O presidente estadual do PT, Augusto Lobato, disse nesta manhã de sábado ao blog Jorge Vieira que está sendo vítima de um golpe perpetrado por adversários internos que sempre se posicionaram contra Flávio Dino e foram responsáveis pelas intervenções de 2010 e 2014 no diretório estadual para colocar o partido no palanque do grupo Sarney.
Lobato está pagando um alto preço por sempre defender o campo político do governador Flávio Dino e do vice-governador Carlos Brandão. Adversários inconformado com sua posição desde antes a primeira reunião do grupo em 5 de julho e reafirmada no último encontro ocorrido em 29 de novembro, se articularam com a executiva nacional que decidiu encurtar o seu mandato.
Por considerar que o acordo não está sendo cumprido e que o movimento, na verdade, é decorrente de sua posição em seguir o governador Flávio Dino em defesa da candidatura de Carlos Brandão, dez membros da direção estadual do partido assinam o recurso que está sendo encaminhado ao diretório nacional contra a decisão da executiva.
Lobato tem sido um aliado fiel de Flávio Dino, desde o primeiro momento em que o governador declarou seu apoio a Brandão, manifestou sua adesão ao projeto do tucano e vem dando sua colaboração, mesmo fazendo a ressalva que caberá ao encontro estadual do PT definir sobre estratégia política para 2022.
Ainda que o recursos não seja acatado na reunião do diretório nacional, do qual Lobato é membro efetivo, e caso seja concretizada a mudança no comando do PT estadual em primeiro de janeiro de 2021, o atual presidente continuará tendo forte influência, pois, como parte do acordo, ocupará a vice-presidência.
“Estou sendo vítima de golpe porque os dois anos do nosso mandato só termina dia 15 de fevereiro de 2022 e estão antecipando para que eu não participe da reunião dos dirigentes de partidos com o governador 31 de janeiro porque defendo apoiar Brandão”, observa Lobato.
Nesta sexta-feira (10), a Executiva Nacional do PT reuniu e decidiu antecipar o termino do mandato de Lobato para 31 de dezembro de 2021, quando o acordo firmado na eleição da direção estadual do partido determinou a divisão do mandato de quatro anos. O dois primeiros anos por Augusto Lobato e os dois últimos para Francimar Melo, que ficou em terceiro lugar na disputa, mas ocupa a vice-presidência por conta de um outro acordo feito com o segundo colocado patrocinado pelo deputado Zé Carlos.
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