já não gosta de pagar o que deve, e ainda submete os
fornecedores ao constrangimento.
(Blog do Rui Porão)


  • Jorge Vieira
  • 23/jul/2012

Desembargadores de todo país têm supersalários

Desembargadores são os que mais recebem salários acima do teto constitucional. Dos 27 tribunais de justiça, 15 publicaram suas folhas de pagamentos. Valores chegam até a R$ 100 mil. Todos os 11 ministros do STF têm salários que extrapolam o teto constitucional
por Mariana Haubert
 
Desde que os tribunais brasileiros foram obrigados a divulgar suas folhas de pagamento evidenciou-se uma situação até sabida, mas nunca oficializada: o pagamento de supersalários. Dentre os magistrados e servidores públicos do Judiciário que recebem vencimentos acima do teto constitucional, os desembargadores dos tribunais de justiça do país são os que mais se beneficiam. Dos 91 tribunais do país, 39 publicaram suas informações na internet até ontem (domingo, 22), conforme as regras estipuladas pelo Conselho Nacional de Justiça. 

Dos 27 tribunais de justiça do país, 15 publicaram seus salários, até ontem. No Tribunal de Justiça do Amazonas todos os 19 desembargadores receberam, em junho, acima do teto constitucional. A média foi de R$ 57,2 mil no mês. Nestes casos, os valores são aumentados devido ao pagamento da Parcela Autônoma de Equivalência (PAE), que são passivos trabalhistas derivados de vantagens eventuais e adiantamento do 13º salário. 

Entre os desembargadores, a campeã foi Maria das Graças Figueiredo, com o valor de R$ 79.036,57. No entanto, duas juízas lideraram a folha de pagamento da Corte. As juízas de Direito Mônica Raposo e Luiza Marques receberam como rendimento líquido, incluindo gratificações e indenizações, R$ 100,6 mil, sendo que desse total, R$ 57,89 mil são de vantagens eventuais, que incluem adicionais, horas extras, plantões e férias, dentre outros. 
Em junho, o Tribunal de Justiça de São Paulo pagou a seus desembargadores, em média, salários de R$ 48,9 mil. O valor é calculado com base nos vencimentos líquidos mais as indenizações recebidas. Alguns desembargadores chegaram a receber mais de R$ 34 mil somente com o salário. Neste período, o desembargador Antônio Carlos Machado teve como salário líquido o valor de R$ 55,9 mil, incluindo indenizações. 
Já no TJ do Ceará, grande parte dos desembargadores do estado receberam, em junho, valores muito superiores ao teto constitucional. No entanto, é complicado calcular quem recebeu os maiores vencimentos porque a tabela foi publicada em formato PDF, que não permite a manipulação dos dados, no sentido de organizá-los para que a informação seja melhor entendida. 
Mas o TJ do Ceará não está sozinho. Todas as tabelas publicadas pelos tribunais e consultadas pelo Congresso em Foco não seguem a determinação da Lei de Acesso a Informação que obriga a publicação a ser feita em formato aberto, ou seja, aquele que que permite ao cidadão extrair a informação que deseja. Da forma como as listas foram publicadas, não é possível fazer o cruzamento de dados para, por exemplo, saber quem é o desembargador que recebe o maior salário do país. A resolução do CNJ, porém, não faz menção ao tipo de formato que as publicações devem ter.

