Os entendimentos para o ingresso do vice-governador Carlos Brandão no PSB estão bastante adiantados e somente ainda não aconteceu por conta de conversações que visam manter o PSDB na aliança que apoiará sua candidatura ao Governo do Estado.
A declaração do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, sobre o partido ter candidato no Maranhão, segundo fontes do blog, estaria relacionada à futura filiação de Brandão na legenda socialista. Esta mediação estaria sendo feita pelo governador Flávio Dino (PSB).
O ex-governador José Reinaldo Tavares, um dos principais articuladores da pré-campanha de Brandão, tem comunicado aos mais próximos a decisão do vice mudar de partido visando facilitar composições com outras legendas, inclusive com o PT.
A confusão é grande nos bastidores da sucessão. Brandão ainda não migrou para o PSB porque quer ter a garantia que não perderá o controle do PSDB. Para isso está sendo discutida a possibilidade de vários parlamentares que apoiam sua candidatura a migrarem para o PSDB como forma de segurar o partido na aliança, após seu desligamento do ninho dos tucano.
A preocupação do vice faz sentido, pois segundo apurou o blog, o pré-candidato do PDT, Weverton Rocha, estaria colocando em marcha uma articulação para atrair os tucanos para o seu palanque, tão logo seja feita a migração de Brandão para o PSB, oferecendo em troca a filiação do deputado federal Gil Cutrim e até a senadora Eliziane Gama (Cidadania).
O jogo é bruto, como diria o repórter Álvaro Luis, “o repórter feliz”, e ninguém quer perder terreno. Caso Brandão consiga convencer seus aliados parlamentares filiarem-se no PSDB e segurar o tucano pelo bico, o caminho para ter Lula e o PT no seu palanque estará pavimentado.
O ex-presidente Lula em nenhum momento descartou Brandão, como tentaram passar apoiadores de Weverton na blogosfera, apenas disse que teria dificuldade em apoiar um candidato do PSDB, deixando transparecer que o problema é com o partido, não com o candidato que deverá está filiado ao PSB.
O posicionamento de Lula, na avaliação de experiente analista políticos que pediu preservar seu nome, tem uma certa lógica, pois não faria sentido ele convencer o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sair do PSDB para ser seu vice e apoiar um candidato tucano no Maranhão.
O presidente Carlos Siqueira disse na entrevista ao Correio Brasiliense, ao ser questionado sobre as eleições deste ano, que cinco estados (São Paulo, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Acre) são prioridades do partido, mas adiantou que poderão surgir outros candidatos prioritários e citou o Maranhão “onde provavelmente o PSB terá candidato”.
E o candidato do PSB no Maranhão, já lançado pelo governador Flávio Dino, provavelmente é Carlos Brandão com o apoio do PT e da grande maioria dos partidos que integram a aliança governista.
0 Comentários