Continua repercutindo nos bastidores da política local a entrevista concedida pelo ex-senador Roberto Rocha ao jornalista Elias Lacerda sobre sua pretensão de concorrer ao governo estado em 2026 como representante da direita. Imaginava que ele, diante de sucessivos fracassos eleitorais, já tivesse desistido da vida pública.
Sem partido para chamar de seu, vivendo num ostracismo desde que não conseguiu se reeleger em 2022, quando foi atropelado por Flávio Dino, o ex-senador, pelo visto, ainda não se deu conta de que perdeu espaço tanto na esquerda que ele usou para se eleger em 2014, quanto na direita pela qual pretende ser candidato a governador em 2026.
Eleito numa ampla aliança de centro-esquerda e com o esforço pessoal do então candidato a governador Flávio Dino, Roberto traiu o grupo que o elegeu, assumiu a bandeira do bolsonarismo, se transformou num aliado fiel do ex-presidente inelegível, dando uma surpreendente guinada para a extrema-direita.
Roberto pode ser considerado hoje um político fora de tempo, daqueles que não se tocaram que perderam espaço e agem como se ainda estivesse em condições de disputar mandato, mesmo sem ter a menor condição de concorrer, principalmente a governador, onde a direita já conta com Lahésio Bomfim, que não desceu do palanque desde ficou em segundo lugar na eleição que Carlos Brandão venceu no primeiro turno em 2022.
Se em 2018, com mandato de senador e debaixo das asas de Bolsonaro, ficou em quarto lugar na eleição para governador do estado, obtendo pouco mais de 2% dos votos, imagine em 2026 com o campo direitista ocupado pelo fala mansa Lahésio disposto a concorrer contra Felipe Camarão (PT), atual vice-governador que vai está no comando do estado e tentará a reeleição.
É bom lembrar que Rocha se elegeu em 2014 prometendo mostrar para que servia um senador, mas acabou se revelando um serviçal e tramando contra os interesses do Maranhão para agradar o ex-presidente golpista, algo que ainda está muito vivo na memória dos maranhenses.
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