A deputada Eliziane Gama já não pertence mais aos quadros do PPS. A parlamentar será candidata a prefeita de São Luís pela Rede Sustentabilidade, partido fundado pela ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A deputada encaminho0u seu pedido de desfiliação do PPS no último sábado, mas segundo informou um dirigente do partido, pediu para que não fosse divulgado, o que somente veio ocorrer no final da manhã desta quarta-feira.

O fato da pré-candidata ter mudado de legenda não implicar em dizer que o PPS estará no seu palanque, muito pelo contrário, existe uma forte corrente que pretende levar o partido para coligar com o prefeito Edivaldo Holanda.

Estadão – Em depoimento prestado sexta-feira, 25, pouco depois de ser preso, o ex-secretário da Casa Civil do Maranhão João Abreu negou ter recebido propina em troca de autorizar o pagamento de um precatório milionário em favor da Constran-UTC. João Abreu, no entanto, relatou que o corretor Marco Antonio Ziegert, apontado como elo entre o governo maranhense e a empreiteira, deixou em seu gabinete uma mala no dia 17 de março de 2014, quando o doleiro Alberto Youssef foi preso, em São Luís.

A prisão do doleiro em um hotel de luxo da capital maranhense é o ponto de partida da Operação Lava Jato. Em um de seus depoimentos, Youssef disse ter pago R$ 3 milhões de propina ao então chefe da Casa Civil do governo Roseana Sarney (PMDB) momentos antes de ser preso pela Polícia Federal. Em troca, o governo se comprometeria em pagar um precatório de R$ 134 milhões à empreiteira.

O elo entre as partes seria Ziegert, o Marcão, que acompanhou Youssef na viagem ao Maranhão. Em seu depoimento o ex-secretário disse que estava com Marcão em seu gabinete para tratar de “investimentos” da Constran no Estado. Ambos aguardavam a chegada de Youssef, que não atendia os telefonemas.

Marcão chegou a desconfiar que o doleiro tivera “problemas de saúde” e continuou tentando os telefonemas até que ambos viram em um portal da internet a notícia sobre a prisão de Youssef. Segundo o depoimento, Marcão, que também teve a prisão decretada, carregava “uma pequena mochila com rodas” onde “havia vários documentos fornecidos por Youssef”.

Quando soube da prisão do doleiro, o corretor “deixa a mala na Casa Civil e diz que vai procurar Alberto e retornará, mas não voltou”. Antes de sair, Marcão ainda disse ao secretário que havia deixado uma caixa de vinhos de presente na recepção do hotel onde Youssef foi preso.

João Abreu diz que tentou recusar, mas o corretor insistiu, dizendo que não levaria as garrafas de volta para São Paulo. Abreu então deu o nome do motorista que recolheria o presente no hotel. Quanto à mochila com rodinhas, o ex-secretário disse que “não sabe qual o destino da mala, tendo em vista que após cerca de dez dias se afastou do cargo, por razões eleitorais”. João Abreu foi candidato a primeiro suplente de senador nas eleições de 2014.

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Astro de Ogum, ao participar da solenidade do Programa Mais Asfalto 2, na manhã desta quarta-feira (30), no Teatro João do Vale (Praia Grande), destacou as ações desenvolvidas pelo Governo do Estado junto aos municípios. “Podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que este momento tem um significado muito importante no avanço do que poderá ser feito conjuntamente entre Governo do Estado e as prefeituras maranhenses”, observou.

Astro explicou que essa nova iniciativa realizada em São Luís visa beneficiar dezessete bairros, com um investimento de 20,6 milhões, numa ação do governo estadual em parceria com a Prefeitura de São Luís. “Já se tornou bastante comum vermos a presença dos governos estadual e municipal nos bairros de nossa cidade, proporcionando a melhoria da qualidade de vida da população, oferecendo melhores condições de trafegabilidade e mobilidade”, enfatiza Astro de Ogum.

O presidente da Câmara Municipal enalteceu ainda os serviços realizados em benefício dos ludovicenses, “o que nos deixa bastante satisfeitos, ao presenciar também a satisfação das comunidades beneficiadas”, encerrou Astro de Ogum.

O partido Rede Sustentabilidade, que teve seu registro deferido pelo TSE, realiza, nesta quinta-feira (01), sua primeira plenária estadual, às 18h, no Hotel Abdeville. Na pauta: informações sobre o partido, apresentação do GT- Estadual que dirige a REDE; orientação para criação dos coletivos municipais e sobre filiações.

Segundo a Comissão Executiva da legenda, o partido atuará sob o princípio da horizontalidade, tendo com eixo central ser um partido em rede, defesa da sustentabilidade, da democracia direta e participativa e da ética (ficha limpa dos seus filiados e dirigentes é cláusula estatuária).

