Segundo o levantamento, em julho, quando Bolsonaro e outros réus do núcleo crucial da tentativa de golpe ainda não tinham ido a julgamento, a aprovação do STF era de 43% e subiu para 46% após a condenação da organização criminosa – um aumento de 3 pontos percentuais. Já a desaprovação fez caminho contrário e caiu: foi de 49% para 45%.
Rejeição à Câmara dispara
A rejeição à Câmara dos Deputados, por sua vez, disparou após a aprovação da “PEC da Bandidagem”, que visa blindar parlamentares de investigações, e articulações para aprovar anistia aos golpistas.
Segundo a pesquisa Pulso Brasil/Ipespe, em julho a aprovação da Câmara junto à população era de 24% e, em setembro, despencou para 18%. Já a desaprovação subiu 7 pontos percentuais: era de 63% e agora chega a 70%.
Na comparação com a pesquisa divulgada em julho, a avaliação positiva do governo avançou sete pontos percentuais, enquanto a desaprovação recuou três pontos.
O levantamento ouviu 2.500 pessoas em todas as regiões do país entre os dias 19 e 22 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95,45%.
A Câmara Municipal de São Luís aprovou importantes projetos de lei que ampliam direitos sociais, fortalecem políticas públicas na área da saúde e promovem ajustes na legislação tributária da capital. As matérias, que passaram em segunda discussão e votação, receberam pareceres favoráveis das comissões temáticas da Casa.
Entre as propostas, destaque para o Projeto de Lei Ordinária nº 0106/2025, de autoria do vereador Edson Gaguinho (PP), que institui a Campanha Municipal de Atenção à Saúde dos Homens. A iniciativa busca alertar e orientar a população masculina sobre a importância do diagnóstico precoce e da prevenção de doenças, ampliando o alcance de informações e incentivando o cuidado com a saúde.
O projeto de lei também prevê ações que irão contribuir para reduzir índices de mortalidade evitáveis. Muitos homens ainda negligenciam a ida ao médico e com a lei, poderão se desenvolvidas ações de conscientização e de prevenção, salvando vidas e incentivando hábitos mais saudáveis.
Também foi aprovado o Projeto de Lei Ordinária nº 0122/2025, de autoria da vereadora Professora Magnólia (União Brasil), que cria o programa Down Abraço. A proposta garante a oferta de serviços terapêuticos e assistenciais a pessoas com Síndrome de Down, fortalecendo políticas públicas de inclusão e apoio às famílias.
O programa representa um avanço social por possibilitar cuidado, acolhimento e mais dignidade a este público. O ‘Down Abraço’ pretende assegurar garantir que crianças, jovens e adultos com Síndrome de Down tenham acesso a serviços que promovam qualidade de vida e desenvolvimento.
Além dos projetos legislativos apresentados pelos parlamentares, foi aprovado ainda, texto de autoria do Poder Executivo Municipal, que altera o artigo 408 da Lei nº 6.289/2017, consolidando a legislação tributária de São Luís. A medida também revoga o Decreto nº 55.733/2020, promovendo adequações administrativas que vão modernizar os processos fiscais e oferecer maior segurança jurídica aos contribuintes.
Os projetos de lei consolidam mais um ciclo de decisões voltadas ao fortalecimento da saúde preventiva, da inclusão social e da modernização da gestão tributária em São Luís. Agora, as propostas seguem para sanção do Executivo Municipal.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado rejeitou, por unanimidade, nesta quarta-feira (24), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem. Todos os 27 senadores da CCJ votaram para rejeitar completamente a PEC.
A proposta previa autorização prévia da Câmara ou do Senado, por meio de voto secreto, para processar criminalmente deputados e senadores.
O presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), informou que o relatório aprovado, rejeitando a PEC, deve ir ao plenário da Casa ainda nesta quarta-feira para que o texto seja deliberado por todos os 81 senadores.
A proposta, que abria as portas do Congresso Nacional para o crime organizado, foi alvo de manifestações em todo o país no último domingo e motivo de repúdio. Milhares foram as ruas protestar contra a imoralidade aprovada em dois turno pela Câmara dos Deputados, com o apoio de 15 dos deputados da bancada maranhense.
Líder da bancada feminina no Senado senadora Eliziane Gama (PSD) confrontou Sergio Moro (União-PR) após o ex-juiz defender alterações para manter e aprovar a chamada PEC da Bandidagem na Comissão de Constituição e Justiça do Senado na manhã desta quarta-feira (24).
No último domingo (21), milhões de brasileiros foram às ruas em diversas cidades no país para protestar contra a aprovação da PEC, que blinda parlamentares de processos criminais. No Rio, o ato teve a presença de artistas que lutaram contra a Ditadura Militar, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque.
Ao defender que a PEC seja enterrada, Eliziane lembrou dos atos e citou trecho da música “O Que Será (À Flor da Pele)”, de Chico Buarque, que virou símbolo da resistência à Ditadura e foi entoada em duo com Gil no domingo em Copacabana.
