Comandado pelo presidente municipal do PT, ex-vereador Honorato Fernandes, um pequeno grupo dissidente do partido faz hoje manifestação em favor do pré-candidato do PDT, senador Weverton Rocha. A direção estadual, com apoio da executiva nacional, no entanto, já bateu o martelo e definiu apoio à reeleição do governador Carlos Brandão (PSB), de Flávio Dino para o Senado e até já indicou o ex-secretário de Educação do Estado, Felipe Camarão, para compor a chapa como vice.
O encontro desta quarta-feira promete fazer barulho e passar para a população que o partido estaria rachado, a exemplo de eleições passadas quando o braço maranhense da legenda tomou posição de aliar-se ao grupo Sarney e a grande maioria da militância preferiu fazer campanha para Jackson Lago e Flávio Dino. Para as eleições de 2022, porém, o clima é de fortalecer a aliança PT/PSB em torno de Lula, Dino e Brandão no Maranhão; não existe racha, apenas a dissidência de um pequeno grupo localizado em São Luís.
No PT, conforme corre entre os próprios militantes, quem menos tem é quem mais grita. É o caso do pequeno grupo articulado por Honorato, Márcio Jardim e Paulo Romão, políticos sem expressão eleitoral e muito pouca influência nas decisões partidárias que quer marcar posição declarando apoio a uma pré-candidatura sob suspeita de fazer o jogo do governo Bolsonaro no Congresso e fingir ser amigo de Lula no Maranhão por conta da popularidade do ex-presidente no estado.
Declarar apoio ao candidato do PDT, legenda que tem como candidato a presidente Ciro Gomes, soa como traição ao líder maior do PT, hoje a principal vítima dos insultos do ex-ministro. Weverton tem se revelado um verdadeiro camaleão; posa com ministros de Bolsonaro, atende pedido do governo federal para retirar assinatura da CPI do MEC, jogando o lixo da educação para debaixo do tapete, mas no Maranhão tenta se agarrar com Lula, mesmo com todos os indicativos de que o ex-presidente estará no palanque de Brandão e Flávio Dino.
Dissidência de Márcio Jardim e Honorato pode até fazer barulho, mas não possui peso político e muito menos expressão capaz de fortalecer a candidatura de Weverton em São Luís ou evitar o notório declínio; muito menos fazer com que a direção nacional reveja sua decisão de formar palanque no Maranhão com Flávio Dino e Carlos Brandão.
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