O deputado Marco Aurélio (PCdoB) começou a colher assinaturas para instalar
uma Comissão Parlamentar para investigar para investigar os contratos da
Secretaria de Saúde do Estado com a PMR Táxi Aéreo e Manutenção durante a
gestão de Ricardo Murad, pai da deputada Andrea Murad (PMDB), acusada de usar a
estrutura da pasta na campanha eleitoral.
Há duas semanas parlamentares da base do governo acusam a parlamentar de
ter usado indevidamente os helicópteros destinado a transporte de pacientes em
situação de emergência para voos destinado a levar filha do ex-secretários para
os comícios no interior do Maranhão, sem que a parlamentar apresente uma
justificativa plausível.
Segundo denunciou na última segunda-feira o líder do governo, deputado
Rogério Cafeteira, a deputada utilizou as aeronaves para fazer campanha
política. Existe a denúncia de que a filha de Ricardo Murad recebeu em doações
R$ 120 mil da CCP Pavimentações, pertencente ao dono da PMR, empresa que locava
os helicópteros usados por Andrea.
A prestação de contas da campanha milionária da deputada revela algumas
curiosidades, por exemplo, foi a única candidatura em todo o país que recebeu doações
da CC Pavimentações, mesmo sem prestar qualquer serviço ao Governo do Maranhão.
E para aumentar ainda mais as suspeitas, a docação foi feita um dia após a
secretaria de Saúde pagar uma fatura da PMR no valor de R$ 411 mil.
Segundo o deputado Rogério Cafeteira, no dia 12 de agosto de 2014, a
deputada pagou em cheque o valor de R$ 110 mil pelo aluguel de um helicóptero
da PMR para sua campanha, mas o mesmo somente foi descontado no dia 19
setembro. Para aumentar ainda mais as suspeitas, a nota fiscal do serviço não
constar na prestação de contas apresentada ao TRE-MA.
Relatório da Secretaria de Saúde, na nova gestão Flávio Dino, também
aponta uma série de irregularidades nos contratos da PMR entre os anos de 2011
e 2014.
Levantamentos feitos pela atual gestão da SES observou que, em 2014, a
secretaria desembolsou R$ 4,9 milhões à PMR, por 1080 horas de voos, sendo que
cada um dos dois helicópteros tinha um faturamento mínimo de 45/horas/mês, o
que equivalia a um montante mensal de R$ 411 mil, exatamente o valor pago em 31
de julho de 2014, um dia antes da doação da CC Pavimentações.
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