Toma
vulto o suposto caso de agiotagem que envolve a Câmara Municipal de São Luís e
o Bradesco. E não será surpresa se, no frigir dos ovos, sobrar apenas para
pequenos funcionários. Possivelmente sob a coordenação de integrantes da Mesa
Diretora, funcionários teriam se deixado empolgar pelas vantagens de contrair
empréstimos que jamais seriam descontados e acabaram enrolados num esquema de
corrupção de terceira categoria, pois não tinha como não ser descoberto.
Estão,
funcionários e os vereadores, sob investigação do Ministério Público e da
Polícia Federal. A Câmara se adianta propondo uma justa Comissão Parlamentar de
Inquérito.
O caso
envolve um dos mais poderosos bancos privados do país – o Bradesco -, que,
inclusive, em meio ao rumoroso processo de privatização de uma das gestões da
governadora Roseana Sarney, comprou o antigo BEM (Banco do Estado do Maranhão)
a preço de banana.
Costumeiramente,
a corda tende a rebentar do lado mais fraco e a punição pelo desvio de R$ 26
milhões pode acabar sendo consignada apenas aos funcionários, livrando-se das
devidas punições os grandes envolvidos.
São Luís
– anote-se antes que seja tarde – é um dos raros casos de capitais em que o
prefeito não tem maioria na Câmara. Estranhamente, a maioria está sob a guarda
do governo do Estado e declara publicamente apoio ao candidato do governo, que,
obviamente, não é o mesmo candidato do prefeito. (JM Cunha Santos).
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