“A manifestação brasileira, presidente, ela criou um coro importante. Quando o Brasil foi para as ruas e eu via, é claro que a esquerda, o movimento, o campo progressista brasileiro tomou conta do Brasil. Mas, para além disso, a gente viu a sociedade brasileira presente contra essa PEC, a PEC da blindagem, o APEC da bandidagem, a PEC do fim do mundo, a PEC do absurdo, sei lá. Foram várias nomenclaturas dadas a essa PEC, a barbaridade do que ela, em sendo aprovada, poderia provocar de fato”, iniciou.
“E não tem remédio para essa PEC, não tem remédio. Me lembra, por exemplo, o Chico Buarque, quando ele diz que o que não tem conserto nunca terá. Então não adianta uma emenda, não adianta um penduricalho, porque o que nós realmente precisamos é sepultar de vez e tentar retomar o mínimo de confiança no Congresso Brasileiro”, emendou Eliziane.
O governador Carlos Brandão (ainda no PSB) tem feito de tudo para fazer decolar a pré-candidatura do sobrinho e secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão (MDB), inclusive delegando a ele comandar todas as solenidade de entrega de obras ou assinaturas de ordens de serviço nos municípios, numa espécie de terceirização da gestão conforme já denunciou o deputado Carlos Lula (PSB) na tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, mas nem isso tem sido suficiente para melhorar a performance do parente junto ao eleitorado.
Pesquisas que estão sendo contratadas por parlamentares ou grupos empresariais para sentir o pulso do eleitorado em relação à sucessão governamental visando definirem estratégias ou opções por nomes, indicam que o candidato apoiado pelo governador Carlos Brandão não chega a fazer nem sombra ao prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), tanto na espontânea, como na induzida (aquela em que os nomes dos candidatos são apresentados aos entrevistados). Chega a ser irrisório o percentual espontâneo de Orleans.
O Blog do Jorge Vieira teve acesso a uma pesquisa realizada entre os dias 16 e 21 de agosto de 2025 (não divulgo o nome do instituto porque não tenho autorização do contratante) em que na pesquisa espontânea Braide tem 14,23%, Lahésio Bonfim 4,08%, Felipe Camarão 3,00% e Orleans apenas 1,54%. Pelos números colhidos dar para se ter uma noção da dificuldade que o governador terá para emplacar seu sobrinho como sucessor.
O quadro não é muito diferente também na amostragem induzida. Na pesquisa do período entre 16 e 21 de agosto que tive acesso e posso mostrar a quem duvidar de forma reservada, assim como em outras que tive acesso, Orleans sempre está pontuando com menos 20%. Na pesquisa realizada entre 16 e 21 de agosto, por exemplo, o prefeito de São Luís aparece com 36,31% de intenção de votos enquanto Orleans Brandão tem apenas 17,08%. Lahésio vem em seguida com 13,46% e Camarão com 12,23%. Outros 10,92% ainda não sabem.
Um parlamentar considerado do grupo governista, em conversa em off com o responsável pelo Blog, confirmou que tem contratado várias pesquisas e que em todas o percentual do candidato do governador não consegue chegar aos 20% e que, por conta desse fraco desempenho, com toda a estrutura do governo colocada a serviço da pré-candidatura, estaria com o “freio de mão puxado”. Disse ainda que “assim como eu, a maioria dos deputados estão fazendo a mesma coisa, vendo para que lado o vento está soprando”.
Perguntei a um deputado da base de Carlos Brandão se todo o aparato do governo para promover o candidato do Palácio dos Leões e atos diários em que figura como personagem principal, explorado à exaustão nas redes sociais e na mídia não estaria motivando a classe política e obtive a resposta sincera: “o secretário vai aos municípios diz que é ele que vai fazer ou que fez sem citar sequer o nome do parlamentar que solicitou o benefício para sua base e isso tem desmotivado os deputados ao engajamento na candidatura”.
A Assembleia Legislativa do Maranhão realizou, na tarde desta terça-feira (23), sessão solene alusiva aos 10 anos da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. A homenagem foi proposta pelo deputado Carlos Lula (PSB) e a sessão foi conduzida pela deputada Andreia Rezende (PSB). Representantes de entidades ligadas à causa com sede em outros municípios do estado também participaram.
Compuseram a mesa da sessão solene a secretária-adjunta de Estado de Direitos da Pessoa com Deficiência, Beatriz Carvalho, o representante do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Paulo Carneiro Teixeira, o vereador Jorge Amaro, do Rio Grande do Sul, e o presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Imperatriz, Evandro Fernandes.
Também estavam na mesa o coordenador do Fórum Maranhense das Entidades de Pessoas com Deficiência e Patologia, Dilson Ramos, o representante do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos das Pessoas Idosas e com Deficiência, Alenildo Santos Júnior, e a vice-presidente do Fórum Nacional de Gestores da Política de PCD, Priscila Selares.
O deputado Carlos Lula iniciou os pronunciamentos detalhando a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) e sua importância para a sociedade. “A exclusão não é um destino, mas uma escolha coletiva que a gente precisa superar todos os dias. A lei garante direitos fundamentais que vão da saúde à educação, da moradia ao transporte, do trabalho à cultura, sempre com a perspectiva da igualdade de condições. Ao mesmo tempo em que comemoramos, não podemos fechar os olhos para o que ainda falta. Negar a uma pessoa com deficiência o acesso a uma escola inclusiva, por exemplo, é negar a ela a oportunidade de desenvolver seus talentos e sonhos”, frisou Carlos Lula.
