O presidente Jair Bolsonaro contou no primeiro turno da eleição para presidente com os apoios de dois candidatos ao governo do estado e um senador candidato a reeleição, mas fracassou ao atingir apenas 26.02% dos sufrágios e sofrer uma goleada do ex-presidente Lula que obteve 68,84% dos votos. E os lulistas do Maranhão trabalham para elevar esse percentual para a casa dos 80% com intensa agenda de campanha na capital e interior.
O senador Weverton Rocha (PDT), o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (PSC), ex-candidatos a governador derrotados no primeiro turno, e senador em fim de mandato Roberto Rocha (PTB) não estão conseguindo mudar o panorama para este segundo turno e a tendência é Lula aumentar ainda a mais a diferença para Bolsonaro.
Rejeitado nas urnas após se apresentar montado num foguete e exibindo muito poderio político e financeiro para dar demonstração de força total, Weverton, que sempre militou no campo popular democrático, se bandeou para Bolsonaro, se aliou aos partidos do Centrão bolsonarista e teve como resposta o desprezo dos maranhenses. Ficou apenas em terceiro lugar na corrida ao Palácio dos Leões e cruzou os braços.
O ex-candidato do Solidariedade, Simplício Araújo, que resolveu assumir sua condição de extrema direita no segundo turno embora tenha se projetado na aliança de centro-esquerda que assumiu o controle do estado a partir de janeiro de 2015, nada tem a contribuir, pois saiu das urnas do tamanho de um pigmeu. Conseguiu com sua campanha raivosa apenas cinco mil votos.
Bolsonarista de carteirinha, Laheiso Bonfim, após perde a eleição, chegou em segundo lugar, sumiu depois de ser solenemente ignorado quando da passagem de Bolsonaro pelo Maranhão. O ex-candidato não tem feito movimentos de apoio ao presidente, ainda que sua boa votação tenha sido atribuída aos eleitores que optaram por Bolsonaro, desprezando a aproximação de Weverton.
Roberto Rocha, considerado maior traidor do grupo que está no poder no Maranhão levou uma surra do ex-governador Flávio Dino na disputa pelo Senado e se recolheu, tem se limitado a emitir opiniões nas redes sociais. Se Bolsonaro depender Rocha para diminuir a rejeição do seu nome, a tendência será aumentar ainda mais os votos em Lula.
Enquanto o cordão do Lula só aumenta por conta da efetiva participação do governador Carlos Brandão, do senador eleito Flávio Dino, do vice-governador eleito Felipe Camarão e de todos os parlamentares deste campo político eleitos ou que ficaram pelo meio do caminho, a exemplo do deputado não reeleito Bira do Pindaré (PSB), os apoiadores de Bolsonaro parecem desanimados e conformados derrota por placar ainda mais dilatado.
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