O debate entre os seis candidatos ao Governo do Maranhão promovido pela TV Mirante na noite desta terça-feira (27) pode ter sido determinante para decidir quem enfrentará com o governador Carlos Brandão (PSB) no segundo turno, caso a eleição não seja decidida logo no dia dois de outubro. Segundo pesquisa da Econométrica divulgada na terça-feira (27), o chefe do Executivo estadual estaria com 51% de intenção de votos válidos.
O debate foi marcado pela guerra travada entre os candidatos que disputam a segunda vaga: Lahesio Bonfim (PSC), Edivaldo Holanda (PSD) e Weverton Rocha (PDT). Com Brandão liderando com folga e sem sombra, seus adversários partiram para o tudo ou nada, o que não faltou foi estocada e denúncias, como exemplo a levantada pelo ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Junior de que o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes Lahesio Bonfim virou réu num processo que trata de desvio de R$ 40 milhões da prefeitura do município.
Edivaldo também disparou contra Weverton. Perguntou porque o senador do PDT desde os 18 anos tem seu nome envolvido em processos por corrupção, relembrou o episódio do Ginásio Costa Rodrigues quando o então secretário de Esportes no governo de Jackson Lago pagou R$ 5 milhões por obras que não foram executadas. O senador tentou se defender alegando que o processo foi arquivado e mandando sua assessoria publicar o vídeo em que o Jornal Nacional confirma.
O clima esteve nas alturas entre os três candidatos envolvido na disputa pela segunda vaga, caso haja segundo turno. Edivaldo surpreendeu seus principais adversários com um tom bem agressivo, foi para o embate decido a virar o jogo e mostrar a verdadeira face de Weverton e Lahesio. O primeiro foi acusado de envolvimento com corrupção desde a juventude, enquanto Lahesio de mentir. Ambos reagiram os ataques com a mesma intensidade.
Diante da refrega entre Edivaldo, Weverton e Lahesio, o ex-governador passou ao largo. Tranquilo e mostrando muita segurança em suas afirmações, rebateu acusações de Lahesio que um sobrinho seu estaria na cena de um crime ocorrido em frente ao edifico Tech Office, na Ponta do Farol, em que o empresário João Bosco Pereira foi assassinado e disse que a segurança do estado tomou todas as providências e prendeu o assassino dois dias após o crime.
Outro momento forte do debate foi quando Edivaldo além questionar o pagamento por obras não realizadas no Ginásio Costa Rodrigues perguntou ao senador do PDT como ele explicaria o fato de ter amentado seu patrimônio em mais de mil por cento em oito anos. Weverton simplesmente não respondeu, saiu pela tangente.
Sem dúvida foi um debate marcado pelo tom agressivo dos três candidatos que tentam chegar ao segundo turno e pela tranquilidade do governador em responder todas as perguntas dirigidas a ele sem alterar a voz ou partir para revidar, se comportou como quem lidera todas as pesquisas e está com presença garantida no segundo turno, segundo os institutos de pesquisas.
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