Por Edivaldo Holanda
Junior
Artigo publicado aos domingos
no Jornal Pequeno.
O diálogo tem sido um aliado de toda
hora no exercício de governar. Na perspectiva de ampliar os canais de
conversação com os mais variados segmentos é que dou início, neste domingo, à
publicação de uma série de textos autorais por meio dos quais exponho ideias,
valores e ações importantes de serem compartilhadas com a população a quem
sirvo. Para tanto, é motivo de muita honra ocupar espaço neste respeitado
veículo de comunicação, que historicamente sempre esteve alinhado aos
interesses e causas do povo, especialmente das classes menos favorecidas – o
Jornal Pequeno.
Estar à frente da cidade e dos seus
desafios estruturais, administrativos e políticos, esbarrando na escassez de
recursos para tanto, tem nos exigido buscar alternativas as mais variadas em
busca de condições reais para o enfrentamento dos problemas e buscados
resultados que a população espera. E que depositou em nós a confiança para
obtê-los.
A infraestrutura urbana de São Luís não
acompanhou o elevado crescimento populacional, ocasionando problemas crônicos a
serem enfrentados, como o da mobilidade urbana.
Neste sentido, nos últimos dois anos
avançamos de maneira significativa na realização de obras de saneamento, com o
objetivo de preparar a cidade para o enfrentamento de desastres naturais
provocados pelas chuvas, evitar o acúmulo de água sobre as vias e ampliar a
vida útil da pavimentação.
Anteriormente, os serviços de
infraestrutura não possuíam um planejamento urbano efetivo, com sinalização
clara de um plano de drenagem para a cidade. O que representou, a meu ver, um
grande equívoco, considerando que o sistema de infraestrutura urbana é composto
por subsistemas que refletem diretamente no funcionamento de toda a cidade. A drenagem,
propriamente dita, é o que viabiliza o adequado escoamento da água das chuvas,
evitando os alagamentos e assegurando, dentre outras coisas, o trânsito das
pessoas e veículos, além da proteção às edificações. Essa questão foi esquecida
nas últimas gestões, e, consequentemente, a conta chegou até nós.
Saneamento é o tipo de obra evitada
por alguns gestores, por ser apontada erroneamente como obra invisível, que o
povo não vê, mas nós tomamos a firme decisão administrativa na direção do que
entendemos ser o melhor para a vida das pessoas.
Temos, em razão disso, atuado com
afinco em serviços estruturantes como drenagem e desobstrução de canais e
galerias, que garantem ainda a sustentabilidade da pavimentação. São
estratégias antecipatórias que irão nos possibilitar “pisar em terra firme” e
preparar nosso município para empreendimentos de maior porte, garantindo,
sobretudo, maior qualidade de vida para a população.
As intervenções de drenagem profunda
e superficial têm percorrido bairros em todas as regiões da cidade,
principalmente nas áreas consideradas de risco. São quase 500 bairros com essa
carência, sendo que muitos deles nunca receberam o tratamento urbano adequado.
E nós estamos dando.
Com muita alegria, anunciei esta
semana um investimento na ordem de R$ 22,8 milhões para serviços de
recapeamento, revitalização de vias e drenagem profunda para o bairro Vila
Janaína, na região da Cidade Operária. A ação beneficiará, diretamente, os
bairros Jardim América, Santa Clara, Vila Vitória, e Vila Ryod, além de outras
inúmeras comunidades do entorno, indiretamente, resultando em um total de 121
ruas contempladas.
Essa região convivia com um problema
antigo de fluxo irregular de águas, em função da inexistência de uma rede de
drenagem, o que nos exige agora que direcionemos algo em torno de 60% do
montante de recursos para este fim, eliminando o problema e desconforto gerado
a famílias que ali vivem.A obra vai tirar o bairro da situação de calamidade e
terá impacto significativo na melhoria da mobilidade urbana de toda a região.
A resposta que recebemos da
comunidade foi sincera e imediata. Nas palavras de um líder comunitário, o
anúncio da obra representa “a realização de um antigo sonho, um sonho de 27
anos”.
Entendo que o planejamento urbano
efetivo passa, necessariamente, por um processo permanente de diálogo com as
comunidades, que assumem a condição de interlocutores na construção da cidade
que queremos. A cidade sustentável é, indiscutivelmente, um processo de
construção coletiva.
A partir deste novo entendimento que
instauramos no planejamento urbano, o futuro de nossa São Luís não será
incerto, nem tampouco obscuro. O alicerce está sendo consolidado, com a devida
participação e fiscalização por parte da sociedade, em sinal claro de adesão a
este que é um projeto de todos nós, de construção de uma nova história, de uma
nova São Luís.
Vale ressaltar, oportunamente, o
alcance desta ação em meio a este cenário inédito onde se configura nossa
parceria com o governador Flávio Dino, que tem dispensado calorosa atenção para
com os projetos que temos apresentado para engrandecimento da nossa capital,
alguns deles já com resultados essencialmente positivos em áreas como
segurança, saúde, e, muito em breve, também na mobilidade urbana e no
abastecimento de água.
Nossa cidade possui mais de um milhão de habitantes
e centenas de bairros com problemas históricos, que nos exige ação conjunta das
esferas municipal, estadual e federal. Mas, mais que isso, precisamos da
contribuição e perseverança de todos neste que é um valoroso pacto por uma São
Luís melhor para se viver. Deus haverá de nos abençoar!
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