O adiamento do primeiro turno das eleições para 15 de novembro deu fôlego aos partidos que ainda não definiram como vão ou com quem vão na eleição para prefeito de São Luís. Legendas com cobiçado tempo de televisão, a exemplo do PT, MDB, PSL, entre outros de menor porte, ganharam tempo para melhor avaliar e definir entre lançar candidatura própria ou compor aliança com outras siglas.
No PT, que vinha correndo contra o tempo e estava pressionado a decidir sobre táctica eleitoral para São Luís e já adiou por duas vezes o encontro que definirá sobre candidatura própria ou aliança, respira aliviado e dá tempo à executiva nacional se posicionar sobre os vários pedidos de coligação que foram formulados por dirigentes de partidos aliados no Maranhão para compor chapa indicando o vice.
Quatro pedidos estão colocados na mesa dos dirigentes nacionais do PT para composição em São Luís, mas os mais relevantes foram formulado pelo PCdoB, que tem como pré-candidato o deputado federal licenciado Rubens Júnior, e do PSB que solicita o apoio dos petistas para o deputado federal Bira do Pindaré.
Pelo calendário original, os partidos estavam obrigados a fazer suas convenções para definições de candidaturas e alianças entre 20 de julho a 5 de agosto e se viam pressionados a tomar decisões, agora poderão analisar suas demanda sem a urgência de outrora. O encontro municipal do PT, por exemplo, já não tem tanta pressa, pois podem realizar suas convenções para definições de candidaturas entre 31 de agosto e 16 de setembro.
O drama vivido pelos petistas se repete no MDB, partidos da ex-governadora Roseana Sarney que já foi o maior do estado, mas que vem encolhendo ao longo dos anos ao ponto de não contar com um único nome em condições de disputar o pleito em condições de igualdade com a concorrência. A fragilidade da legenda atualmente tem servido para desanimar a ex-governadora se submeter ao crivo das urnas, o que pode abrir espaço para uma aliança com o candidato do DEM/PDT, deputado Neto Evangelista.
Sem tradição da política do Maranhão, mas com um atrativo importante chamado tempo de televisão, principalmente em tempos de pandemia do coronavírus, o PSL também ganha tempo para tentar convencer o ex-prefeito Tadeu Palácio a voltar à arena política na condição de representante do partido na sucessão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT). Caso Tadeu continue arredio, o campo estará aberto para conversações com outros pré-candidatos, pois propostas é o que não falta.
Em dificuldade maior encontra-se o PSDB. O partido term como pré-candidatura o polêmico Wellington do Curso, mas seu dirigentes maior , o senador Roberto Rocha, simplesmente ignora seu companheiro de partidos e não esconde sua preferência pelo pré-candidato do Podemos, Eduardo Braide. Nos bastidores da sucessão os comentários são que o senador estaria articulando a vice de Braide para o seu filho, ex-vereador Roberto Rocha Júnior.
De um modo geral, o adiamento das eleições, além de tentar preserva a população contra a pandemia, vai permitir que que as legendas, inclusive as consideradas nanicas, avaliem melhor suas alianças.
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