Ministros do STF estão acima do próprio teto 

A Constituição proíbe o pagamento de salários a qualquer servidor público acima do vencimento determinado para os ministros do Supremo Tribunal Federal, limite estabelecido hoje em R$ 26.723,13. No entanto, mesmo os 11 ministros da mais alta corte do país ultrapassam o valor. Em maio, o presidente do STF, Ayres Britto, e os ministros Cezar Peluso, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa, Celso de Mello, Luiz Fux e Rosa Weber receberam R$ 38.570,38 de salário bruto. Em junho, os ministros Cármem Lúcia, Dias Tófolli e Marco Aurélio Mello foram remunerados com R$ 35.630,84.
Diversos são os motivos que permitem que os salários dos ministros ultrapassem o teto, como o abono de permanência por exercício de função em outros tribunais. A ministra Cármem Lúcia, por exemplo, é também presidente do Tribunal Superior Eleitoral. No caso de Dias Tófolli, ele recebeu o salário do STF e mais R$ 10 mil como remuneração líquida pelas atividades desenvolvidas no TSE. Por isso, em junho, o ministro chegou a ganhar R$ 36,8 mil. 
O STF divulgou os salários de seus magistrados no final de junho. No início de julho, uma resolução do Conselho Nacional de Justiça tornou obrigatória a divulgação individual das remunerações, diárias, indenizações e quaisquer outras verbas pagas a membros da magistratura e servidores públicos do Judiciário. O prazo para que todos os órgãos publicassem as informações acabou na última sexta-feira (20). 
Dos quatro tribunais superiores, apenas o Superio Tribunal Militar não divulgou as informações requeridas. No TSE, a mesma situação da Suprema Corte se repete. Oito ministros ganharam em junho valores acima do teto constitucional, devido a acúmulo de atividades em outros tribunais. Além de Tófolli, receberam Luiz Fux (R$ 29,8 mil), Gilmar Mendes (28,3 mil) Cármem Lúcia (32,1 mil) e Marco Aurélio Mello (32,1 mil), e do Superior Tribunal de Justiça, os ministros Gilson Dipp (42,8 mil), Laurita Vaz (39 mil) e Nancy Andrighi (42,8 mil). 
Tal situação só é possível porque a legislação permite que valores considerados “gratificação eleitoral”, como os pagos pelo TSE a ministros de outros tribunais, não entrem na linha do corte do “abate-teto”, um sistema que impede o recebimento além do limite. Os ministros recebem, em média, R$ 850 por sessão. De acordo com a lista divulgada, o TSE também pagou a cinco servidores inativos valores acima do permitido. 
No STJ, 32 ministros receberam, em junho, valores acima do teto. Assim como nos demais casos, o pagamento é considerado legal porque é considerado que vantagens salariais não podem ser consideradas para o “abate-teto”. Dos quatro tribunais superiores do país, apenas o Superior Tribunal Militar não divulgou as informações. 
Dos 27 Tribunais Regionais Eleitorais, 8 publicaram as tabelas completas. Pernambuco, Roraima, Espírito Santo, Ceará, Minas Gerais, Rondônia e Rio Grande do Norte. O Rio de Janeiro publica, mas não nos termos da resolução. O TRE do Paraná não publica os nomes e nem matrícula do servidor, mas publica uma lista com o cargo e o salário. De acordo com a lista, há um analista judiciário que recebeu em maio, R$ 54 mil, dos quais R$ 7,6 mil são de vantagens pessoais, R$ 6 mil por cargo de confiança e R$ 28 mil de vantagens eventuais. 
Resistência
Tribunais de 12 estados não divulgaram a relação com os nomes, cargos e salários de seus funcionários. O Tribunal do Paraná já havia sinalizado que não cumpriria a deteminação. No Rio, o TJ publicou a listagem parcialmente, omitindo os nomes dos juízes e desembargadores. O tribunal conseguiu uma liminar por meio da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj).
Inicialmente, o CNJ não irá punir os tribunais que não seguiram a resolução, mas segundo o conselheiro do órgão, Wellington Saraiva, caso haja uma resistência deliberada, o conselho poderá considerar algum tipo de punição. Wellington é o responsável por um grupo de conselheiros que editou a resolução e que trabalha em um projeto de regulamentação da Lei de Acesso a Informação no Judiciáiro. 
“Os tribunais têm consciência de que cabe ao CNJ estipular essa obrigação. E nós não temos tido historicamente situções de recusa deliberada dos tribunais de descumprir resoluções do CNJ. Às vezes, o que acontece são algumas dificuldades administrativas”, disse Saraiva, para quem não há a hipótese de que os tribunais irão desrespeitar a norma. Para ele, é questão de tempo até que todos estejam adaptados às novas regras. 
Na sexta-feira (20) à noite, o ministro Ayres Britto concedeu mais prazo para a divulgação dos rendimentos aos tribunais de Justiça dos estados de Goiás, do Paraná, do Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina. O Tribunal de Minas Gerais já havia obtido prorrogação de prazo por decisão de Wellington Saraiva. De acordo com o CNJ, os tribunais alegaram dificuldade técnica para colocar as informações no ar. O TJGO e o TJSC pediram mais 30 dias para fazer a publicação. O TJPR pediu 20 dias adicionais e o TJMS, 10 dias. O TJMG, que já havia obtido a prorrogação, solicitou mais 15 dias.
O CNJ também publicou, na última sexta-feira, a relação de todos os salários que paga a seus servidores. Quem está no topo da lista não é um magistrado, mas sim o secretário de Comunicação Social, Marcone Gonçalves dos Santos, que recebeu em junho, R$ 20 mil.
Além da determinação do CNJ para que os tribunais publiquem as informações relativas às remunerações de pessoal, todas as publicações realizadas na semana passada decorrem de uma decisão proferida pelo ministro Ayres Britto, em 10 de julho, que suspendeu duas liminares da Justiça do Distrito Federal que impediam a divulgação dos salários dos servidores públicos federais de forma individualizada nas três esferas de poder.
O ministro entendeu, ao analisar um pedido de suspensão de liminar impetrado pela Advocacia Geral da União (AGU), que tal decisão ia contra os princípios constitucionais do acesso à informação pública. Ayres Britto considerou que o assunto gira em torno de dois princípios constitucionais: o direito fundamental de acesso à informação pública e o princípio da publicidade da atuação da administração. “Princípio que, para além da simples publicidade do agir de toda a administração pública, propicia o controle da atividade estatal até mesmo pelos cidadãos.” A matéria ainda precisa ser julgada em definitivo pelo Judiciário. 
Supersalários
Desde o ano passado, o Congresso em Foco tem mostrado que supersalários são pagos a servidores dos três poderes. Um levantamento do site mostrou que existem pelo menos, 3,9 mil servidores públicos recebendo acima do permitido. 
Com base em auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), o Congresso em Foco publicou a relação dos servidores do Senado que, em agosto de 2009, ganhavam mais que o teto constitucional. Por patrocínio do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis), 43 dos servidores que faziam parte da lista entraram com ação contra o site. Até agora, o Congresso em Foco foi absolvido em todas ações. Os juízes entenderam que a divulgação dos vencimentos que extrapolam o teto é de interesse público, que prevalece sobre um eventual interesse privado.
O teto constitucional foi criado em 2003, mas desde então vem sendo desrespeitado por diversas razões.

