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Oposição pede afastamento de ministro

Em meio a ataques de PSDB, DEM e PPS, Orlando Silva tenta impor agenda positiva em audiência na Câmara

Titular do Esporte evita reagir a comentários; ACM Neto afirma que ida ao Congresso é uma ‘afronta’ aos brasileiros

ANDRÉIA SADI
RENATO MACHADO
MARIA CLARA CABRAL

DE BRASÍLIA

O ministro do Esporte, Orlando Silva (PC do B), fracassou ao tentar impor uma agenda positiva e sair do centro da crise que o atinge há mais de dez dias.
 

Em audiência na Câmara para falar sobre a Lei Geral da Copa, Orlando foi atacado por mais de três horas por congressistas da oposição.
 

Os deputados do PSDB, do DEM e do PPS aproveitaram o anúncio da abertura de inquérito contra o ministro no STF (Supremo Tribunal Federal) para pedir seu afastamento do cargo.
 
“A vinda de Vossa Excelência ao Congresso é uma afronta ao povo brasileiro. [..] O Brasil quer o senhor Orlando Silva anos luz distante da Copa do Mundo e da Olimpíada para que a imagem do país não fique ainda mais manchada”, afirmou o líder do DEM, ACM Neto (BA).
 
O líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), pediu explicações sobre a reportagem publicada ontem pela Folha que mostrou que o ministro ajudou uma ONG do policial militar João Dias Ferreira, delator do suposto esquema de desvios no Esporte para os cofres do PC do B.
 
No Senado, Alvaro Dias (PR) já havia criticado o ministro ao dizer que a reportagem “mostra a digital” de Orlando. Um documento assinado pelo titular da pasta em 2006 reduziu a contrapartida exigida da entidade para receber verbas públicas. “É uma prova de que esse esquema tem o DNA do ministro”, afirmou o senador tucano.

TENSÃO
 

A audiência de ontem na Câmara foi mais tensa e acirrada do que as duas a que Orlando compareceu no Congresso na semana passada.
 
Enquanto a oposição partiu para o confronto, a base aliada ao governo federal fez tímidas defesas do ministro e apenas pedia para que a audiência discutisse a Lei Geral da Copa.
 
O presidente da comissão, Renan Filho (PMDB-AL), interrompeu parlamentares por diversas vezes para pedir que fossem feitos questionamentos apenas sobre a lei.
 
O próprio ministro ignorou as perguntas e ataques referentes às acusações.
 
“Me permitirei abster de fazer qualquer tipo de digressão política para não contaminar a discussão central”, respondeu por duas vezes.
 
Líder do PPS, o deputado federal Rubens Buenos (PR) protagonizou um dos momentos mais tensos, quando se retirou da sala chamando a sessão de “palhaçada” e acusando o governo de “blindar” o ministro.
 
A base governista tentou argumentar que a oposição estava desviando o foco.
 
“Tenho certeza de que aqueles que hoje mantém um jogo contra grande objetivo do Brasil que é realizar a Copa do Mundo, vão ter de se curvar diante da grande verdade que o senhor desde o primeiro momento nunca teve medo e ela virá”, disse o líder do partido do ministro, Osmar Júnior (PI).
 
O líder petista na Câmara, Paulo Teixeira (SP), reafirmou a “confiança” no ministro e criticou a oposição por não ter comparecido às duas sessões anteriores.
 
“A oposição terá amanhã [hoje] a oportunidade de conviver com essa pessoa [João Dias]. Hoje apelo a todos para discutir a Lei Geral da Copa”, disse.
 
O delator das acusações contra Orlando será ouvido hoje na Câmara.

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