O senador Roberto Rocha (PTB) recebeu, até o momento, R$ 200 mil em doações para torrar em sua campanha de reeleição. Desse montante, Rocha recebeu R$ 10 mil do contador Antonio Durão, o que corresponde a 5% das doações realizadas por Pessoas Físicas para a campanha do parlamentar.
As informações sobre as receitas de campanha estão disponíveis no site do TSE, mas o que pouca gente sabe ou lembra é que esse mesmo doador, Antonio Durão, foi uma das pessoas presas em 2007, como integrante de uma quadrilha acusada de sonegar R$ 1,5 bilhão em impostos e contribuições previdenciárias. Na época, a Polícia Federal desbaratou a atuação dos criminosos durante a Operação Abatedouro, que cumpriu mandados de prisão de diversos diretores e presidentes de frigoríficos do Maranhão, Pará, Tocantins e São Paulo. Antonio Durão foi preso em Imperatriz e chegou a responder processos por formação de quadrilha, falsidade ideológica e sonegação. Com a ajuda de Durão, os acusados criavam empresas de fachada em nome de “laranjas”, que firmavam procurações para terceiros com poderes para negociar contratos e movimentar contas bancárias. Quinze anos depois, Durão aposta agora na campanha de Roberto Rocha, um dos políticos maranhenses envolvidos no repasse irregular de verbas do orçamento secreto. Com mais de R$ 21 de milhões em indicações, Roberto Rocha é o quinto político que mais movimentou recursos via orçamento secreto, as chamadas emendas de relator, como revelou o jornalista Ricardo Noblat. Nesta segunda-feira (12), o jornal O Estado de S. Paulo revelou que Roberto Rocha foi um dos senadores que concorrem à reeleição que se negou a apontar se indicou e qual o valor das emendas destinadas via orçamento secreto. Estamos de olho.
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