O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que acompanhou o presidente Lula na visita à Roraima, estado onde se encontra locada a reserva do povo Yanomami, encaminha oficio nesta segunda-feira (23) à Polícia Federal no qual solicita seja investigado suposto crime de genocídio e outros crimes contra os indígenas.
“Em relação aos sofrimentos criminosos impostos aos Yanomamis, há forte indícios de crime de genocídio e outros crimes, que serão apurados pela Polícia Federal, conforme ofício que enviarei na segunda-feira (23)”, anunciou o ministro através de sua rede social, no sábado (21).
Dino, que acompanhou o presidente para verificar possíveis ações de emergência sanitária ao povo Yanomami, classificou como criminoso o sofrimento imposto aos indígenas e prometeu encaminhar nesta segunda-feira ofício para que a PF apure possível crime de genocídio, entre outros crimes.
O presidente Lula, após ver de perto a crise sanitária que se abateu sobre os yanomamis após quatro anos de abandono pelo governo do ex-presidente Bolsonaro, prometeu dar dignidade ao povo Yanomami. E a primeira providência anunciada pelo presidente foi levar médico à aldeia para atender a comunidade.
“Eu disse para a ministra que a saúde deve ir lá na aldeia e não esperar que eles venham aqui na cidade. Uma das formas para resolver isso é que a gente monte plantão da saúde nas aldeias”, afirmou o presidente.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, classificou a situação dos indígenas como uma emergência sanitária e confirmou que deve mandar médicos para a aldeia nesta segunda-feira.
Durante o pronunciamento, Lula também criticou a gestão do ex-presidente Bolsonaro “se ao invés de fazer tanta motociata, tivesse vergonha e viesse aqui, quem sabe esse povo não tivesse abandonado como está”, observou Lula.
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