O índice de 8,32% deve ser mesmo o
melhor que a prefeitura pôde oferecer aos professores de São Luís.
As contas públicas municipais passam
por um momento de rigoroso controle. A ordem é clara: é preciso cortar gastos
em quase um terço. De acordo com documento enviado ao Tribunal de Contas do
Estado (TCE) pela prefeitura,quase a totalidade dos recursos do Fundeb já estão
comprometidos só com a folha do magistério. Vale lembrar que o Fundeb não deve
custear apenas o salário dos professores. Reformas em escolas, melhorias
pontuais e até a aquisição de material podem ser feitos com o recurso.
Ainda assim, conseguiram fazer um
planejamento para conceder um reajuste maior que o de muitas capitais
brasileiras. Curitiba, modelo de desenvolvimento, concedeu apenas 5,38%. No ano
passado, os professores da capital maranhense receberam 9,5% de aumento, além
de vários direitos garantidos pelo estatuto, como progressões horizontais e
verticais, adicionais por titulação e por difícil acesso. Além do aumento de
salário, o poder público deve trabalhar também para conceder esses benefícios
aos que fizeram o pedido do ano passado para cá.
Os professores hoje tem também uma
garantia concedida a poucos profissionais, em poucas capitais brasileiras:
podem usar um terço de sua carga horária para atividades extraclasse, como
preparar aulas ou fazer algum curso de aprimoramento profissional. Essa
conquista também foi viabilizada pela prefeitura no ano passado.
E mesmo assim, decidiram pela greve. A
quem interessa o movimento? Provavelmente, não às crianças ou suas famílias.
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