Os senadores Roberto Rocha (PTB) e Weverton Rocha (PDT) e o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), pré-candidatos ao governo do estado, estão no radar da Polícia Federal ou da justiça por suposto desvios de recursos públicos através de emendas ou pagamento de obra sem está concluída, como foi o caso do Ginásio Costa Rodrigues pelo senador pedetista. Caso venham confirmar, de fato, suas candidaturas terão muito a esclarecer sobre suposta apropriação de recursos públicos.
Embora o senador do PTB tenha emitido nota de esclarecimento afirmando que foi surpreendido com a inclusão do seu nome no inquérito que apura desvio de emendas parlamentares, conforme noticiou o jornal Folha de São Paulo no domingo(17), é fato que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lavandowski, incluiu Roberto Rocha entre os alvos da investigação acompanhando a manifestação de Procuradoria-Geral da República (PGR), com base no relatório da Polícia Federal.
Josimar de Maranhãozinho já é velho conhecido da PF. Flagrado com maços de dinheiro de origem suspeita, a investigação policial autorizada pelo STF apura compra de emendas de parlamentares cujos os valores teriam sido desviados. Maranhãozinho é suspeito de comandar uma organização criminosa especializada em desvio e lavagem de dinheiro público em inquérito que corre em segredo de justiça e corre o risco de ser considerado ficha suja após a conclusão da investigação.
Já o senador Weverton Rocha é um caso mais antigo, mas nem por isso menos nebuloso. Trata-se ainda do escandaloso caso do Ginásio Costa Rodrigues, cujo o valor da reforma, cerca de R$ 5 milhões, foi pago integralmente com a obra no chão. Weverton foi acusado pelo Ministério Público de ilícitos relativos a dispensa de licitação na contratação de uma empresa, em 2008, para a realização de obras emergenciais no ginásio Costa Rodrigues e aditivo para reforma e ampliação das instalações. Na época, o senador ocupava o cargo de secretário de Esporte e Juventude do Estado.
Na peça acusatória, o Ministério Público do Maranhão narra que Weverton teria incorrido em ilícitos relativos à dispensa de licitação na contratação de uma empresa, em 2008, para a realização de obras emergenciais no ginásio esportivo Costa Rodrigues, em São Luís, e celebração posterior de termo aditivo para reforma e ampliação das instalações. Ainda segundo a acusação, o proprietário da empresa contratada teria, com a colaboração do então secretário, desviado valores auferido pelo contrato em benefício próprio, configurando crime de peculato.
O caso de Weverton foi parar no Supremo Tribunal Federal onde a Primeira Turma do STF declinou da competência para julgar o processo crime instaurado contra o senador e determinou a remessa para a 4ª Vara Criminal da Comarca de São Luís, pois os fatos delituosos de que é acusado não ocorreram durante o mandato ou em razão dele. A acusação contra o parlamentar está relacionada a sua atuação como secretário de Estado de Esporte e Juventude no governo de Jackson Lago.
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