Após excelente desempenho como relatora da CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro, quando pediu o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de um punhado de militares que conspiraram contra a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, a senadora Eliziane Gama (PSD) já é considerada o primeiro desfalque de peso no palanque do prefeito Eduardo Braide (PSD), candidato à reeleição.
Filiada ao PSD por conta de arrumação política em Brasília, a senadora tem comunicado aos mais próximos que deve seguir o comando do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB) e do governador Carlos Brandão (PSB), que devem manifestar apoio ao deputado federal Duarte Junior (PSB), que articula nos bastidores da sucessão uma ampla aliança dos partidos que integram a base do governo estadual para enfrentar Eduardo Braide, líder nas pesquisas.
Eliziane saiu muito fortalecida com o relatório da CPMI, ganhou projeção nacional e deveria ser um reforço a mais no palanque de Braide, porém, com é do conhecimento de quem acompanha a bastidores da política local, a senadora nunca fez política ou esteve filiada a partido ao qual esteve ligado o prefeito e sempre esteve em companhia do ministro Flávio Dino desde os tempos em que militou no PPS, posteriormente rebatizado de Cidadania.
A senadora, que conseguiu se eleger graças a força do grupo liderado por Brandão e Dino, conforme é voz corrente nos bastidores das eleições de 2024, deve acompanhar a decisão dos dois líderes e declarar apoio a Duarte. Flávio Dino, inclusive, estaria trabalhando para transformar a eleição em um plebiscito, ou seja, reunir todo apoio do grupo à candidatura de Duarte para um embate direto com Braide logo no primeiro turno.
Pelo quadro que se apresenta, Braide, ao contrário do que tentam passar para a população, terá muita dificuldade até para unificar seu próprio partido na tentativa de renovar o mandato, ainda que as pesquisas mais recentes o apresente na dianteira neste período de pré-campanha.
0 Comentários