Ameaçado de destituição da presidencial estadual do PTB pelo presidente nacional do partido, ex-deputado Roberto Jefferson, por ter votado a favor da manutenção da prisão do deputado federal Daniel Silveira (RJ) decretada pelo Supremo Tribunal Federal, crescem as especulações sobre a transferência do deputado federal Pedro Lucas Fernandes para o PSL.

O presidente estadual do PSL, vereador Francisco Carvalho, disse nesta manhã de segunda-feira (22) ao blog Jorge Vieira que não recebeu qualquer informação da direção nacional sobre o interesse de Pedro Lucas em ingressar no partido, mas adiantou que, caso seja concretizada a transferência partidária do parlamentar, “será bem-vinda.

“Sou amigo de Pedro Lucas, fomos vereador juntos. Se vier, será bem recebido. Se a direção nacional quiser entregar o comando do PSL para ele não tem problema, meu mandato termina em abril próximo. Não nasci presidente de partido e não farei objeção”, enfatizou Chico Carvalho.

Carvalho observou, no entanto, que para Pedro Lucas entrar no PSL terá primeiro que receber autorização do PTB para sair ou ser expulso, pois está apenas sendo destituído da presidência. O vereador citou como exemplo o caso do deputado Gil Cutrim, que pretende deixar o PDT e mudar para o PSL, mas até hoje não recebeu autorização para sair.

Pedro Lucas entrou em rota de colisão com Jefferson após votar pela manutenção da prisão do deputado federal carioca por conta dos insultos proferidos contra ministro do Supremo Tribunal Federal. defender o AI-5, ato que endureceu a repressão durante a Ditadura Militar  e sugerir agressão física aos ministros da corte.

A orientação do presidente nacional do PTB, ex-condenado escândalo no Mensalão, era pelo relaxamento da prisão de Silveira, um parlamentar de estrema direita metido a valentão que virou cordeirinho após o STF decretar sua prisão, que foi mantida pela Câmara na última sexta-feira (19) .

Com a família Fernandes no comando do PTB no Maranhão desde os anos 80, o partido sempre foi considerado intermediário, porém cortejado em períodos eleitorais por conta da representação nacional, que conta na distribuição do tempo de televisão e divisão dos Fundos Partidário e Eleitoral.