A disputa pelas duas cadeiras que estarão em disputa no Senado em 2026, ao tudo indica, poderá mudar o perfil ideológico da bancada maranhense na Câmara Alta do Congresso Nacional, hoje de centro esquerda. O governador Carlos Brandão (PSB) e o ministro dos Esportes André Fufuca (PP), de centro direita, são sérias ameaças aos mandatos dos atuais senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PSD). A senadora Ana Paula Lobato (PDT) tem mandato garantido até 2030.
Historicamente, todos os governadores que deixaram o cargo para concorrer a uma cadeira no Senado foram eleitos, sendo o mais recente o ex-governador e atual ministro do STF, Flávio Dino, eleito em 2022, o que implicaria e perda do mandato de um dos senadores, restando apenas uma cadeira para ser disputada por Eliziane, Weverton e Fufuca, sendo que este último já está em pré-campanha e vem percorrendo o interior do Maranhão e levando benefícios ao municípios.
Ex-relatora da CPI dos atos golpistas, aliada do presidente Lula e com papel destacado na Casa, ao ponto de ser eleita líder da bancada feminina, Eliziane espera contar com o apoio do presidente petista em sua luta pela renovação do mandato por tudo que fez em defesa do governo e da democracia, que esteve ameaçada ao longo dos quatro anos do governo Bolsonaro. A senadora faz um mandato digno de orgulhar seus eleitores e espera esse reconhecimento nas urnas.
Já Weverton Rocha vem de uma derrota acachapante para o governo do estado, ficando em terceiro na corrida ao Palácio dos Leões e vem definhando politicamente junto com seu partido, que já mandou na capital ao longo de quase três décadas, mas perdeu força após a morte do ex-governador Jackson Lago e da saída dos histórico após o senador assumir o comando da legenda no estado.
Dos dois senadores que atualmente representam o Maranhão e terão de conquistar nas urnas a renovação dos seus mandato, o pedetista é o mais ameaçado e, segundo comentam nos bastidores da política local, já estaria pavimentando terreno para ser candidato a deputado federal, ciente de que suas chances na tentativa de reeleição são mínimas. Alguns aliados acreditam que o apoio do presidente Lula seria suficiente para a sua eleição, mas nem ele deve acreditar nessa possibilidade.
Já Brandão, que muitos consideram fazer uma gestão “meia boca”, sem qualquer trabalho estruturante na capital, não teria muito com o que se preocupar. Além de ser aliado de Lula, ainda tem o fato de estar no governo e aproveitar a sucessão municipal para montar sua base de apoio. O governador conta também com o apoios da presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale, e do presidente da Câmara Municipal de São Luís, Paulo Victor e deverá ser candidato numa aliança com cerca de treze legendas.
Aliado do governador Carlos Brandão e atual ministro do governo Lula, o jovem André Fufuca já não esconde sua condição de pré-candidato ao Senado. O que era comentado apenas entre aliados mais próximos do parlamentar do PP, agora se tornou público e tudo indica que estará na disputa, que pode mudar radicalmente o perfil ideológico da bancada, hoje formada por duas senadoras e um senador de centro esquerda.
Brandão, apesar de estar filiado ao PSB, partido de centro esquerda nunca negou que é um liberal de centro direita. Já Fufuca, embora seja um liberal, pertence ao um partido de direita que tem como presidente o senador Ciro Nogueira, aliado do ex-presidente Bolsonaro, direitista assumido.
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