Faltando menos de duas semanas para a reunião de dirigentes de partidos convocada pelo governador Flávio Dino (PSB) para definir sobre o nome que representará o grupo governista na sucessão estadual, cresce expectativa quanto a possibilidade de adiamento do anúncio, após apelos dos pré-candidatos Weverton Rocha (PDT), Felipe Camarão (PT) e Simplício Araújo (Solidariedade) para que seja adiada para o ano que vem e que o próximo encontro seja apenas para dar continuidade ao debate em torno da unidade.
A entrada do secretário estadual de Educação Felipe Camarão como representante do PT no jogo sucessório e o apelo público que fez no ato de lançamento de sua pré-candidatura na semana passada, numa casa de eventos em São Luís, pelo adiamento do anúncio do governador para que ele tenha mais tempo para se movimentar e mostrar que tem viabilidade eleitoral, assim como os pedidos dos outros dois pré-candidatos pode pesar a favor do adiamento devem está sendo avaliados.
O governador prometeu para este mês de novembro definir entre os pré-candidatos aquele que terá o seu apoio, porém ainda não se manifestou sobre os recentes apelos para deixar para 2022 a decisão sobre o candidato do grupo. Nos bastidores da sucessão aliados do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) torcem para que essa questão seja encerrada na próxima reunião, já os apoiadores de Weverton, Simplício e Camarão querem o adiamento.
Felipe Camarão por razões óbvias: precisa convencer o seu próprio partido que a melhor tática eleitoral para 2022 é lançar candidatura própria, tese que, com certeza, será pauta do encontro estadual do PT, que somente deverá acontecer entre março e abril do ano que vem. O partido está dividido entre apoiar Carlos Brandão, Weverton Rocha e candidato próprio, portanto não existe consenso interno sobre o tema.
No feriado de finados, Simplício Araújo, ao contestar matéria deste blog sobre a definição do governador por Brandão e afirmar que a informação passada por fonte fidedigna não procede, observou que o processo de definição do candidato no grupo estaria muito longe de um desfecho. “Não existe mais isso de empurrar ninguém goela a baixo, o povo precisa se manifestar primeiro”.
Perguntei a Simplício se Flávio Dino iria ou não indicar o candidato este mês e ele respondeu que “isso nunca existiu”. E explicou: quando da primeira reunião nenhuma regra eleitoral estava definida, o que ficou claro foi que após a definição das regras se conversaria de novo e daí se teria mais assiduidade nas reuniões; se sinalizou que a próxima (reunião) seria em novembro, mas não que seria decido em novembro. Para Araújo não tem sentido definir algo tão sério em apenas duas rodadas de conversas.
“O que ele ( o governador) citou, foi claro, na reunião é que após a definição das regras eleitorais se conversaria de novo e sinalizou que a próxima seria em novembro, mas não que seria decidido em novembro. Foi interpretação errada de quem não estava na reunião ou de quem quer levar o governador ao precipício”, enfatizou Simplício.
O pré-candidato do PDT também tem seu motivos para não querer uma definição agora. Com um projeto político que ele faz questão de afirmar que não tem recuo e tido como o menos favorito entre os pré-candidatos do grupo, Weverton quer empurrar mais pra frente a decisão do governador, pois, caso não seja o escolhido, como tudo indica que não será, terá que se enquadrar ou entregar os cargos que o partido ocupa no governo.
0 Comentários