O Globo, com edição – Júlio Gerin
Camargo, ex-consultor da Toyo, afirmou em depoimento realizado em 8 de abril
que negociou pagamento ao ex-ministro Antonio Palocci, por meio da empresa de
consultoria do petista. O dinheiro seria repassado caso Palocci conseguisse
convencer o governo federal a criar um fundo garantidor para dar suporte
financeiro a um contrato da empresa que Camargo representava com a Petrobras.
Camargo, porém, afirmou que o negócio não se concretizou e, por isso, a
contratação da consultoria de Palocci não foi adiante.
Camargo é um dos delatores na Operação
Lava-Jato. O novo depoimento dele ocorreu no âmbito das investigações que
correm no Supremo Tribunal Federal (STF) e envolvem políticos com foro
privilegiado. Em relação a Palocci, Camargo afirmou que foram realizados
“vários contatos”, em 2011, na tentativa de criação de um fundo garantidor para
a implementação das refinarias Premium I e II, no Ceará e no Maranhão.
Camargo disse ter tratado do mesmo
tema negociado com Palocci em dois encontros com o então ministro de Minas e
Energia Edison Lobão. Afirmou ainda ter se encontrado com a então governadora
do Maranhão Roseana Sarney para tratar do mesmo assunto.
Segundo Camargo, Roseana teria manifestado apoio à
ideia por interesses políticos. O delator disse não ter oferecido nem pago
propina a Lobão ou a Roseana. No caso de Lobão, Camargo contou que já tinha
estado com ele antes. Procurou o então ministro em busca de ajuda para resolver
um problema no porto de Vila Velha, no Espírito Santo.
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