  • Jorge Vieira
  • 22/jul/2012

Reportagem da ISTOÉ mostra relação de Sarney com grupo que desviou cerca de R$ 1 bi nas obras da ferrovia Norte-Sul

A ferrovia da corrupção

ISTOÉ teve acesso a sete inquéritos abertos pela Polícia Federal para apurar os superfaturamentos na Ferrovia Norte-Sul que provocaram rombo de até R$ 1 bilhão

Claudio Dantas Sequeira

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Os desvios de verbas na ferrovia norte-sul somam R$ 1 bilhão 
só no trecho entre Palmas (TO) e Anápolis (GO) foram superfaturados 
R$ 400 milhões a obra já consumiu R$ 8 bilhões
No início do mês, a Polícia Federal prendeu o ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, o Juquinha, acusado de enriquecimento ilícito. Segundo os autos do inquérito da Operação Trem Pagador, ele teria comandado um esquema que desviou mais de R$ 100 milhões de obras da Ferrovia Norte-Sul, a mais extensa via férrea do País. ISTOÉ revela agora que o rombo provocado pelo esquema de Juquinha, que comandou a estatal de ferrovias por oito anos, pode chegar à escandalosa cifra de R$ 1 bilhão, dinheiro que teria abastecido não só as contas pessoais do ex-presidente, familiares e ex-integrantes da cúpula da Valec, mas também o caixa de partidos como PR e PMDB. A estimativa é da própria PF, com base numa série de investigações em andamento. Só na Delegacia de Crimes Financeiros da Polícia Federal em Goiás foram abertos sete diferentes inquéritos que abarcam os quase 4,5 mil quilômetros de extensão da ferrovia. Ao longo da Norte-Sul, que já consumiu R$ 8 bilhões, correm suspeitas de superfaturamento em materiais, como trilhos e dormentes, nas ações de terraplanagem, escavações e aterros. A PF encontrou ainda indícios de conluio entre empreiteiras, direcionamento de licitações e subcontratação de empresas ligadas a políticos. As investigações, que tiveram origem em fiscalizações do TCU, da CGU e denúncias do Ministério Público, estão longe de terminar.

As investigações indicam que só no trecho entre Palmas (TO) e Anápolis (GO), justamente o que ajudou a enriquecer Juquinha e sua família, foram desviados mais de R$ 400 milhões. Laudos técnicos que compõem os inquéritos mostram que a estrada de ferro consumiu todo o orçamento previsto nos contratos com as construtoras Andrade Gutierrez, SPA Engenharia, Constram, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa. A Valec de Juquinha autorizou aditivos que atingiram o limite legal de 25% e mesmo assim a obra chegou ao fim infestada de problemas estruturais, como a falta de proteção vegetal de taludes e canais de drenagem superficial. O resultado é a erosão de áreas que estão provocando a desestabilização dos trilhos, inviabilizando o uso da ferrovia. Não foram construídos oito pátios intermodais que estavam previstos em contrato. Isso significa que, mesmo os trens sendo liberados para transitar na estrada de ferro, eles simplesmente não têm onde ser carregados e descarregados.

