A iniciativa de setores do grupo dinista em apoiar a candidatura do deputado Othelino Neto (PCdoB) como vice na chapa que terá Carlos Brandão como candidato a governador e Flávio Dino ao Senado, é mais uma peça que se movimenta no tabuleiro da sucessão estadual e que, caso o presidente da Assembleia Legislativa aceite, provocará abalo profundo na pré-candidatura do representante do PDT, Weverton Rocha.
Considerado hoje principal aliado do pedetista, a possível retirada do apoio de Othelino, junto com a prevista debandada de partidos para o lado de Carlos Brandão, após a decisão do governador declarar apoio à sua pré-candidatura, poderá se concretizar a previsão de vários analistas políticos isentos e comprometidos em divulgar a realidade dos fatos: o foguete do senador pode não dá ré, mas tende explodir na base de lançamento.
Após o presidente estadual do PCdoB, deputado federal licenciado e secretário de Cidades e Desenvolvimento Urbano, Márcio Jerry, em entrevista à TV Mirante, defender o nome do presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão para ser o candidato a vice-governador na chapa de Carlos Brandão, a possibilidade do foguete de Weverton não decolar se tornou realidade. O primeiro sinal foi o cancelamento do ato da caravana “Maranhão Mais Feliz”, que estava marcado para este sábado (11), em São Luís.
O grupo liderado pelo governador quer a unidade dos partidos em torno de um único nome e tem prazo até 31 de janeiro para os dirigentes partidários debaterem e decidirem pelo apoio a Brandão. O Cidadania, legenda comandada por Eliel Gama, logo declarou publicamente adesão ao projeto Brandão. O PCdoB seguiu o mesmo caminho declarando apoio ao vice-governador, o PSB é o partido do governador que já declarou para quem fará campanha, o PSDB é comandado pelo candidato tucano e o PT deve acompanhar a decisão de Dino.
Nos bastidores da sucessão é tido como certo novas adesões ao projeto político do governador Flávio Dino para 2022 e o esvaziamento ainda maior da pré-candidatura do pedetista, que perdeu consistência e corre risco de morrer por inanição. Mas apesar das evidências do declínio, o senador pedetista tem repetido a aliados que seu projeto não tem recuo. Postou esta semana em rede social que a candidatura não pertence mais a ele e sim a um grupo de lideranças.
Tem gente pagando pra ver o desempenho dele longe da aba do chapéu do governador. O senador Roberto Rocha (sem partido), que, a exemplo dele, recebeu o mandato na bandeja, tá ai para servir de exemplo: lançou candidatura ao governo em 2018 e foi humilhado nas urnas, obtendo apenas 2 por cento dos votos.
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