Durante entrevista à TV Mirante nesta quarta-feira (24), o senador e candidato à reeleição Roberto Rocha (PTB) jogou uma indireta para mostrar sua contrariedade à implantação de Restaurantes Populares no Maranhão.
“Nós temos que tornar o cidadão emancipado, independente. E como é que faz isso? Estimulando ele a sair de casa para ir comer porque em casa não tem comida? Se orgulhando depois de oito anos de mandato o cidadão sair de casa porque em casa não tem comida pra ele e para os filhos dele? Claro que não”, disse Rocha. A fala do parlamentar é uma crítica ao seu principal adversário, o ex-governador Flávio Dino (PSB), que lidera com folga a corrida para o Senado com 50% das intenções de voto, contra 21% de Roberto Rocha, conforme aponta pesquisa Ipec, divulgada pela própria TV Mirante. Rocha é um dos mais ferrenhos apoiadores de Bolsonaro no Maranhão. Sua plataforma de campanha faz defesa aberta dos grandes investimentos privados, com atenção mínima a políticas sociais como o programa de Restaurantes Populares, que foi lançado com o objetivo de garantir segurança alimentar e nutricional a custo baixo (R$ 1,00), no almoço e no jantar. O outro lado – Já o lulista Dino advoga em favor dos programas sociais e investimentos públicos para dinamizar a economia e beneficiar diretamente com emprego, renda e direitos, a população mais carente do estado. Com base nessa premissa, Flávio Dino ampliou exponencialmente o número de Restaurantes Populares em atividade no Maranhão. Até 2015, quando assumiu o Palácio dos Leões, eram apenas seis unidades, todas na capital São Luís. Quando deixou o governo ele ultrapassou a marca de 100 Restaurantes abertos em todas as regiões. Seu sucessor, o governador e candidato à reeleição, Carlos Brandão (PSB) manteve o ritmo intenso de inaugurações e na última terça-feira (23) entregou o Restaurante Popular de número 150. Dino aponta que os Restaurantes Populares são importantes para a população mais pobre, mas repercutem em outros setores da economia, já que os produtos podem ser adquiridos da agricultura local e o dinheiro economizado com a compra de um prato de comida a R$ 1,00, acaba sendo revestido no comércio das cidades. “Com o Restaurante Popular, a cidade inteira se beneficia com a movimentação econômica, mesmo quem não vai frequentá-lo”, esclareceu Dino em postagem nas redes sociais no início do ano.
0 Comentários