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Após a derrota nas urnas
nas eleições de 2014 –quando Flavio Dino (PCdoB) foi eleito o novo governador
do Maranhão já no primeiro turno–, foram fechados convênios que totalizam R$
117 milhões. Os contratos têm prazo final de execução entre os meses de janeiro
e março de 2015, e envolvem diversos tipo de obras.
Os convênios foram
assinados e divulgados apenas após a renúncia de Roseana. Durante os 20 dias
que antecederam a renúncia da agora ex-governadora e filha do senador José
Sarney (PMDB-AP) e a posse do presidente da Assembleia –Arnaldo Melo (PMDB)– no
governo maranhense, o Diário Oficial do Estado não foi publicado. Todas as
edições que circulariam nesses dias foram colocadas à disposição para consulta
com data retroativa.
Apesar de ser a capital do
Estado e concentrar quase 20% da população, São Luís não foi beneficiada com
nenhum convênio. O prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC) é aliado político de
Flávio Dino.
Mas se a capital ficou
fora, pequenas prefeituras do interior foram agraciadas com convênios que
preveem distribuição de verbas substanciais. Uma delas é a de Coroatá (247 km
de São Luís), que receberá R$ 1,6 milhão dos cofres estaduais. A prefeita Maria
Teresa Trovão Murad (PMDB) é esposa de Ricardo Murad, deputado estadual e
cunhado de Roseana Sarney.
Nova administração do MA protesta contra convênios retroativos
“Não há dúvida de que há
direcionamento político. Se eles forem pagos no fim do governo, a toque de
caixa, é um indicativo que pode haver um trabalho de passar um ‘caixa zero’”,
afirmou o coordenador da transição, Marcelo Tavares (PSB).
“Todos os casos que forem
identificados com indício de irregularidades serão encaminhados para a
Secretaria de Transparência e Controle para levar às instâncias cabíveis”,
disse.
Em entrevista concedida à
Folha na semana passada, o governador eleito Flávio Dino criticou a renúncia de
Roseana e afirmou que ela vai entregar um governo.
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