A deputada, sem argumento, tem usado o falso álibi
contra a suspeita de que teria usado helicópteros da saúde na campanha
eleitoral. Sempre que é questionada, diz que não estava no helicóptero dia 16
pois, nesta data estaria em São Luís.

Segundo as notas taquigráficas da Assembleia
Legislativa, Andrea Murad disse ser “impossível eu ter feito um voo São
Luís/Coroatá, se eu estava nesse evento dia 16 à noite, do Michel Temer, do
candidato Lobão Filho. Vou mandar distribuir, estão aqui as minhas fotos.
Impossível esse voo ter sido feito por mim, São Luís/Coroatá às 19h05,
completamente impossível”.

Como mentira tem pernas curtas, Andrea esqueceu de
um detalhe: o voo em questão foi no dia 17, saindo exatamente de São Luís.
Conforme mostra planilha de voo que blog publica ao final desta matéria. Os
argumentos da parlamentar além de não servir como álibi, só aumentam os
indícios.

Deputada de primeiro mandato, Andrea Murad deveria
saber que mentir no parlamento significa quebra de decoro, que pode levar à
perda do mandato e suspensão dos direitos políticos por oito anos. O Congresso
Nacional está cheio de exemplo de parlamentares que perderam o mandato por
mentir.

O ex-palmatória do Congresso, Demóstenes Torres,
por exemplo, perdeu o mandato de senador por mentir. Ele negou ter auxiliado os
negócios do contraventor Carlinhos Cachoeira e depois a Polícia Federal
comprovou a ligação entre os dois. Arruda e ACM renunciaram ao sofrerem
representações de quebra de decoro por mentirem sobre o painel.

E com a filha de Ricardo Murad não pode ser
diferente. A deputada mentiu sobre o uso da aeronave. O líder do governo
mostrou todas as publicações dos veículos do Sistema Mirante sobre a pane que
levou o helicóptero em que supostamente viajava Andrea a fazer um pouso forçado
em uma fazenda no interior do Estado.