O novo partido que tenta se estruturar no Maranhão apresenta inovações: não ter o cargo de presidente na sua direção, adotando a função de dois porta-vozes, sendo um homem e uma mulher. Outra inovação é que os detentores de mandatos são impedidos de ocupar cargo na Comissão Executiva, podendo ser somente vogal.

O presidente estadual do PMDB, senador João Alberto de Sousa, confirmou, nesta manhã de quarta-feira (30), ao blog, o encontro que teve com a deputada Eliziane Gama, segunda-feira, para tratar de sucessão municipal. “Conversamos e vamos ter outra reunião ainda hoje aqui em Brasília para tratar sobre o assunto”, informou.

“Vejo com bons olhos a candidatura de Eliziane, mas preciso conversar antes com o ex-presidente José Sarney e com a ex-governadora Roseana Sarney, mas adianto que eu e o deputado federal Sarney Filho somos simpáticos à candidatura dela por ser um quadro novo e com potencial eleitoral”, disse o senador.

João Alberto confirmou que estão ocorrendo várias conversações sobre aliança e que delas têm participado alguns dirigentes de partidos, como Sarney Filho, Waldir Maranhão e José Reinaldo Tavares. O senador adiantou, no entanto, que a conversa que teve com Eliziane não foi definitiva porque ele precisa levar a discussão para dentro do PMDB.

“Nossa conversa ainda não foi definitiva. Nós estamos conversando sobre candidatura dela com José Reinaldo, Waldir Maranhão e Sarney Filho e vamos reunir novamente hoje, aqui em Brasília, para tratar sobre sucessão municipal, mas nossa posição é clara: em qualquer composição o PMDB só participa se indicar o vice”, adiantou o senador.

E agora Eliziane?

Eliziane está cada mais próxima do saneysismo

A deputada Eliziane Gama não tem jeito. Após reunir com o senador João Alberto na última segunda-feira e oferecer a vice de sua chapa para a indicação do partido, publicou, nesta quarta-feira (30), no Jornal Pequeno, nota negando o que combinou com o PMDB.

Coisa feia mentir, deputada. A senhora não só procurou o senador como ofereceu a vice de sua chapa. A reunião, segundo dirigentes peemdebistas que não acreditam na senhora, aconteceu e foi a senhora quem procurou.

Assuma seus compromissos, mentir não fica bem para quem pretende disputar uma eleição, olhe o que está acontecendo com a presidente Dilma e tome como exemplo. A senhora não pode ter vergonha de suas companhias, faz parte da política.

Se na sua opinião vale tudo pelo poder, inclusive servir de instrumento para ressuscitar oligarquia, abrace o saneysismo, não tenha vergonha, é um direito seu, mas pare de mentir, não fica bem para a senhora.

Senador Roberto Rocha, autor da proposta

Deputados federais e estaduais e vereadores têm, a partir de agora, a possibilidade de mudar de partido sem perda de mandato no período de trinta dias que antecede o prazo de filiação, exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente. A proposta foi feita pelo senador Roberto Rocha (PSB-MA) na reforma eleitoral aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidente Dilma Roussef, nesta terça-feira (29), na Lei nº 13.165, de 29 de setembro de 2015. A lei também altera o prazo mínimo de filiação dos candidatos para seis meses antes da eleição.

Na prática a nova regra já estará valendo no próximo ano para os candidatos a vereadores, que entre 2 de março e 2 de abril de 2016 poderão trocar de partido sem perder o mandato. Como a lei exige que a desfiliação ocorra no fim do mandato vigente, para os deputados federais e estaduais uma eventual mudança de partido só será possível em 2018. Quanto a prefeitos, governadores, senadores e presidente da República, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a mudança pode ser feita a qualquer momento, já que o mandato majoritário não pertence ao partido.

O senador Roberto Rocha explicou que a proposta garante que o mandato seja cumprido quase que integralmente na defesa do ideário do partido pelo qual o parlamentar foi eleito, mas atende à necessidade de adaptação às circunstâncias políticas do período eleitoral. “A alteração da filiação partidária, nesse ambiente, é a única maneira de viabilizar o pleno exercício da cidadania pelo mandatário, em benefício da democracia e também da própria saúde dos partidos que abrigarão aqueles que neles pretendem atuar”, afirmou.

Na emenda feita pelo senador Roberto Rocha à reforma política, foram mantidas as hipóteses de desfiliação sem perda de mandato em caso de mudanças substancial ou desvio reiterado do programa partidário e grave discriminação política pessoal.

Vetos

Apesar de sancionar a lei, a presidente vetou itens que tornavam possível a doação de pessoas jurídicas a partidos políticos durante a campanha e obrigavam a impressão do voto das urnas eletrônicas.

Em 17 de setembro, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a doação de empresas para campanha eleitoral é inconstitucional.