O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, diante da relações das mensagens recuperadas do celular do ex-ajudante de ordem do presidente Jair Bolsonaro (PL) entre interlocutores que tramavam golpe de estado para evitar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promete tudo dentro da legalidade para que o Poder Judiciário, segundo ele, aplique a lei contra essa gente perigosa”.
“A cada dia, com a investigação da Polícia Federal, fica sublinhada a gravidade do que vivemos entre os dias 31 de outubro de 2022 e o dia 8 de janeiro de 2023. Tomada por um transe satânico, pessoas tramaram golpes, medidas ilegais, atentados a bomba, depredações. Seguirei fazendo o trabalho que legalmente for cabível para que tudo seja esclarecido e o Poder Judiciário aplique a lei contra a essa gente perigosa”, disse Dino em sua rede social.
Nesta sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, levantou o sigilo do relatório da Polícia Federal com análise do conteúdo encontrado no celular do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) onde consta toda a trama dos golpistas contra o resultado das eleições onde a maioria do povo brasileiro elegeu Lula presidente.
As mensagens recuperadas no aparelho de Cid mostram diálogos em que interlocutores, oficiais da força, debatiam o uso das Forças Armadas contra o resultado das eleições vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Parte do material foi revelada pela revista Veja.
Uma das pessoas que trocaram diálogos com o ex-auxiliar de Bolsonaro foi o coronel Jean Lawand Junior, recentemente designado para representação diplomática do Brasil nos Estados Unidos, em Washington. A nomeação foi cancelada na sexta-feira (16) pelo comando do Exército.
“Cidão, pelo amor de Deus, cara. Ele (Bolsonaro) dê a ordem que o povo tá com ele, cara. Se os caras não cumprir, o problema é deles. Acaba o Exército brasileiro se esses caras não cumprir a ordem do comandante supremo. Como é que eu vou aceitar uma ordem de um general, que não recebeu, que não aceitou a ordem do comandante. Pelo amor de Deus, Cidão. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer”, disse Lawand em um dos áudios, segundo transcrição da PF.
A postagem de Flávio Dino no Twitter teve grande repercussão, com a maioria das pessoas que se manifestaram aprovando a decisão do ministro de fazer tudo que estiver ao seu alcance para esclarecer os fatos e seus personagens que protagonizaram os atos terroristas que atentaram contra a democracia brasileira.
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