Editorial – Jornal Perqueno
Lavagem de dinheiro,
evasão de divisas, fortunas imensuráveis em paraísos fiscais, propinodutos
vazando por todos os lados, estatais contaminadas pelo vírus da corrupção. Este
é o retrato multifacetado da República criada pelo ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva no Brasil. Um estranho regime de governo cujos principais
operadores são doleiros desonestos e empresários corruptos, que, sob a guarda
do Estado, assaltam os cofres públicos da Nação.
Ponto e vírgula, pois
tardava já o envolvimento do governo do Maranhão nas macacadas financeiros do
doleiro Alberto Youssef, e a denúncia da revista Época alcança um ponto de
interseção entre as instituições públicas no Maranhão: o Poder Judiciário já
suou a camisa o quanto pode para que o Poder Executivo pague os precatórios
devidos, mas parece que cumprir decisão judicial não faz parte dos deveres do
governo do Maranhão. Entretanto, a República da propina começa a fazer água,
posto que a população toma conhecimento das negociatas subterrâneas do governo
do PT, inclusive com a principal estatal do país, a Petrobrás, e os rombos
financeiros no setor energético começam a ser avaliados como responsáveis pelos
apagões intermitentes e pela possibilidade não descartada de racionamento de
energia em todo o país.
Os reservatórios secaram
sob as vistas de um governo mais preocupado em garantir a impunidade dos
corruptos que com outra coisa qualquer, e as alternativas possíveis minguaram
porque não houve tempo para encarar a realidade do país.
Youssef foi preso em São
Luís depois de seis meses de idas e vindas carregando de um lado para outro o
lava-jato que viria ensaboar precatórios no Maranhão. Os doleiros e propineiros
estão em todas as faces e fases da economia brasileira e, porca miséria, vieram
fustigar precatórios aqui no Maranhão. E eis porque, dentro outras razões, Lula
é um pau mandado de José Sarney na política maranhense. O que se pergunta é se
a Justiça não soube dessa negociata com os precatórios antes dessa divulgação.
A governadora (parece até
Graça Foster com a hilariante história das cláusulas não lidas na compra de
Passadena) oferece a desculpa de que o contrato foi vantajoso para o Maranhão e
rendeu ao Estado uma economia de R$ 29 milhões. Desculpa esfarrapada. Governos
sérios não negociam com doleiros.
É esta a República da
propina. Todo mundo se acha no direito de enfiar dinheiro público no bolso e
muitos raros são os corruptos que não recebem o apoio eleitoral firme e
descarado do ex-presidente Lula. Ele já pediu votos até para um pessoal que
estava acabando de sair da cadeia. E podem apostar que é o principal chefe do
Mensalão e escapou à Justiça apenas porque é tradição brasileira proteger a
figura presidencial.
Afunda-se o governo do PT
num mar de lama desproporcional. Lula é o líder carismático do povo brasileiro
e enquanto for assim será este país o paraíso vulnerável da corrupção.
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