Editorial – Jornal Pequeno
O grupo
Sarney amarga frustração em cima de frustração nesse período pré-eleitoral.
Tentou o apoio do PPS, de Eliziane Gama, e da própria deputada, mas não
conseguiu. Tentou o PP, de Waldir Maranhão, não conseguiu. Tentou cooptar o
PSDB, de João Castelo, não obteve êxito. O PT ficou lá, mas com quase toda a
militância do partido apoiando Flávio Dino.
Os Sarney
inventaram uma briga do prefeito Edivaldo Holanda Júnior com Flávio Dino, mas a
briga não saiu. Até Deus meteram na história, por conta de ser o ex-presidente
da Embratur candidato de um partido comunista. Mas, pelo visto, Deus também não
quis acordo com eles. O candidato da oposição estava reunido, há poucos dias,
com quase 160 pastores evangélicos.
Para fechar o
cerco, o PDT, no qual investiram de todas as formas, por decisão nacional, está
também na coligação de Flávio Dino. Sobrou para o grupo Sarney uma fileira de
siglas de aluguel com sede, em sua maioria, nos sovacos dos presidentes e quase
sem tempo na propaganda eleitoral. E, como coroamento dessa ‘maré’, os
prefeitos só falam nas dificuldades de conseguir votos para a chapa governista,
conforme se ouve nos bastidores da Assembléia Legislativa.
São
consequências do atraso econômico do Maranhão, o preço das emboladas fictícias,
como a Refinaria Premium, o preço da má qualidade da educação no Estado, da
falta de segurança do cidadão e de convênios inexplicáveis que permitiram até a
organizações da sociedade civil “abrir estradas e construir prédios públicos”.
O povo acordou para o fato da pobreza, não do Maranhão, mas dos maranhenses;
acordou para o entendimento de como o desvio de verbas públicas pode torná-lo
infeliz.
Esperavam que
Dilma e o PT reforçassem a candidatura do governo, mas até isso é duvidoso.
Mesmo porque, em se tratando de intenções de votos, Dilma não consegue se
consolidar e vem sofrendo quedas constantes. O PMDB rachou no meio e tenha-se
como certo que a Copa do Mundo se transformou num evento anti-governamental.
Com ou sem vitória do Brasil. Com derrota, então…
O espectro
dessa eleição é de que não haverá um único presidenciável no palanque do
governo do Estado. No máximo, Dilma e Lula farão gravações que não vão influir
muito na decisão de um eleitorado determinado a tirar os Sarney do poder. Assim
como muita gente no Governo Federal.
E ainda há o
risco de Roseana pensar em perder essa eleição de propósito para retornar como
salvadora da Pátria.
A
possibilidade do abuso de poder econômico vai estar vigiada como nunca. E por
um fato muito evidente: o Brasil inteiro quer se livrar da má influência de
José Sarney.
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