Com a presença praticamente garantida de Carlos Brandão (PSB) no segundo turno, conforme atestam os institutos de pesquisas que foram a campo aferir a tendência do eleitorado para o pleito do próximo domingos, dia 2 de outubro, Edivaldo Holanda Junior (PSD), Weverton Rocha (PDT) e Lahésio Bonfim (PSC) devem apostar suas últimas fichas no debate que a TV Mirante realiza nesta noite de terça-feira (27) entre os candidatos ao governo do estado.
Emissora campeã de audiência no Maranhão, os debates promovidos pela TV de propriedade da família Sarney sempre despertaram a atenção de um grande público, normalmente serve para que os telespectadores tirem dúvidas, conclusões sobre as propostas defendidas pelos candidatos e formem opinião sobre quem merece o voto.
Edivaldo Holanda Junior, em 2016, por exemplo, garantiu a reeleição para prefeito de São Luís no último debate promovido pela Mirante quando emparedou o então deputado estadual Eduardo Braide em torno da suposta “Máfia de Anajatuba”, reverteu pequena desvantagem no confronto e renovou o mandato por mais quatro anos.
É bom lembrar que em 2016, Braide somente chegou ao segundo turno após ir à justiça e garantir o direito de participar do debate na TV Mirante. O candidato que tinham apenas 3% de intenção de voto, mostrou preparo intelectual, se credenciou a disputar o segundo turno e foi derrotado por Edivaldo, justamente por conta do seu desempenho fraco no debate contra o ex-prefeito.
O ex-prefeito de São Luís tem se preparado para mais esta rodada de confronto com os adversários e deve centrar o foco na experiência como gestor público merecedor de elevados índices de aceitação por conta de tudo que fez na capital onde promoveu uma verdadeira transformação urbana e revitalizou o Centro Histórico.
Adversário direto na disputa pela segunda colocação e consequente direito de disputar o segundo turno com Brandão, o ex-prefeito “fala mansa” de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim, deve insistir em exaltar sua gestão como prefeito do minúsculo município que administrou e se apresentar como novo que quer tirar o Maranhão do atraso. Deve comparecer com algum trunfo contra seus adversários direito, ou seja, Weverton e Edivaldo.
Entre os três candidatos que disputam a segunda colocação, a situação Weverton Rocha, sem dúvida, é a mais complicada. O candidato que defende o orçamento secreto, ralo usado por políticos inescrupulosos para escoamento de dinheiro público, chegou a liderar as pesquisas, mas derreteu ao longo da campanha, corre sério risco de ser ultrapassado e repetir o fiasco do senador Roberto Rocha (PTB) em 2018, quando concorreu ao governo e teve como resposta a rejeição, apenas 2% do eleitorado votou nele.
Para quem começou a campanha montado num foguete, sem marcha ré, chegar na reta final da eleição sob ameaça de não disputar sequer o segundo turno deve estar sendo um dilema enorme para coordenadores da campanha que vestiu faixa de governador no candidato antes do tempo e agora percebem que o foguete não decola por falta do combustível principal que move a eleição, o voto.
Participarão também do debate Simplício Araújo (Solidariedade) e Enilton Rodrigues (PSOL), ambos com percentuais de intenção de voto insignificante, mas que deve aproveitar a última chance de falar para um grande público para tentar convence-lo que merecem está no segundo turno, se houver.
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