Editorial – Jornal Pequeno
A pressão política contra o prefeito Edivaldo começa a ganhar as mesmas
proporções exercidas contra Jackson Lago e João Castelo em vésperas de
eleições. Além das tempestades naturais que complicaram o asfalto da cidade, a
cada dia o governo escala uma eminência parda para demonizar a atual gestão da
Prefeitura. Roberto Costa, Edilazio Júnior, Edinho Lobão, Magno Bacelar e até o
senador José Sarney criticaram e, em alguns casos, até insultaram o prefeito de
São Luís. Sem contar o que faz o maior monopólio dos meios de comunicação da
América do Sul.
O governo faltou com a verdade mais uma vez quando fingiu que aceitaria uma
parceria com a Prefeitura. O Sindicato das Empresas de Transportes ‘engoliu’ 15
dias de prejuízos e retirou todos os ônibus das ruas. A tentativa de forçar um
aumento nos preços das passagens também era política. Tudo que eles queriam
eram os estudantes nas ruas em protesto contra a Prefeitura e o prefeito. Estão
com raiva porque não conseguiram.
O cheiro de mercenários é muito forte. Fizeram isso com Jackson Lago, comprando
lideranças estudantis. Fizeram com João Castelo, mandando rebentar a Avenida
Santos Dumont quando ela acabava de ser construída. Os ataques contra Edivaldo
partem agora do Sindicato dos Professores. Sindicato, vírgula, porque não tem
diretoria, só uma presidente cujas ligações políticas são suspeitas. Ligações
que levaram todo o restante da diretoria a renunciar.
O Sindicato de Uma Pessoa Só e que, portanto, não representa a digna categoria
dos professores, começa a enveredar por caminhos duvidosos, como se também
estivesse, de alguma forma, submetido ao interesse político do grupo Sarney.
Tudo é possível crer neste momento de convulsão política em que o poder de 50
anos dos Sarney se sente ameaçado.
Não seria essa a primeira vez em que mercenários seriam pagos para atacar a
oposição. Não seria essa também a primeira vez em que uma categoria seria
manipulada por sua liderança para atender a interesses políticos inconfessos.
Será sempre justa qualquer reivindicação salarial de trabalhadores no Brasil.
Somos os piores em distribuição de renda e calcula-se que neste país 10% da
população é dona de 90% de tudo o que produzimos. Mas a negociação não pode ser
substituída pela baderna que já cansa o Brasil e, em particular, o Maranhão.
Afirma a Prefeitura que um professor do município recebe salário equivalente ao
dobro do piso nacional. E essa, convenhamos, é uma conquista histórica. E há
outras conquistas que não estavam em São Luís antes da gestão de Edivaldo
Holanda, como a contratação de novos professores, recursos para construção de
creches e escolas, transporte escolar e material didático. A reivindicação se
entende, mas nesse clima o que não se entende é a intransigência em querer
forçar uma greve, manifestações, agressões contra um gestor que sempre manteve
as portas abertas para os movimentos sociais. A insanidade é tamanha que a presidente do sindicato dos professores do
município, Elisabeth Ribeiro Castelo Branco, perde todo o bom senso de civilidade
e leva meia dúzia de sindicalistas para fazer baderna e perturbar o sossego dos
moradores do condomínio onde mora o prefeito Edivaldo Holanda Júnior, como
aconteceu na manhã de ontem. Onde já se viu tamanha irresponsabilidade!
Os professores, como formadores de opinião e de quem se espera atitudes
equilibradas, deveriam se concentrar em frente à Prefeitura e não invadir a
privacidade dos condôminos que nada têm a ver com as reivindicações da classe,
cuja greve foi considerada ilegal pela Justiça.
Alguém parece muito interessado em acabar indefinidamente com a
tranquilidade de São Luís. É um jogo bruto, um jogo político que a população já
começa a perceber. A capital maranhense está sendo sabotada e o povo precisa
acordar para essa patifaria.
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