Entra ano, sai ano e a polarização entre Eduardo Braide (PSD) e Duarte Junior (PSB) pelo comando da Prefeitura de São Luís, a partir de janeiro de 2025, continua. Os dois políticos, que disputaram o segundo turno do pleito de 2020, com vitória de Braide, permanecem com suas posições inalteradas para a próxima disputa que acontecerá em outubro deste ano.
Nos últimos três anos, todos os institutos de pesquisas que foram a campo sentir o pulso do eleitorado da capital apontaram na mesma direção: Braide liderando, seguido de perto por Duarte e um fosso separando os dois primeiros dos demais pré-candidatos que já se apresentaram, num claro indicativo de que o prefeito e o deputado federal deverão se encontrar novamente num segundo turno, porém num cenário diferente: eleição nacionalizada, Lula presidente com candidato em São Luís.
Duarte conta com apoios valiosos, tem ao seu lado o ex-governador, senador, ainda ministro da Justiça e Segurança Pública e futuro ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Flávio Dino; o governador Carlos Brandão articula uma frente de partidos aliados ao governo e o presidente Lula deverá estar no palanque.
Ao contrário de 2020, para a eleição deste ano, o governador Brandão, aliado de Lula, está se empenhando pessoalmente em formar uma grande aliança para dar sustentação à candidatura de Duarte, algo que faltou na eleição passada quando partidos que integravam a base do governo debandaram para o palanque adversário e elegeram Braide, que agora vai tentar a reeleição, mas numa conjuntura diferente com tendência a nacionalização e participação ativa do presidente da República a favor do aliado.
Vai ser um duelo bonito de ver. O prefeito conta com a máquina pública, tem mostrado trabalho, nunca deu qualquer declaração a favor ou contra o presidente Lula, mas é um político de direita, sem qualquer aproximação ou afinidade política com Lula. Aliás, Braide, embora lidere na intenção de votos, mantem-se afastado da classe política, enfrenta enorme oposição na Câmara Municipal e não consegue unanimidade nem no PSD. A senadora Eliziane Gama (PSD), por exemplo, já declarou apoio a Duarte.
Desde o primeiro ano da atual gestão, vários institutos realizaram sondagens com resultados sempre indicando a polarização do pleito entre Braide e Duarte e uma certa falta de ânimo do eleitorado com os demais nomes, inclusive os conhecidos, a exemplo dos deputados estaduais Neto Evangelista, Professor Welington do Curso e Yglésio Moisés, sempre aparecendo com percentuais insignificantes de intenção de votos.
Salvo algum incidente no percurso da campanha, capaz de repercutir negativamente para um dos candidatos favoritos a ponto de destruí-lo eleitoralmente, essa eleição tem tudo para repetir 2020, só que em condições não tão favoráveis ao prefeito por conta da força do grupo político do adversário. E de um cabo eleitoral do porte do presidente Lula, provavelmente, no palanque de Duarte.
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