O governo do Estado reuniu na tarde de segunda-feira (30) com
dirigentes da Alcoa/Alumar para tratar sobre demissões de 650 trabalhadores,
anunciadas pelo Consórciode Alumínio do Maranhão. A pedido do governador Flávio
Dino, o vice-governador Carlos Brandão e os secretário estaduais de Indústria e
Comércio, Simplício Araújo, e do Trabalho e Economia Solidária, Julião Amim,
dialogaram com representante da empresa sobre a possibilidade de reverter a
decisão e atenuar os impactos dessa medida para a classe trabalhadora do
estado.
O governador Flávio Dino lamentou o anúncio feito pela Alumar, que ao
desativar a terceira linha de produção de alumínio no Estado, informou o corte
de 650 postos de trabalho. O governadorlembrou que desde 2013 a empresa já
reduzia as atividades voltadas para este setor, em decorrência da baixa
competitividade no mercado internacional. Chegando a realizar, no ano passado,
245 demissões. “Lamentável a decisão da Alcoa de retomar demissões iniciadas em
2014. Governo do Estado está cobrando explicações e providências da empresa”,
relatou Flávio Dino.
Durante a reunião, em que esteve presente o diretor operacional da
Alumar, Nilson Ferraz, a equipe do governo reiterou surpresa ao receber a
notícia, já que existia a abertura para um diálogo prévio. Ainda neste ano, o
governador Flávio Dino, o vice-governador Carlos Brandão e o secretário
Simplício Araújo receberam a direção da empresa em audiência no Palácio dos
Leões. Na oportunidade foram discutidas as perspectivas de investimentos no
Estado e em nenhum momento os dirigentes da multinacional informaram ao governo
do Estado sobre a intenção de adotarem a decisão, que fere os interesses do
Estado e dos trabalhadores.
“Achamos a medida muito precipitada. Não houve um diálogo com o governo
do Estado ou com o Sindicato dos Trabalhares, a fim de reverter a situação ou
encontrar medidas para suavizar os impactos”, opinou o vice-governador Carlos
Brandão, certo de que uma decisão conjunta seria a melhor saída, já que o
Maranhão tem sido parceiro da Alcoa ao longo dos anos, ofertando matéria-prima
e mão de obra.
O secretário Simplício Araújo explicou que a reunião teve como objetivo
defender os interesses da classe trabalhadora. “Apesar de saber que já vinha
tendo uma crise desde 2013, neste momento, da forma que foi feito, o anúncio
nos causou surpresa. A primeira atitude foi buscar uma rodada de negociação com
a empresa, no sentido de que possamos tentar rever, não podendo rever, que
possamos atenuar, da melhor forma possível, as implicações desta medida”,
explicou Simplício, lembrando que em 2014, como forma de diminuir os impactos
das demissões, a Alumar providenciou atendimento jurídico e psicológico, além
de ofertar formação em outras áreas de atuação para que o trabalhado dispensado
pudesse ser reabsorvido pelo mercado de trabalho do Maranhão.
Como encaminhamento do encontro, foi deliberada uma próxima reunião
entre o governo do Estado e o presidente da Alumar a fim de encontrar uma
tratativa para a situação, definindo saídas que atendam aos interesses da
empresa e, principalmente, dos trabalhadores.
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