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INFLUÊNCIA
De acordo com delegado ouvido por  ISTOÉ, o senador José Sarney
e o deputado Costa Neto dividiam cargos na cúpula da Valec
As construtoras reclamam que a obra ali consumiu mais que o previsto, por conta de desvios e da existência de aterros moles, que acabam consumindo mais horas de trabalho das máquinas e do orçamento. Daí, segundo a PF, chega-se a outro problema: não há medição confiável, os métodos utilizados são os mesmos de 40 anos atrás. Essa falha foi explorada não só pelos empreiteiros, mas pela própria Valec, segundo a PF. O escamoteamento de custos, de acordo com os relatórios de investigação obtidos por ISTOÉ, era processado em Brasília, no 20º andar do edifício-sede da estatal, e se estendia ao campo de trabalho. Laudos da Perícia Criminal indicam sobrepreço tanto no orçamento de referência da estatal como nas propostas das empreiteiras. A análise de centenas de planilhas de preços feita pelos peritos apontam uma variação entre 6,5% e 48% de sobrepreço nos orçamentos.

O TCU agiu em alguns casos, como nas obras de Aguiarnópolis (TO) e Anápolis-Uruaçu (GO). Em ambos, determinou-se a suspensão cautelar de 10% do valor dos contratos, muito pouco, considerando o volume de recursos utilizados. O tribunal instaurou tomadas de contas especiais em contratos como o da SPA Engenharia, que se recusou a seguir as determinações de repactuação do orçamento. Um relatório interno da consultoria jurídica da Valec, obtido por ISTOÉ, mostra que só em dois contratos os fiscais encontraram sobrepreços de R$ 42 milhões e R$ 40 milhões, respectivamente. Desde o início da obra, a Valec tem comprado dormentes, fabricados pelas próprias empreiteiras, a valores 40% superiores ao de outros fornecedores. Esses dados, além de abastecerem os inquéritos da PF, levaram o atual presidente da Valec, José Eduardo Castello Branco, a criar uma força-tarefa para melhorar a fiscalização das obras da Norte-Sul e passar um pente fino nas obras em andamento. Talvez por isso, desde que assumiu no lugar de Juquinha no ano passado, Castello Branco tem sofrido pressões de partidos e empresários para deixar o cargo.

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O perfil técnico do atual presidente da Valec causa desconforto para um grupo de políticos que se acostumou a gerenciar o orçamento bilionário da empresa. Escutas telefônicas feitas pela PF com autorização judicial mostram como se articularam os dirigentes da estatal às vésperas da faxina determinada pela presidenta Dilma Rousseff, diante das denúncias de pagamento de propina no Ministério do Transportes. Em conversa gravada no dia 19 de outubro de 2011, Juquinha, ciente da iminente dança das cadeiras na Valec, telefona para seu advogado, Heli Dourado, e pergunta se ele conversou com o “presidente”, segundo a PF numa referência ao senador José Sarney. Heli diz que “Sarney conversou com o ministro duas vezes e não tem mais o que falar com ele; que ele sabe que a pessoa é sua indicada”. Na conversa, Heli diz ainda que foi até a casa de Sarney para tentar evitar a queda dos apadrinhados. Segundo a PF, o presidente do Senado foi atropelado pela decisão do Palácio do Planalto.

Além de “presidente”, Sarney é citado por Juquinha e outros integrantes do grupo pelas alcunhas de “velhinho” e “chefe”. Para a PF, não há dúvidas de que o grupo usava constantemente o nome de Sarney. De acordo com um delegado ouvido por ISTOÉ, as investigações demonstram que o presidente do Senado e o deputado Valdemar da Costa Neto (PR) dividiam os cargos na cúpula da Valec. A Ferrovia Norte-Sul, no entendimento dos investigadores, era uma espécie de “menina dos olhos” dos parlamentares. Quem cuidava dos interesses de Sarney nos contratos da ferrovia, de acordo com a PF, era Luiz Carlos Oliveira Machado, o então diretor de engenharia da estatal. Responsável por acompanhar diretamente todas as obras da Valec, Oliveira Machado é um dos principais alvos dos inquéritos. Pelas investigações iniciais, ele estaria ligado às empresas CMT Norte-SUL e Trilha Engenharia, que foram subcontratadas nos lotes 2 e 11 para fornecer maquinário. Sarney informou, por meio de sua assessoria, que Oliveira Machado não é sua indicação e nem sequer lembra “se conhece essa pessoa”. Costa Neto, por sua vez, admitiu sua relação com Juquinha e a indicação para a presidência da Valec, mas disse que não tinha nenhuma “ascendência administrativa” sobre ele.

