O deputado Cabo Campos, em
pronunciamento na tribuna, na manhã desta quarta-feira (3), comparou o vídeo da
execução, a sangue frio, de um homem suspeito de ter assalto um comércio em
Vitória do Mearim, por um funcionário da prefeitura que estava numa viatura da
Polícia Militar, ao vídeo montado nas vésperas da eleição 2012 sobre uma
suposta “Milícia 36″, número do partido do então candidato a prefeito Edivaldo
Holanda Júnior, que iria espalhar o terror no dia da eleição.
“Este deputado que vos fala,
quando policial, no ano de 2012, para que um candidato à Prefeitura de São Luís
pudesse se sobrepor ao atual prefeito da cidade, fizeram um vídeo, chamado
vídeo da Milícia 36. Prenderam 10 pais de famílias, 10 trabalhadores da
Segurança Pública, entre policiais militares e bombeiros militares, com o fino
e total objetivo de desqualificar, em primeiro lugar, os trabalhadores e de
fazer uma reversão naquilo que
as pesquisas apontavam. Posteriormente, viram que o vídeo era totalmente
montado, totalmente editado”, observou.
“O vídeo de 1min57s que se
observado atentamente, teremos essa percepção que os PM’s não estavam no local
da execução. Os PM’s chegaram segundos depois sem ouvir os disparos. Atentem
para os 3 primeiros segundos do vídeo, ele começa com a câmara girando e
rapidamente mostrando o outro lado da rua, notem que o outro lado da rua está
vazio, não há viatura ali, notem que ao fim do vídeo, a VTR está exatamente
naquele local que, inicialmente, estava vazio do outro lado da rua, ou seja,
chegou depois dos disparos. Essa constatação isenta os PM’s de omissão
criminosa ou cumplicidade. Outra coisa; ninguém disse para eles, quando eles retornaram
com o segundo suspeito preso e ferido com o tiro, que o vigilante havia
executado o suspeito no chão”.
Campos disse ainda que os policiais
recolheram o suspeito, achando que estava apenas ferido e levaram para o
hospital. “Ninguém dos populares disse que o vigilante teria atirado no homem
que estava caído no chão, ninguém. Ele pediu que o caso seja apurado com
imparcialidade.
Os dois policiais que
participaram da desastrosa operação que culminou com o brutal assassinato
filmado por populares e disponibilizado na internet, foram convocado a comparecer em São Luís e estão presos.
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