Editorial – Jornal Pequeno
Tem se falado muito que a
composição do secretariado do governador eleito, Flávio Dino, desagrada a
aliados que não conseguem indicar nomes de sua preferência para o governo que
se inicia no dia 1 de janeiro de 2015. Dizem mais, que o governador adota
critérios pessoais, não ouve os partidos do amplo arco de alianças que,
finalmente, impôs uma derrota eleitoral ao grupo Sarney.
Se a idéia central que
norteou toda a campanha foi a substituição de um modelo político que, entre
outros vícios, permitia o loteamento de cargos, o aparelhamento do Estado, o
governador está no rumo certo. E talvez seja esse o único caminho viável, o
único capaz de permitir a substituição desse modelo político responsável pelo
atraso econômico e pelos indicadores sociais que reafirmam a pobreza do povo e
emperram o desenvolvimento do Maranhão. Não dá para derrubar o poder e permanecer
com as mesmas práticas políticas. Isso significa correr riscos desnecessários.
Esse Estado sofre com a
falta d’água e de saneamento básico, com a pobreza absoluta e a especulação.
Não se queira, agora, construir um governo de amigos e aliados, mas um governo
que seja capaz de governar, que veja o Maranhão como um todo e que possa
garantir a esse povo a melhor qualidade de vida que tanto espera. A primeira
reforma precisa ser de princípios, de propósitos. Nossos problemas na área de
segurança pública, por exemplo, não serão resolvidos nomeando “colegas de
trabalho” para cargos chaves da administração.
Os secretários até aqui
indicados, em sua maioria, são jovens e o são porque essa propalada mudança
precisa ser mais radical do que queremos suportar. As instituições públicas no
Maranhão, nos últimos 50 anos, foram seviciadas pela corrupção e pelo
compadrio, pela sede de poder que permitiu até o confisco de recursos públicos
pela agiotagem. Enfrentar essa mentalidade política incrustada na pele dos
homens públicos do Maranhão é também uma tarefa do governador e de todos que,
de uma forma ou de outra, contribuíram para assentar no poder um governo
disposto a implantar as políticas sociais exigidas pela população.
Não é hora de cobranças, não
é hora de exigir, se o ideal maior de corrigir décadas de erros e más intenções
foi o grande responsável pela vitória de devolver ao povo o poder. As
organizações da sociedade civil, os movimentos sociais, estão atentos ao que
venha a acontecer daqui para a frente. Se serão competentes ou não os novos
secretários, só o futuro dirá, mas trata-se de uma gente que está com vontade
de acertar.
A verdade é que ainda não
vencemos essa eleição. Ela só será vencida com o saneamento básico, com o fim
da pobreza absoluta, o fim da corrupção. E nem é bom perguntar se realmente
queremos vencer.
Ainda não vencemos
Tem se falado muito que a
composição do secretariado do governador eleito Flávio Dino desagrada a aliados
que não conseguem indicar nomes de sua preferência para o governo que se inicia
no dia 01 de janeiro de 2015. Dizem mais: que o governador adota critérios
pessoais, não ouve os partidos do amplo arco de alianças que, finalmente, impôs
uma derrota eleitoral ao grupo Sarney.
Se a ideia central que
norteou toda a campanha foi a substituição de um modelo político que, entre
outros vícios, permitia o loteamento de cargos, o aparelhamento do Estado, o
governador está no rumo certo. E talvez seja esse o único caminho viável, o
único capaz de permitir a substituição desse modelo político responsável pelo
atraso econômico e pelos indicadores sociais que reafirmam a pobreza do povo e
emperram o desenvolvimento do Maranhão. Não dá para derrubar o poder e
permanecer com as mesmas práticas políticas. Isso significa correr riscos
desnecessários.
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