O PSB somente vai sentar para avaliação a situação do deputado Yglésio Moyses, que se elegeu pelo partido, mas decidiu declarar apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), após o segundo turno da eleição presidencial. O parlamentar, que procurou abrigo no partido depois de ser recusado por várias legendas, usou a tribuna da Assembleia Legislativa na sessão da última terça-feira (11) para manifestar apoio à candidatura Bolsonaro e fazer severas críticas ao ex-governador e senador eleito Flávio Dino e ao PT.
Segundo um dirigente do PSB, que pediu para ter seu nome preservado a fim de evitar polêmica com Yglésio, o parlamentar quer sair do partido e procura uma desculpa que justifique a traição. “Na pré-campanha, todas as legendas que ele (Yglésio) procurou o rejeitaram. O PSB foi a única sigla que o aceitou, pois se não fosse nós nem candidato seria. Ele seria corajoso se dissesse que votaria em Bolsonaro quando foi se filiar não agora depois de reeleito”, disse a fonte.
Pelo discurso que fez contra o senador eleito Flávio Dino, presidente estadual licenciado do PSB, considerado hoje o maior líder político do Maranhão, Yglésio estaria decidido a não ficar no partido, mas o caso de infidelidade somente será avaliado após o segundo turno da eleição para presidente da Repúblico. “Nosso foco agora é a eleição de Lula, mas a situação do parlamentar, com certeza, será pautada após o pleito”, garante a fonte.
A atitude do deputado na tribuna do Poder Legislativo, onde acusou Flávio Dino de perseguição e manifestou apoio ao adversário de Lula foi considerada estranha pelos dirigentes socialistas justamente pelo fato de ter sido a única agremiação partidária a lhe socorrer quando ninguém queria sua filiação. “Ele deveria ter falando suas reais intenções quando nos procurou e lhe socorremos, não depois de reeleito vir com esse discurso traíra”, disse um importante dirigente socialista ao condenar a virada de casaca do parlamentar.
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