O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi duro ao responder provocação do senador Sérgio Moro durante audiência da Comissão de Segurança Pública do Senado, nesta terça-feira (9). O senador bolsonarista do União Brasil do Paraná ao exigir respeito do ministro a uma respostas ao folclórico Marcos do Val (Podemos – ES)), levou uma verdadeira lição de moral e ficou calado diante da mais esta humilhação.

“Senador Moro, eu vim aqui como ministro e como senador da República para ser respeitado… Se o senador acha que pode cercear minha palavra, se um senador diz que eu tenho que ser preso, isto é respeito? Pense bem… Pense com sua consciência, e se isso acontecesse com o senhor, de alguém interpelar o senhor, e dizer… Veja, eu sou uma pessoa honesta, eu sou ficha limpa… Eu fui juiz e nunca fiz conluio com o Ministério Público, eu nunca tive sentença anulada, e por ser um juiz honesto, por ter sido um juiz honesto, por ter sido um governador honesto, é que eu não admito que ninguém venha dizer que eu tenho que ser preso… Isso é desrespeito! Quem tem honra age assim! E portanto, eu repilo veementemente qualquer ofensa à minha honra, e ninguém vai me impedir de defender a minha honra! Porque quem tem honra, defende! E é essa a minha veemência, e é essa minha incisividade, essa é a contundência dos justos! E por isso eu farei, e farei de novo! Todo debate parlamentar que for sério, conte comigo… Debate parlamentar que desbordar do decoro parlamentar vai ter a resposta devida, é um direito e uma obrigação minha… Eu tenho família, eu tenho ficha limpa, eu tenho currículo, eu tenho trajetória nos três poderes do Estado, e é por isso que, às vezes, eu sou incisivo diante da proporcionalidade da ofensa… O que este colega seu tem feito reiteradamente, todos os dias, é me chamar de lixo, bandido, mau-caráter, que eu tenho que ser preso… O senhor acha que isso é respeito? Então, essa é a razão da minha resposta em relação a esse tipo de ofensa que quebra o decoro parlamentar… E eu conto com o senhor para que esta Casa, e outras casas parlamentares, possam cumprir a Constituição”, disparou Dino