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Não é a primeira vez que o nome de Sarney surge em escândalos envolvendo a Ferrovia Norte-Sul. Seu filho Fernando Sarney, citado na Operação Faktor (Boi Barrica), é investigado por conta de contratos suspeitos da Valec com a empresa Dismaf para o fornecimento de trilhos. A empresa, mesmo denunciada pelo Ministério Público por fraude no fornecimento de fardamento para o Exército, conseguiu entrar na Valec. Quem intermediou o negócio, segundo a PF, foi o senador Gim Argello (PTB) e o filho de Sarney. Um dos sócios da Dismaf é Basile Pantazis, que até estourar o escândalo no ano passado era tesoureiro do PTB. Entre 2008 e o início de 2011, a Dismaf recebeu mais de R$ 410 milhões, segundo levantamento das ordens bancárias da Valec feito pela ONG Contas Abertas. A empresa quase conseguiu um segundo contrato de R$ 750 milhões, mas a licitação foi suspensa por determinação do TCU.  
fotos: Adriano Machado/AG. ISTOÉ; Wildes Barbosa/O Popular/Folhapress

  • Jorge Vieira
  • 20/jul/2012

Pesquisa aponta crescimento de Edivaldo Holanda Júnior e queda de Tadeu; Castelo lidera

O candidato a prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PTC), alcançou a marca dos 21,1% de intenções de voto, de acordo com o resultado da pesquisa divulgada nesta sexta-feira (20). A prévia foi realizada pelo Instituto Perfil  Pesquisas e Projetos, entre os dias 15 e 17 de julho, que entrevistou 800 pessoas.

Entre os sete candidatos à prefeitura de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior passou a ocupar o segundo lugar na pesquisa. O atual prefeito João Castelo (PSDB) lidera com 27,1%. Tadeu Palácio (PP), ex-prefeito, tem 15,3%; Eliziane Gama (PPS), 6,4%; Washington Oliviera (PT), 2,9%;  Marcos Silva (PSTU), 1,4%; Haroldo Saboia (PSOL), 0,5%; e Ednaldo Neves (PRTB) 0,4%.

Do total de eleitores entrevistados, 25% não sabiam ou não quiseram opinar, alegando a possibilidade de votar em branco ou nulo no dia 7 de outubro. A margem de erro da pesquisa é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Ao lado da segunda colocação na pesquisa de intenção de votos divulgada pela TV e Rádio Cidade, Edivaldo conta com baixo índice de rejeição. Apenas 5,4% dos entrevistados o citaram neste quesito.

  • Jorge Vieira
  • 20/jul/2012

Edivaldo vai ao Anil e propõe melhoria na educação pública

Edivaldo Holanda Júnior (PTC) participou de caminhada, na tarde desta quinta-feira, 19, no bairro do Anil. Acompanhado de militantes , lideranças comunitárias e da população que mora no bairro, o candidato percorreu ruas do Anil e cumprimentou moradores, destacando que o diálogo é fundamental para fazer a cidade com a cara do povo.

O candidato do PTC  mostrou-se preocupado com a atual situação dos alunos da rede pública municipal de ensino, que passaram mais de setenta dias sem aula por atraso nas obras de recuperação das sedes de ensino, que só aconteceram no ano da eleição. “A educação precisa ser tratada com seriedade pelo prefeito de São Luís. Nós temos um projeto ousado que é de implantar a escola em tempo integral”, afirmou.

A insatisfação com as condições em que a capital se encontra é uma constante observada nas caminhadas de Edivaldo. A funcionária pública Maria Francisca Amorim desabafa: “Nada funciona em São Luís. Nas escolas do município, por exemplo, só fizeram uma pintura, mas continua tudo péssimo”.

O pintor Gilmar Fonseca Lima aponta a educação como o setor de serviços públicos que merece maior atenção do próximo prefeito. “Na educação, é preciso melhorar o salário dos professores para que as paralisações acabem”, indignou-se.

Edivaldo  pretende resgatar o modelo de ensino idealizado por Anísio Teixeira na década de 1930, em que as escolas passariam a funcionar em tempo integral: “Infelizmente, o nosso país abandonou esse modelo. Mas o Chile abraçou essa política, com 90% da rede pública com ensino integral. Hoje, as escolas de lá têm qualidade. E nós podemos fazer São Luís crescer com qualidade de educação”.

Sobre políticas públicas para a juventude, Edivaldo disse que a educação é um dos principais eixos desse setor. “Proporcionar  educação pública de qualidade também é falar de juventude. O poder público municipal não tem o direito de roubar o futuro dos jovens e dos cidadãos”, frisou.

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