Editorial JP – Durante
encontro informal com jornalistas, o prefeito Edivaldo Holanda Júnior deixou
que transparecesse uma força vital para quem pretende disputar uma reeleição
nas circunstâncias que ora se apresentam: o ânimo de vencer, sem o qual nenhum
concorrente jamais chegou ao pódio das grandes disputas eleitorais.
A
fé do prefeito na honestidade de propósitos de sua administração, a fé em Deus,
que parece ser o condutor irremovível de todas as suas aspirações, sua lealdade
ao governador Flávio Dino permitem que ele faça uma análise fria do atual
momento, pesando os prós e os contras, que, a seu ver, o conduzirão à
reeleição.
Sua
administração enfrenta não só problemas, como, desde sempre, a virulência do
monopólio de comunicações do senador José Sarney. E sabe que não será diferente
com a postulação de reeleger-se prefeito de São Luís. O poder dos ofuscantes holofotes
miranteanos, calcados na novelesca e incontestável audiência da Rede Globo,
parece, nos dias de hoje, entretanto, um adversário inconsistente, porque as
lideranças desse grupo político estão praticamente sedadas, principalmente no
que se refere à capital do Maranhão.
O
fracasso do governo Roseana em quase todos os setores da vida pública, com sua
imagem fulminada pelas investigações da Operação Lava Jato e por desastres
administrativos do tamanho de uma Refinaria Premium e do abandono das obras da
BR-135 desautorizam qualquer intentona eleitoral do grupo Sarney. E pode ser
que provoque queimaduras de terceiro grau em qualquer candidatura que deles se
aproximar. Com ou sem a audiência da Rede Globo.
Enquanto
o Sistema Mirante aproveita os problemas da cidade e cava rejeição eleitoral
para o prefeito nas ruas de São Luís, ressente-se da ausência do duto que
transferia recursos públicos diretamente do tesouro estadual para os cofres do
jornal O Estado do Maranhão e de sua TV. Enquanto espancam a imagem do prefeito
“como quem bate em mala velha”, Edivaldo, consciente das dificuldades e dos
problemas da sua gestão, conversa sobre as obras na área Itaqui-Bacanga, sobre
a pavimentação do Jardim São Cristóvão,na área do Aririzal e do Pontal da Ilha,
na Cohama e no Turu, sobre as máquinas que, garante ele, estarão pavimentando a
maioria das avenidas e ruas de São Luís nos próximos dias, sobre a licitação do
Sistema de Transportes Públicos, feitos históricos para esta cidade mesmo se
contarmos todo o tempo passado desde a revolução de Bequimão.
Assim,
os adversários de peso do prefeito podem estar dentro de seu próprio grupo
político, não fora dele. É preciso analisar que, com toda a mídia, gulosamente
abastecida por recursos públicos, o que não acontece mais, o grupo Sarney foi
derrotado por Flávio Dino e que uma estratégia de comunicação do mesmo quilate
e no mesmo sentido os derrotará, mais uma vez, em seu próprio campo de batalha.
Mesmo porque, em São Luís, quase ninguém mais acredita no que quer que ousem
publicar.
O
prefeito sabe que seu grande adversário político, neste momento, é a crise
econômica finalmente exposta no país, cujos efeitos mais danosos recaem sobre
as administrações municipais. Mas agora ele pode contar com uma parceria do
governo do estado, o que jamais aconteceu nessa cidade.
E
é das realizações que ora se concluem nas áreas social, de saúde e mobilidade
urbana que vem o ânimo de vencer do prefeito Edivaldo Holanda Júnior. Mas, para
isso, terá que fazer a sua parte, tanto administrativa quanto política. Apesar
das ações municipais em andamento e das previstas, São Luís ainda está cheia de
problemas, e problemas que precisam estar resolvidos em grande parte quando
2016 chegar. Sob pena de todo este projeto fracassar, mesmo com toda a fé em
Deus do prefeito Edivaldo.
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