Isabele Passinho, diretora de Mobilidade Inclusiva e Aeroviária da MOB e presidente da Comissão de Pessoa com Deficiências da OAB/MA, destacou o trabalho da deputada Andreia Rezende na Casa do Povo e frisou a importância do evento, não somente pela sua simbologia, mas por aquilo que significa para todas as pessoas com essa condição.
“A Lei Brasileira de Inclusão é uma realidade que vem sendo conquistada a cada dia. Apesar de ser uma legislação muito bem elaborada, continua em processo de efetividade e construção, pois todos os dias as pessoas com deficiência enfrentam desafios”, disse.
Priscila Selares, vice-presidente do Fórum Nacional de Gestores da Política de PCD, abordou as questões de gênero previstas na LBI. “Essa lei foi determinante para que tivéssemos, por exemplo, o aumento de pena para agressores de mulheres com deficiência em situação de violência, e a inclusão na Lei Maria da Penha da obrigatoriedade da informação da condição de deficiência nos crimes de violência doméstica e familiar”, lembrou.
O representante do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Paulo Carneiro Teixeira, contribuiu falando sobre o papel do Conselho, que tem sido e continuará sendo um espaço de resistência. “Um espaço de diálogo democrático e de defesa dessa lei, sempre ao lado das pessoas com deficiência e suas entidades representativas”.
Vereador do Rio Grande do Sul, Jorge Amaro lembrou que o Maranhão tem 500 mil pessoas com deficiência e destacou o protagonismo do estado nessa área. “Eu já participei de muitos eventos relativos a pessoas com deficiência em muitos lugares do Brasil, mas somente aqui há um Fórum que se mantém vivo e ativo há muito tempo, movimentado pela sociedade civil”, elogiou.
O representante do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos das Pessoas Idosas e com Deficiência, Alenildo Santos Júnior, tratou dos desafios da LBI. “Entendemos que é necessário que haja união de forças para que possamos estar nas cidades do Maranhão fazendo esse trabalho de fomento dos movimentos sociais para discutir a criação, instalação e funcionamento dos conselhos municipais de direito da pessoa com deficiência, pois, atualmente, temos eles instalados em menos de um quarto dos municípios do Maranhão. Logo, nosso desafio é grande”, lamentou.
Beatriz Carvalho, secretária-adjunta de Estado de Direitos da Pessoa com Deficiência, agradeceu pela iniciativa do evento. “Esses dez anos dessa lei nos traz muitos momentos os quais não poderíamos ter deixado passar e branco. São dez anos de assinatura, mas por muito mais tempo ela vem sendo construída, e não podemos permitir que algo possa tirar as nossas garantias de direitos”, pontuou.
Evandro Fernandes, presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência de Imperatriz, aproveitou a oportunidade para frisar que, em novembro, a Região Tocantina sediará o VIII Encontro das Entidades de Pessoas com Deficiência e Patologia. “É um encontro em que as entidades da sociedade civil se reúnem, a cada dois anos, para discutir, ao longo de três dias, a política estadual voltada para essas pessoas”, informou.
A deputada Andreia Rezende, tetraplégica há 7 anos, encerrou a sessão com uma frase de impacto, que a ela havia sido dita pela senadora Mara Cristina Gabrilli. Foi a senadora quem presenteou a parlamentar aranhense com um exemplar da Lei Brasileira de Inclusão (LBI). “Olhando nos meus olhos, ela disse: inclusão não é favor, é direito. Muito obrigada”, finalizou.
De acordo com o Regimento Interno, a presidência da Turma é exercida por um ano, sem possibilidade de recondução, pelo ministro mais antigo que ainda não ocupou o posto, em ordem decrescente de tempo na Corte.
Como todos os demais integrantes já exerceram a função, restava apenas Dino. O ministro assume a função a partir de 1° de outubro.
O novo presidente sucede o ministro Cristiano Zanin. A eleição ocorreu na primeira reunião do colegiado após o julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos de prisão.
“Novato” na Corte, Dino terá a missão de conduzir os trabalhos referentes aos três núcleos pendentes de julgamento. Em todos eles, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou alegações finais pedindo a condenação dos envolvidos.
Dentro do cronograma da Turma, caberá a Dino conduzir também dois julgamentos de peso previstos para este ano. Um deles trata de desvios de emendas parlamentares, tendo como réus os deputados federais Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA), além do suplente Bosco Costa (PL-SE).
Na ação, que contou com as oitivas dos parlamentares, a PGR aponta Maranhãozinho como líder de uma organização voltada ao desvio de recursos públicos. Trata-se do inquérito mais avançado sobre irregularidades envolvendo emendas.
Outro julgamento aguardado envolve a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) pelos atos de 8 de Janeiro. O ministro Alexandre de Moraes negou pedido do coronel Jorge Eduardo Naime e manteve a ação penal. O caso, no entanto, já foi marcado e adiado algumas vezes.